Do PORTUGAL DIÁRIO da IOL
"FINANÇAS Diz ex-ministro das Finanças, Campos e Cunha BPN: comissão de inquérito «foi um fórum de incompetência» 2009/06/27 11:43Redacção / SPP
"Acusa Governo de se ter atrasado na resposta à crise e crítica elaboração de previsões irrealistas Para o ex-ministro das Finanças, Campos e Cunha, a comissão de inquérito ao BPN «foi um fórum de incompetência». «São situações como esta que levam a que qualquer dia só vá para o serviço público quem dele queira retirar benefícios, porque as pessoas honestas não estão para este enxovalho», revela em entrevista à «Rádio Renascença» e ao jornal «Público». Para Campos e Cunha - que também foi um dos subscritores do documento dos 28 contra o avanço dos grandes investimentos anunciados pelo Governo - diz que seria positivo para o país se existisse um pacto de regime para as grandes obras públicas, para permitir que Portugal pudesse ocupar-se de coisas mais importantes. O ex-ministro das Finanças aponta ainda o dedo ao Governo por este se ter atrasado muito na reacção à crise e por ter feito previsões completamente irrealistas em Outubro. «Erros destes são demasiadamente clamorosos para serem possíveis», conclui.""
Comento eu:
- Curioso, curiosíssimo este comentário do ex-ministro que talvez devesse ter acrescentado - procurando rememorar alguns factos de uma sua intervenção pública relativamente recente - que qualquer dia só vai para o Serviço Público quem queira beneficiar económicamente do seu exercício sem se importar minimamente com a "res publica" que pressuporá, no meu modesto entender "um serviço competente, dedicado e desinteressado", exactamente o que demonstrou não ser seu critério este senhor e ex-ministro pois, se bem me recordo, foi depois de ter aceite a pasta das Finanças e de ter feito umas "contitas" ao seu "deve e haver" pessoal, que decidiu, com alguma estupefacção pública, diga-se, que o melhor seria marimbar-se para o serviço público e retirar-se para o recato do seu bem-estar de folgadas e legalmente acumuladas reformas já que no computo geral de todos os interesses em causa - serviço ao País e serviço pessoal, era este último que ficaria a perder!
Perdoe-me, pois, a ousadia, senhor ex-ministro, mas já mesmo antes da democracia do 25 de Abril e porque nas veias me corria já esse desgraçado sangue - de meus avós herdado - que me fazia por o bem dos outros acima do meu bem pessoal, eu tinha por hábito, e talvez por defeito, não calar o que a minha razão ditava fosse quem fosse o alvo da minha observação ou crítica.
Por isso mesmo entendo dizer aqui que V.Exa., ao fazer as observações que fez e muito para além das eventuais implicações técnicas que lhe estejam, porventura, subjacentes, terá perdido uma belíssima ocasião de estar calado pois, contrariando a sua douta opinião, penso que a Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BPN e a concomitante e muito peculiarmente demonstrada desatenção do Banco de Portugal foram, não só positivas como até brilhantes e utilíssimas para o País, que teve, assim, a oportunidade de ver, bem à luz do dia, que o tempo dos "intocáveis" já passou há muito fossem eles simples operários ou reputados mestres universitários e senhores do correspondente doutoramento isto desde que algo houvesse que lhes devesse ser apontado como menos correcto na sua actuação.
Ora foi esse o mérito da "inquisitorial" posição assumida pela Comissão Parlamentar de Inquério (como alguém teve mesmo a ousadia de chamar-lhe) e onde, e é bom que se diga que, dentre todos os intervenientes e atentos "inquisidores", se salientou muito especialmente o trabalho de dois que, deveriam, à partida, militar em campos ideológicamente opostos e, por via disso, nunca, por nunca convergentes - o CDS e o PCP.
Mas, porque assim não foi, e aqui realçarei - sem demérito para os restantes, repito-o - o mérito e a oportunidade das intervenções dos senhores deputados Nuno Melo e Honório Novo, com o que serei levado a concluir o óbvio: - que a verdade e o bem público deverão ser as supremas razões de qualquer intervenção política...
O Povo, na sua proverbial e inquestionável sabedoria, se chamado a pronunciar-se sobre este assunto, não só que bem por certo me daria razão, como até talvez tivesse dito mesmo que seria a hora de V.Exa. meter a viola no saco.
E já agora uma perguntinha que tenho aqui atravessada na garganta: - para que serve a Inspecção do Banco de Portugal que tão chorudos vencimentos (e reformas) paga aos seus funcionários, a começar pelo seu Presidente - dos mais bem pagos da Europa e do Mundo, pasme-se! - se os resultados palpáveis são os que o inquérito amplamente veio a demonstrar?
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