Transcrito do PD da IOL:
"Mário Crespo, emocionado, revela mais pormenores sobre a polémica Jornalista revela que foi «uma senhora» da mesa ao lado quem lhe contou a conversa entre Sócrates e Nuno Santos e conta que Medina Carreira também era «um problema a resolver»
"Por: Sara Marques
"Numa intervenção emocionada nas Jornadas Parlamentares do CDS, Mário Crespo explicou todo o episódio da polémica crónica , e da conversa envolvendo o primeiro-ministro e Nuno Santos, director de programas da SIC, e revelou que o nome do comentador de Economia, Medina Carreira, também foi apontado como «um problema a resolver». «No dia em que o Orçamento de Estado estava a ser preparado para ser apresentado no Parlamento, o chefe do Governo do meu país estava empenhado em produzir diagnósticos médicos sobre a minha sanidade mental. É curioso vindo de alguém que não tem, penso eu, credenciais nesse sentido. Mas poderá eventualmente consegui-las», disse irónico o jornalista. «Um primeiro-ministro é uma dignidade de função tremenda neste país. Como é um ministro. São situações que transcendem a própria pessoa e por isso tem que se ter uma postura consentânea com a dignidade desse posto», afirmou. Mário Crespo conta depois que «na conversa, que não foi longa, mas foi intensa [ou melhor, não foi bem uma conversa, foi um monólogo] foi dito a Nuno Santos: "Vocês têm de resolver o problema Mário Crespo e o problema Medina Carreira". Os dois em conjunto não o sabíamos, mas constituímos um problema». Conversa relatada por «uma senhora» da mesa do lado «Isto tudo em conversa muita rápida, muito colérica, que foi ouvida por uma pessoa numa mesa ao lado, é inevitável, e que me enviou um e-mail comovente, tocante. Posso dizer que é uma senhora erudita, mas nunca direi o nome dela», adiantou. «Ela transcreve, ipsis verbis determinados pontos. Ela sentiu que naquela descrição estava contido algo que, se não fosse interrompido, era um processo de continuidade muito perverso no país, na sequência de soluções já conseguidas para Manuela Moura Guedes, José Alberto Moniz, José Manuel Fernandes e Marcelo Rebelo de Sousa. E ela sentiu que havia necessidade de obstar a isto», disse ainda. Mário Crespo contou depois que foi «confirmar que o almoço tinha tido lugar e naquelas circunstâncias que ela descreve e com os participantes que ela descreve». «Perante isto, confrontei o outro elemento presente com os factos que me foram descritos», afirmou referindo-se a Nuno Santos. O jornalista conta que pensou: «Isto não pode ter sido dito sem ter sido violentamente contraditado. Estão em causa valores muito importantes e alguém que cuida destes valores teria contraditado». Mas «tanto não contraditou como me confirmou o teor da conversa», adianta. «Perante isto eu pensei: tenho que fazer qualquer coisa. E decidi relatar», adianta. «Levei dois ou três dias a compor esta crónica, retirando-lhe emoções, linguagens despropositadas», conta Mário Crespo. «Mandei a crónica às 5h da manhã de domingo, dia importantíssimo para mim porque fiz exame de patrão de costa e passei. E à meia-noite recebi a chamada do José Leite Pereira», explica. «Disse-me: "Não te posso publicar isto. Não posso chegar a esta hora da noite e ir confrontar o primeiro-ministro com estas afirmações". E eu disse-lhe: "Se não publicas, não escrevo mais para um jornal teu"», continua o jornalista a relatar. «Falei com a minha mulher sobre o que iríamos fazer e eu lembro-me de lhe ter dito: "Eu não sei como isto vai acabar"», conta. «Tenho 63 anos. É muito tempo de uma série de confusões que eu julgava que neste estado a que o país chegou, eu julgava que não iríamos ter de voltar a enfrentar». Numa intervenção em que deveria falar sobre o primeiro ano do mandato de Barack Obama, Mário Crespo acabou por passar a meia hora a falar sobre a polémica, sobrando poucos minutos para o tema original. «Sou um mártir? Não. Sou alguém que tenta defender-se simplesmente», disse a terminar.""
Comentei na IOL:
Curiosamente o meu comentário de ontem, emitido cerca das 19h30, foi ultrapassado por um outro das 19h56 e, mais curiosamente ainda, ainda hoje de manhã a esta hora e perante a mesma notícia - 10h42 e o caso Mário Crespo - não o foi ainda! Comentava eu que seria tempo de o Povo português encontrar uma solução para o senhor primeiro-ministro que a todos vem incomodando de há anos com a sua arrogância, má criação, duvidosos conhecimentos e muitas mentiras que vem dizendo, a par de um considerável jeito (eu diria jeito nato) para feirante da banha da cobra... Ora, pelos vistos o censor da IOL, talvez temendo perder o seu posto de trabalho e ser ele próprio objecto de uma solução menos conveniente, resolveu não publicar o meu comentário revelando, deste modo e para quem do facto souber - e virá a saber, prometo - que afinal a censura continua a existir como sempre terá existido só que agora de uma forma talvez um pouco mais disfarçada, diplomática até, mediante o texto de aviso que abaixo transcrevo: "-Todos os comentários estão sujeitos a aprovação prévia da equipa editorial da TVI24". Antigamente era assim: - VISADO PELA COMISSÃO DE CENSURA. Hoje será: - APROVADO PELA EQUIPA EDITORIAL DA TVI24. Acrescentarei que, neste meu comentário, recordava a Sua Exa. O Presidente da República a necessidade urgente de uma sua intervenção.
Mais palavras? Para quê?
Acrescentei hoje, 03FEV10, às 11h30:
Repeti o comentário de ontem sem que, em boa verdade, espere que a censura que aqui reina o publique. Deixo, no entanto, o endereço do meu blog "mustbe.blogs.sapo.pt" na esperança de que este - camuflado que estará - passe, tal como a "petinga" passa pelas malhas apertadas de certas redes de pesca...
. Mais uma vez mão amiga me...
. Um tristíssimo exemplo de...
. A greve como arma polític...
. A crise, o Congresso do P...
. O jornalismo e a notícia ...
. Passos Coelho: A mentira ...
. Oásis
. Memórias