Sábado, 19 de Janeiro de 2013

Não sou particular admirador de António Costa...

Tal como afirmo em título não me situo entre os principais admiradores de António Costa, não porque não o considere um dos raros políticos com visão e honestos do nosso tempo, com obra feita, mas sim porque ostenta o emblema do clube errado (sucialista e não socialista, como o meu) e se deixou enredar durante demasiado tempo pelo canto maquiavélico da sereia que a ignorância de Sócrates representava e era só sustentada pela sua descarada dialética e fácil verborreia pseudo-política, representaram durante demasiado tempo no plano da política e da governação portuguesas - ao ponto de ter de vir a público encobri-lo em inúmeras ocasiões mas sobretudo numa que aqui recordo aquando dos terríveis incêndios que ocorreram no País e para os quais o então dito Sócrates, Chefe do Governo, se esteve "nas tintas" continuando a passear-se tranquilamente e à nossa custa,claro!, com os filhinhos pelos "safaris" africanos.

 

Uma vergonha e um total despudor de que Costa o tentou safar - embora sem muito sucesso, diga-se -  mas mostrando bem o seu perfil de político e, sobretudo de crente nas virtudes que impendem sobre  o cargo que desempenhava então.


Mas adiante que não é sobre isto que pretendo que verse o meu "post" de hoje mas sim sobre um e-mail que acabo de receber e com o qual estou totalmente de acordo. Segue a sua trascrição:


"Comentadores e analistas políticos não têm a coragem de dizer o que disse António Costa, em menos de 3 minutos, ontem, no programa "quadratura do círculo".

"E aqui está textualmente o que ele disse (transcrito manualmente):


"(...) A situação a que chegámos não foi uma situação do acaso. A União Europeia financiou durante muitos anos Portugal para Portugal deixar de produzir; não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi também na indústria, por ex. no têxtil. Nós fomos financiados para desmantelar o têxtil porque a Alemanha queria (a Alemanha e os outros países como a Alemanha) queriam que abríssemos os nossos mercados ao têxtil chinês basicamente porque ao abrir os mercados ao têxtil chinês eles exportavam os teares que produziam, para os chineses produzirem o têxtil que nós deixávamos de produzir.

"E portanto, esta ideia de que em Portugal houve aqui um conjunto de pessoas que resolveram viver dos subsídios e de não trabalhar e que viveram acima das suas possibilidades é uma mentira inaceitável.

"Nós orientámos os nossos investimentos públicos e privados em função das opções da União Europeia: em função dos fundos comunitários, em função dos subsídios que foram dados e em função do crédito que foi proporcionado. E portanto, houve um comportamento racional dos agentes económicos em função de uma política induzida pela União Europeia. Portanto não é aceitável agora dizer? podemos todos concluir e acho que devemos concluir que errámos, agora eu não aceito que esse erro seja um erro unilateral dos portugueses. Não, esse foi um erro do conjunto da União Europeia e a União Europeia fez essa opção porque a União Europeia entendeu que era altura de acabar com a sua própria indústria e ser simplesmente uma praça financeira. E é isso que estamos a pagar!

"A ideia de que os portugueses são responsáveis pela crise, porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme embuste. Esta mentira só é ultrapassada por uma outra. A de que não há alternativa à austeridade, apresentada como um castigo justo, face a hábitos de consumo exagerados. Colossais fraudes. Nem os portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável.

"Quem viveu muito acima das suas possibilidades nas últimas décadas foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme manjedoura que é o orçamento do estado. A administração central e local enxameou-se de milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis, fundações fraudulentas e empresas municipais fantasma. A este regabofe juntou-se uma epidemia fatal que é a corrupção. Os exemplos sucederam-se. A Expo 98 transformou uma zona degradada numa nova cidade, gerou mais-valias urbanísticas milionárias, mas no final deu prejuízo. Foi ainda o Euro 2004, e a compra dos submarinos, com pagamento de luvas e corrupção provada, mas só na Alemanha. E foram as vigarices de Isaltino Morais, que nunca mais é preso. A que se juntam os casos de Duarte Lima, do BPN e do BPP, as parcerias público-privadas 16 e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o erário público. Todos estes negócios e privilégios concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se alimenta do dinheiro do povo têm responsáveis conhecidos. E têm como consequência os sacrifícios por que hoje passamos.

"Enquanto isto, os portugueses têm vivido muito abaixo do nível médio do europeu, não acima das suas possibilidades. Não devemos pois, enquanto povo, ter remorsos pelo estado das contas públicas. Devemos antes exigir a eliminação dos privilégios que nos arruínam. Há que renegociar as parcerias público--privadas, rever os juros da dívida pública, extinguir organismos... Restaure-se um mínimo de seriedade e poupar-se-ão milhões. Sem penalizar os cidadãos.

"Não é, assim, culpando e castigando o povo pelos erros da sua classe política que se resolve a crise. Resolve-se combatendo as suas causas, o regabofe e a corrupção. Esta sim, é a única alternativa séria à austeridade a que nos querem condenar e ao assalto fiscal que se anuncia.""


Daqui o meu obrigado a António Costa.

publicado por Júlio Moreno às 15:48
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Sexta-feira, 18 de Janeiro de 2013

As armas nos Estados Unidos, o negócio de milhões...

 

Desde há alguns tempos que vimos assistindo aos trágicos e muito lamentáveis acontecimentos ocorridos nos EUA – e recentemente também na Europa fanática - com o delirante assassínio de crianças e de adultos cometidos, na sua maioria, por psicopatas jóvens mas com acesso, pelos vistos fácil, a armamento sofisticado (pistolas-metralhadoras de guerra, espingardas com alças telescópicas e visão nocturna, explosivos militares, sistemas sofisticados de localização e controlo remotos, etc.) e que, em vez de estarem detidos em estabelecimentos penitenciários de alta segurança ou psiquiátricos e em ambos os locais minimamente vigiados por especialistas (médicos, psicólogos e polícias), se passeiam livremente tanto pelas cosmopolitas e movimentadas ruas de New York como pelas pacatas cidadezinhas do interior dos Estados alimentados que são nas suas particulares loucuras não só pelos detalhados desenvolvimentos noticiosos de um jornalismo inconsciente e totalmente irresponsável, como também por determinados realizadores cinematográficos, especializados em cinematografia da maior violência para o que muito provavelmente se socorrem da experiência vivida por ex-combatentes violentamente traumatizados pelas diversas guerras em que os Estados Unidos se têm ultimamente visto evolvidos sobretudo na era dos governantes conservadores dos Bush e companhia isto sem esquecer o enfase sempre dado ao narcotráfego e aos criminosos "gangs" que os alimentam e fazem movimentar...

 

Todavia o mais pernicioso destes acontecimentos é que todos eles terão na sua raíz e razão profunda de ser sempre o mesmo: - o lucro fabuloso dos fabricantes de armamento e da poderosa indústria paralela da sua distribuição em todos os locais onde seja possível fazer eclodir uma “guerrazita”, como vem acontecendo ultimamente em África e mais recentemente ainda no Mali – tudo isto já bem próximo de uma velha Europa enfraquecida pela crise e bem conhecida pela sua proverbial, preversa e histórica animosidade entre os respectivos povos e Estados.

 

Verifico, porém e com satisfação aqui o digo, que surgiu finalmente um homem capaz e com coragem para fazer frente aos “lobies” conservadores dos fabricantes de armamento e que demonstra estar-se “nas tintas” para o enorme lucro desse proliferante negócio: - Obama, Barak Obama, o grande Presidente dos Estados Unidos que, prudente no seu primeiro mandato, onde só movimentou algumas peças do seu complexo xadrês político, como mandam as regras para poder alcançar o segundo, não perece hesitar agora em mostrar quem é e o que vale para quantos, na desesperança e na desgraça, dele esperam melhores dias.

 

Na sua luta contra os "corruptos e interesseiros" conservadores do Senado e da Camara dos Representantes fazemos, deste nosso canto, outrora tranquilo jardim à beira-mar plantado mas que também já o não é porque vive um excessivo zêlo democrático, sinceros votos para que vença a batalha que empreendeu e que os “States” deixem definitivamente de ser a terra dos “cowboys” modernos já que os de antanho bem nos entretiveram nos filmes que, em criança, procuravamos ver nas escassas vezes em que nos era proporcionada a oportunidade de ir ao cinema...

 

Bem haja, Presidente!

 

Rezo para que vença a sua batalha que todos sabemos ser dura mas que só trará dignidade e honra para quem acabar por vencê-la. Recomendo-lhe, no entanto, que não perca de vista os Bin Ladens e os seus genes, que ele os deixou, infelizmente, dispersos por toda a parte...

publicado por Júlio Moreno às 16:45
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Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2013

Estou certo de que Einstein apoiaria

 

É verdade! Estou certo de que Einstein me apoiaria na minha "teoria da relatividade" em função da idade.

 

Recordo-me bem de quão longos eram aqueles invernos, passados com frio, com escola, - onde ainda havia palmatória e se aprenderia mais! - com contas de dividir – enormes, assustadoras e que meu pai me passava muitas vezes antes de sair para ir ver um doente a uma qualquer aldeia da região onde era médico (em Vidago). Imaginem só o exemplo “2461903463875035 : 285173” isto sem máquinas de calcular! – aguardando ansiosamente as férias grandes de Julho, Agosto e Setembro parte das quais eram passadas em Espinho – onde alugávamos uma casa e onde se reuniam todos os primos e primas – na praia para onde íamos todas as manhãs.

 

A tarde era reservada a descanso e mais tarde, antes do jantar, a pequenos passeios pela então vila piscatória e onde o pregão único das varinas se ouvia pelas manhãs: - “Pescada viva!... Ó que rica pescada!...”.

 

Aos sábados, dada e enorme afluência à praia, fugíamos para a piscina da Granja onde nós, os mais pequenos, sofríamos invariávelmente a obrigatória tortura do mergulho dado pelos banheiros após o que, a água que nos ficava escorrendo pelo rosto, densa porque salina, nos dificultava enormemente a respiração!

 

Tanto a ida como a vinda eram feitas pela praia, em correrias à beira-mar onde a areia era mais dura e permitia andar com menos esforço, pelo que o almoço era devorado com a sofreguidão própria de quem se encontra terrívelmente cansado e faminto!

 

Os domingos, esses eram reservados para passeios de automóvel, no enorme carro do meu tio, (era um Dodge americano) advogado de sucesso no Porto e que todos os dias ia para o seu escritório só voltando pela tardinha, quase à noite.

 

Meu pai, invariávelmente regressava a Vidago passados os primeiros cinco ou seis dias de férias em Espinho, vindo depois buscar-nos findo que fosse o período de praia no seu pequeno e saudoso “Skoda” marron que me ensinou a guiar!

 

Mas as férias não se ficavam por aí.

 

O mês de Agosto e parte de Setembro eram passados em Vidago, em nossa casa, no meio do calor estival e do bulício de uma estância termal, ao tempo sempre cheia de aquistas (estava na moda), e onde o ping-pong, no velho Hotel Avenida, mesmo fronteiro a nossa casa e onde todas as noites se dansava no grande salão, o ténis, o golfe – com os seus campeonatos dirigidos pelo Mr. Douglas, inglês alto e simpático que recordo perfeitamente, sempre acompanhado da sua cadelinha “terrier” - e em que meu pai venceu por diversas vezes vários torneios. 

 

Os barcos, o lago e as loucas correrias em que o meu primo Vasco me levava no quadro da sua bicicleta, completavam todo o nosso maravilhoso  e hoje tão saudoso cenário!...

 

Depois... oh! depois seguiam-se as despedidas, o meu mundo ficava muito mais pequeno e vinha o outono e o Outubro e com ele o avizinhar do frio, das aulas, das geadas matinais ou da neve, das frieiras nas orelhas, das gripes e das febres colectivas que normalmente grassavam pela escola além das restantes doenças do catálogo que eu, por meu pai ter o consultório em casa, sempre ia apanhando por contágio.

 

Como passavam depressa aqueles meses de verão e de férias e como se alongavam aqueles meses de inverno e de escola!!... Que eternidade ia de um ano ao outro!...

 

Agora, a dias de fazer setenta e sete anos (se Deus permitir que lá chegue!), os verões e os invernos sucedem-se numa velocidade diria que vertiginosa e num movimento que sinto ser uniformemente acelerado... Há dias eram “cinquenta” e hoje vou a caminho dos “setenta e sete”!... Isto é como se o tempo passasse à velocidade da luz e, como contra-partida, recordo bem aquela primeira vez que andei de avião e em que, olhando a terra pela vigia do meu lado, esta me parecia parada sabendo eu que que nos deslocávamos a uma velocidade de 900 quilómetros por hora!....

 

Alguma vez pensamos “nisto” quando crianças ou adolescentes? Acho que nunca e que ninguém...

 

E é precisamente neste ponto que entra a “relatividade” que dei como título a este meu “post”... A relatividade aplicável à idade e ao tempo!...

 

Julgo que Einstein, lá onde estiver, esboçará um pequeno sorriso pela ignorância que demonstro mas que, bem lá no fundo, concordará comigo.

publicado por Júlio Moreno às 23:44
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Terça-feira, 15 de Janeiro de 2013

Segunda carta aberta ao Primeiro-Ministro,

 

Fui e sou um convicto apoiante da sua política patriótica de correcção dos desmandos socialistas que, durante os longos e desgraçados anos em vivemos à grande e à fancesa sob a ignorante batuta do maestro José Sócrates, tão palavroso quão arrogante e tão descaradamente mentiroso que, não obstante se arrogar de um título académico que não possuía teve a “arte e a ciência” de levar o PaIs às portas da ruína obrigando-nos à prestação de um papel a que desde 1640 não nos prestávamos!

 

Tal como então, embora sob outras tutelas e por outras razões, deixámos de ser um País independente passando a ser subjugado por uns quantos gananciosos tecnocrtatas a que técnicamente se convencionou chamar-se de "troycas" e “mercados” mas que eu, ignorante como aqui me confesso, apelidaria simplesmente de criminosos mercadores da desgraça dos povos que nela caem!

 

Aprecio a sua coragem, senhor Primeiro Ministro e, sobretudo, a frontalidade com que faz face ao consequente desagrado do Povo que, acicatado por quantos sempre viram no pior o seu melhor – comunistas e quejandos – se começa agora a agitar (a meu ver já perigosamente!) porque não entende – e muitos, como eu próprio, já começamos a não entender também – a razão de ser de tanta obediência ao conjunto de “professores” que periódicamente nos vem examinar e à nossa custa!...

 

O Povo já tem mêdo! O Povo já teme o pior!

 

Eu faço parte integrante desse mesmo Povo e peço-lhes senhores Primeiro e Segundo Ministros: - abrandem um pouco esse compreensível esforço de agradar à estranja e não sufoquem o que já é miséria verdadeira!...

 

Em lugar dos impostos, voltem as costas a essa inconstitucionalidade que é o próprio Tribunal Constitucional e tomem como possível e urgente medida o seguinte:

 

- O dinheiro não poderá ficar congelado nos bancos nem os senhores das grandes fortunas poderão ter amealhadas (paradas e só a render “dividendos” juros ou servindo para jogar nas roletas das bolsas internacionais) mais do que determinadas quantias a fixar pelo Governo uma vez analisadas as reais capacidades do país e as suas necessidades.

 

Todo o capital que exceder os valores fixados – e serão biliões, estou certo! – deverá ser posto, com o aval do Estado, à disposição das PME e de todos os projectos que demonstrem inequívoca viabilidade económica, criando milhares de postos de trabalho e restituindo a confiança ao Povo que bem saberá como “descobrir” novos mundos à estagnada e bolorenta economia dos alfarrábios das Faculdades.

 

Pense nisto, senhor Primeiro-Ministro, pense nisto e perdoe-me a ousadia que tomo ao endereçar-lhe estas linhas mas... como diz o Povo, “quem me avisa, meu amigo é...” e “não vá o doente morrer da cura!...”.  Entretanto vá ensaiando: -  Auf Wiedersehen Frau Merckel!...

 

Será que se a água permenecesse retida nas albufeiras e não fosse cuidadosamente libertada, e em inteira segurança para quem estivesse a sua jusante, faria girar as turbinas e produzir a electricidade que hoje a todos faz falta?

publicado por Júlio Moreno às 22:21
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Terça-feira, 8 de Janeiro de 2013

Frases em que tenho pensado e que darão que pensar...

 

Também amou e soube amar...

(Christine Garnier e Salazar no Vimieiro)

 

 

Já de há muito que conhecia estas frases proferidas – e sobretudo pensadas – por um grande homem político, inteligente jurista e professor catedrático fiscalista e financeiro (não "honoris causa") que, durante mais de 4 décadas, serviu isentamente a Nação como Presidente do Concelho de Ministros e a quem hoje todos atiram pedras mas que, mesmo depois de morto, ainda continua a suscitar ódios, cobiças e receios aos covardes que, no seu tempo e na sua maioria ocultos, surgem hoje como heróis à luz do dia ao ponto de se oporem à estátua justamente planeada pela autarquia para a terra onde nasceu, e que, a cada dia que passa, mais se distancia da mediocridade dos que no poder lhe sucederam.

 

É certo que usou alguns métodos e processos que se poderão, e deverão, considerar condenáveis, (embora vulgares em política, sobretudo no seu tempo), mas o que nunca ninguém poderá dele dizer é que não foi um patriota e, sobretudo, um dos homens políticos, mais lúcidos e mais emergentes do seu tempo, que soube manter a neutralidade do País e muito provavelmente preservado a vida de alguns milhares de portugueses, face aos terrores das duas guerras que eclodiram no seu tempo, a primeira na vizinha Espanha e a segunda que durante 6 longos anos alastrou pelo Mundo, e que não enriqueceu à custa do povo que, por tão largos anos, governou!

 

Competente, sóbrio e humilde já tenho muitas vezes ouvido suspirar por ele aos indigentes com quem me cruzo na rua; e não só a estes mas aos mais medianos – os da classe média e dos funcionários públicos - e que, nos intervalos dos sacrifíIcios económicos, familiares e não só – os que perderam filhos no Ultramar! – supremos sacrifícios que fizeram que souberam suportar acabando sempre dizendo que dantes viviam muito melhor e se vangloriavam de nada dever a ninguém!

 

São dele as frases que se seguem, em que muitas vezes penso e que muito me fazem pensar sobretudo quando em paralelo com as que actualmente se ouvem aos mais proeminentes políticos da nossa praça, excessivos (em número!) e ditos dignos representantes do nosso Povo (que a maqioria não conhece ou sequer ouviu falar!) na Assembleia – metade, com mais cultura geral e política, mais experiência e, sobretudo, mais educação, bastariam! - , e onde ilustres senhores Deputados trocam os “VV” pelos “BB” e dizem “interviu” por “interveio”, além de outras “calinadas” de chumbo certo na antiga 4ª classe!...

 

Eis algumas das frases que antes referi:

 

-“Não discutimos Deus e a virtude. Não discutimos a Pátria e a sua longa história; não discutimos a Autoridade e o seu prestígio”. (Salazar, 1936)

“Manda quem pode, obecede quem deve”. (Salazar)

“Não, não é preciso usar da violência, somos um povo de brandos costumes. Aqui, para governar, um safanão a tempo é quanto basta”. (Salazar)

“Os britânicos protestam e eu também passo a vender-lhes volfrâmio e estanho. Bem sei que isto vai ter de parar um dia, ou vendo para um lado ou vendo para o outro. Mas enquanto puder vender para os dois, venderei. Todo o dinheiro traz agarrado a si miséria e sangue. Mas não tem cheiro.” (Salazar)

“Devo à Providência a graça de ser pobre; sem bens que valham, por muito pouco estou preso à roda da fortuna, nem falta me fizeram nunca lugares rendosos, riquezas e sustentações. E para ganhar, na modéstia a que me habituei e em que posso viver, o pão de cada dia, não tenho de enredar-me na trama dos negócios ou em comprometedoras solidariedades. Sou um homem independente.” (Salazar)

“A autoridade que se não exerce, perde-se”. (Salazar)

“Não se deve aspirar ao poder como se aspira a um direito, mas deve-se aceitá-lo e exercê-lo como um dever”. (Salazar)

“O que nos é imposto por um plano de dever nacional, faz-se ou morre-se, mas não se deserta”. (Salazar) - Tenho a convicção de que esta assentará particularmente bem a alguns...(vidé posts atrazados).

“Os homens e os povos com a consciência de um objectivo moral vão até ao fim, porque mesmo vencidos materialmente, nem tudo se perde”. (Salazar)

 

Pensem nisto sem rancor ou paixão clubista e, sobretudo pensem que a nossa vizinha Espanha, mesmo depois da ditadura franquista e da sangrenta guerra que sofreu, soube civilizadamente conservar os seus monumentos da era do franquismo e não teve necessidade de mudar o nome a obras de arte (por ex.: a ponte Salazar, sobre o Tejo), de derrubar estátuas e de censurar o "pensamento e a acção livre" bem ao invés do que nós por cá, com uma Constituição dita das mais avançadas do mundo, contraditoriamente sente necessidade de referir-se ao "fascismo" (que só um ignorante pode dizer que alguma vez tenha havido, isto porque não conhece o verdadeiro significado e alcance palavra "fascio" – de “fasces” – que no Império Romano representavam um conjunto de varas, símbolo dos magistrados) mas a que, pejorativamente e muito intencionalmente, se associa uma espécie de ditadura quasi nazi!...

 

E, já agora acrescentarei:

 

Salazar terá plantado no jardim de sua casa, em frente do seu Gabinete de trabalho uma planta dada, ao que se sabe, por Chirstine Garnier...

 

Porque terá sido uma MAGNÓLIA?

 

publicado por Júlio Moreno às 17:01
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