Transcrevo seguidamente e na íntegra o texto que recebi:
"IGNORANTES D´UM RAIO!
"Sim, vocês, seus ignorantes engravatados armados em gestores da sociedade, vós, que continuais a falar como se dominásseis a verdade e tivesses conhecimento da realidade do nosso país! Sóis os maiores incendiários deste nobre país!
"O que esperáveis vós, sua cambada de ignorantes, como resultado destas políticas de ficção nada científica, destes últimos vinte anos, políticas citadinas da Capital do Império que se fecha e decide em gabinetes, lobbystas puros e corruptos???
"Abandonastes a agricultura, investistes tudo em Expos, Euros, CCB´s e Pontes do Gama(nço), abandonastes a agricultura, a floresta e a pesca, fechastes escolas, centros de saúde e até hospitais, tivestes a coragem de mandar os pobres coitados que aqui se iam aguentando emigrar, tivestes a coragem de no pobre interior deste pobre território colocar as mais caras portagens do país, tivestes a coragem de abandonar os idosos, grandes motivadores da resistência à desertificação total, tivestes a coragem de proibir o fabrico do queijo da serra de forma artesanal e agora oferecem prémios ao melhor queijo tradicional, criastes guias de transporte para transportar uma ovelha ou um cabrito, obrigastes os pobres agricultores a transformarem-se em empresários para produzirem um quilo de batatas, permitistes que os hipermercados destruíssem o comércio local, principal alavanca da dinamização económica das regiões... enfim, enriquecestes todos à custa desta destruição do país e agora, como sábios, ainda tendes coragem de nos transmitir como é que vamos lá!
"Tende vergonha sua cambada de ignorantes, que, a maior parte, nunca trabalhastes na vida, pois passastes a vida em comícios e organizações de colagem de cartazes ou de postagens nas redes sociais!
"Agora o país está a arder como nunca, está mais abandonado do que sempre, e isto só não irá arder mais porque pouco mais há já para queimar!
"Seus ignorantes d´um raio tende vergonha e quando falardes de desenvolvimento do país tapai a cara com um pano preto, pois não só deveríeis ter vergonha nesse focinho como deveríeis ter a noção do nojo que meteis a quem ama verdadeiramente Portugal.
"Tenho dito.
"Manuel Muralhas""
Um tristíssimo exemplo de despesismo supérfluo perante a crise que a austeridade em que vivemos provoca ao comum dos cidadãos nacionais foi o que ontem e hoje assisti na TVI com a jornalista Judite de Sousa.
É que, na verdade, ontem assisti ao programa de Judite de Sousa, jornalista que aprecio mas que considero, por vezes, demasiado interventiva sem primar pela oportunidade e até pela própria elegância de atitudes, o que só a desprestigia, e assisti hoje ao seu programa em que entrevistou um dos mais recentes membros do governo.
Chocou-me, confesso-o, que seja a mesma pessoa que confirma nos noticiários a existência de doentes crónicos e carenciados que, por insuficiência económica, deixaram de poder adquirir e tomar a sua medicação habitual e que em dois dias sucessivos se tenha permitido utilizar duas diferentes armações dos óculos que usa, e sabemos como as armações são caras!, uma de cor azulada – a de ontem – e outra meio amarelada que hoje exibiu.
Será isto necessário? Será isto oportuno? Estou como o Herman: - “não havia necessidade!...!
As sucessivas greves que se anuciam, quanto a mim muito longe de assentarem na justa e, sobretudo, oportuna reivindicação de uma maior equidade e justiça nas relações laborais entre empregados e empregadores, hoje vivendo ambos dias bastante difíceis, parece-me serem, bem pelo contrário, uma manifestação gravosamente inconsequente de certos e anquilosados princípios que visam defender, por óbvia carência formativa e informativa das massas que os seus mentores oportunísticamente manipulam, antes devendo ser consideradas como o eterno – e gasto braço de ferro, quanto a mim já muito ferrugento – entre os que, sistemáticamente derrotados nas urnas, nunca desistiram de semear os seus vesgos ódios, hediondo antipatriotismo e péssimo perder traduzido sempre no já estafado método da luta de classes que tão bons resultados se pensava ir dar na esfarrapada e felizmente desaparecida ex-URSS!
Que pretendem, afinal, os mentores das greves que assim exercem um direito que, devendo ser considerado extraordinário, hoje se tornou corriqueiro e mesmo assim a nossa Constituição consagra e protege?
Pretendem justiça social? - Porque não a demonstram no modo concreto de a obter e nunca a praticaram nos efémeros anos em que detiveram esboço de poder?
Pretendem igualdade? - Pura utupia em que sempre assentou a teoria marxista lelinista que nunca soube ver que nem o preto é branco, nem os homens nem as mulheres são iguais na sua forma exterior e interior! A uniformidade, o unanimismo e a unicidade só existiu na brutalidade do poder lelinista e mais tarde estalinista e nas mentes distorcidas daqueles que, com os olhos postos nas benesses que daí poderiam auferir, cegamente o seguiram!
Querem melhores rendimentos? - Porque não os buscam na criatividade e no trabalho e antes pretendem que surjam das greves que equivalem, na realidade, à sua própria auto-negação uma vez que até uma criança entende que quem não produz não tem, a menos que roube e que a negação deste elementar princípio só poderá conduzir ao cada vez maior empobrecimento da coisa pública e dos rendimentos que, só se gerados. poderão efectivamente ser melhor distribuidos?
Porque buscam os grevistas o fruto do trabalho daqueles que efectivamente produzem e pretenderem chamar a si o que nunca, de facto, lhes pertenceu?
Porque escolhem para líderes das suas reivindicações aqueles que melhor falam, maior verborreia produzem sem que, todavia, nada de verdadeiramente inovador e útil saibam dizer e muito menos fazer? E já viram que esses são sempre os mesmos e que se transportam para todo lado, do norte ao sul do País, à custa dos que neles acreditam e que se pavoneiam com a arrogância que sempre foi apanágio dos medíocres e dos que sempre souberam atacar pelas costas e com torpeza quem se atrever a afrontar as suas ideias e a não pactuar com os seus delírios megalómanos?
Já viram algum líder grevista ser ele próprio a fazer greve e a prescindir do salário que as respectivas organizações sindicais pontualmente lhes pagam?
Austeridade? Sim a austeridade é dura e por vezes injusta também assim como sempre foi dura a chamada às armas quando está em causa a sobrevivência do País! Mas talvez grande parte da culpa da sua existência passe pelos que nada fazem para a alterar em termos de criação de riqueza e só se limitem a propagandeá-la, sem que a produzam, como a causa de todos os males.
Se não há dinheiro como querem evitar a austeridade? Com greves, particularmente com greves em sectores sensíveis como o das exportações portuárias, com greves em sectores particularmente sensíveis como os da educação, da saúde e dos transportes paralizando toda a actividade produtiva e grangeadora de riqueza.?
Onde se gasta verdadeiramente o pouco dinheiro que os portugueses produzem? Nos chorudos e verdadeiramente obscenos ordenados pagos a gestores públicos, funcionários(as) de empresas pública - vidé RTP e outras - que, vindos do anteriormente, se transformaram hoje em direitos adquiridos e ciosamente defendidos pelos paradoxais órgãos de soberania que a revolução veio criar?
Gastam-se milhões em pleonásticas instituições criadas pela mente delirante de quem forjou a Constituição mais avançada do mundo e, entre outras inovações, criou o inútil e muito questionável Tribunal Constitucional cheio de vencimentos desnecessários, de frotas automóveis que bem falta fazem às polícias e aos responsáveis pela saúde do país, de mordomias de toda a espécie mais tarde agravadas por chorudas reformas que irão auferir! - como se não houvesse já uma AR, um Governo e um PR, todos eles órgãos essenciais e suficientes do Estado visando o cumprimento da Constituição sendo o último o seu garante supremo!...
Devemos igualmente convir que com esta sanha grevista e este PS ansioso de regressar ao poder para, ao exemplo do que indiciam as ideias de pés de barro do seu acfual líder, darem cabo do pouco que ainda nos resta – ressalvo aqui com a devida vénia o criador do Serviço Nacional de Saúde, verdadeiro e puro socialista que soube honrar o País e o partido em que militou e onde só um lider houve a merecer esse nome e que soube reconhecer a derrota e os erros que porventura cometera como igualmente me refiro ao Engº Guterres, - esse sim, esse engenheiro - e não farçante como o que depois tivemos assim como um senhor que, ao que dizem terá alegado ter o pé chato para se furtar à guerra do Ultramar mas que, pelo que sabemos, calcorreia, ou calcorreava, quilómetros com esse mesmo pezinho nos macios relvados dos campos de golfe! Tudo isto existe... tudo isto é triste e... continua sendo de muito triste memória!...
Assim vai o meu País! Para onde? Não o sei e acho que nem mesmo aqueles que pretendem conduzi-lo saberão!
ADITAMENTO – Palavras de ordem e apupos como os que acabo de ouvir após e durante o discurso de Sua Exa. o Presidente da República no 10 de Junho, em Elvas e perante as Forças Armadas são bem a amostra da manipulaçãp de que está sendo alvo o povo que parece estar a perder as características que o fizeram grande para se transformar num povo vulgar, sem memória nem vergonha!
Incentivado por um dos comentários que alguém teve a bondade de fazer a um dos meus últimos escritos, cá estou de novo a distrair quem, porventura, tenha paciência e disponha de tempo para ler o que aqui vou escrevendo. Desta vez, por me parecer actual e bem a propósito, permitir-me-ei comentar aqui o que para mim decorre do Congresso do PS em Santa Maria da Feira e do incidente verificado com as afirmações de um certo deputado que, no calor da luta política, não terá sabido conter-se, como seria sua obrigação, e ser mais comedido na linguagem utilizada para se referir ao Presidente da República.
Assim:
Muito me surpreendeu o PS e António José Seguro ao apresentar agora, no seu discurso de encerramento do Congresso e como quem tira da manga o “Ás” de trunfo, de uma forma tão clara quão desinibida, as três grandes medidas que encontrou para solucionar a crise e que só agora revela ao País a despeito de, para o efeito, já repetidamente haver sido solicitado pelo Chefe do Governo, Passos Coelho.
Na verdade, estas medidas de Seguro, a serem efectivamente parte da solução da crise com a qual Portugal se debate – criada pelo seu Partido e pelo recém-regressado Sócrates e companhia - o que está bem longe de se poder considerar provado e que carece, sem dúvida alguma, de uma profunda, se bem que rápida, análise – estas medidas só neste momento reveladas parece consubstanciarem, se não muito mais do que isso, uma “perrice” de instrução primária do género: - “eu sei o segredo, eu sei... mas não digo¸só se me deres um chocolate!”...
Governar um País ou sentar-se na AR como deputado não são jogos de criança!
São coisas muito sérias e é para trabalharem em prol da Nação, como apoiantes ou na oposição ao Governo, que o Povo “paga” aos senhores deputados e “lhes garante reformas principescas”, bastante mais da marca, além de, como vem sendo hábito, lugares chorudamente remunerados em Empresas públicas quando “passarem à disponibilidade”.
Assim, e para além da má educação esta semana revelada por um jóvem economista, também ele deputado da oposição, que se permitiu lançar um grave insulto à figura do Chefe de Estado – a requerer, em minha opinião, de acordo com o Código Penal Português e nos termos do seu artigo 328º, que adiante se transcreve, uma intervenção do poder judicial na proporção da gravidade da ofensa cometida – dizer que o Chefe do Estado “endoidou” é ofensivo - isto a menos que, como o mesmo artigo refere, o Presidente expressamente a ela renuncie ou desista.
Porém para se renunciar ou desistir de algo é necessário que essa “algo” exista e, este caso, salvo melhor opinião, seria um bom motivo de preocupação para o Tribunal Constitucional que deveria assegurar-se do cumprimento do preceituado no nº 3. do artº 37º da Constitução da República.
("Da Constituição da República: - Artigo 37º - (Liberdade de informação e de expressão) -1. ... 2. ... 3. As infracções cometidas no exercício destes direitos ficam submetidas aos princípios gerais de direito criminal ou do ilícito de mera ordenação social, sendo a sua apreciação respectivamente da competência dos tribunais judiciais ou de entidade administrativa independente, nos termos da lei. 4. ... ")
("Do Código Penal Português: - Artigo 328º - Ofensa à honra do Presidente da República 1 - Quem injuriar ou difamar o Presidente da República, ou quem constitucionalmente o substituir é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa. 2 - Se a injúria ou a difamação forem feitas por meio de palavras proferidas publicamente, de publicação de escrito ou de desenho, ou por qualquer meio técnico de comunicação com o público, o agente é punido com pena de prisão de 6 meses a 3 anos ou com pena de multa não inferior a 60 dias. . 3 - O procedimento criminal cessa se o Presidente da República expressamente declarar que dele desiste.”)
Assim vai a política neste paradoxal País, simultâneamente pequeno e muito grande, mas que hoje baloiça perigosamente nas agitadas águas de uma Europa eivada de utopias e sobejamente dividida (a começar pelos idiomas e quezílias históricas e talvez nunca apagadas) mas potencialmente comandada por quem do seu comando nunca desistiu: - a Alemanha que, provavelmente o começa a fazer agora, ainda que, para já, por outros meios.
Não escondo – nunca o escondi – de que era e sou um apoiante do actual Presidente da República, em quem votei para os dois mandatos que cumpriu e cumpre mas eis que me surge esta notícia, recebida por e-mail, e que, por não ser inteiramente anónima – parece ser veiculada pelo DN (sigla do Diário de Notícias) – não poderei deixar em claro, tal a enormidade que representa como “escândalo”, diria mesmo que supra-nacional agora que pelas razões que se conhecem, Portugal andará nas “bocas do mundo”.
Assim, julgo que será imperioso que os serviços de Relações Públicas do Presidente venham a terreiro não só para contraditar quanto na notícia se afirma como, muito principalmente, quem a dá sem que lhe assistam outros propósitos que não sejam os de destruir o País, agravando, com manifesta intencionalidade, a situação económico-política em que já se encontra...
Segue o texto que recebi e que aqui reproduzo na íntegra:
“Nunca Portugal teve um presidente da república tão caro e tão inútil... 45 000€ por dia!... É um ESCÂNDALO!!!!!! VIVA O REI!!! 45 000€ por dia. É obra! Por dia...nada de confusões. Por dia! 45 mil euros por dia para a Presidência da República.
“As contas do Palácio de Belém:
“O DN descobriu que a Presidência da República custa 16 milhões de euros por ano (163 vezes maisdo que custava Ramalho Eanes),ou seja, 1,5 euros a cada português.
“Dinheiro que, para além de pagar o salário de Cavaco, sustenta ainda os seus 12 assessores e 24 consultores, bem como o restante pessoal que garante o funcionamento da Presidência da República.
“Os 16 milhões de euros que são gastos anualmente pela Presidência da República colocam Cavaco Silva entre os Chefes de Estado que maisgastam em toda a Europa, gastando o dobro do Rei Juan Carlos de Espanha(oito milhões de euros), tendo sido apenas ultrapassadopelo presidente francês,Nicolas Sarkozy (112 milhões de euros) e pela Rainha de Inglaterra,Isabel II, que'custa' 46,6 milhões de euros anuais.
“E tem o senhor Aníbal Cavaco Silva, a desfaçatez de nos vir dizer que :"os sacrifícios são para ser 'distribuídos' por todos os portugueses"...
“Além de ver a banda passar, que faz este homem, que nós sustentamos, e que ao fim de 35 dias de silêncio, manda recados no facebook aos portugueses e à Europa!!! Mas quem é que alguma vez se vai sequer preocupar com os seus recados, sobretudo na Europa onde ninguém sabe quem o homem é? Toca é a cortar o orçamento para a Presidência da República para um terço do atual. Chega e sobra ainda muito, se ficar com € 15.000 / dia.
“SEM COMENTÁRIOS…NUM PAÍS EM CRISE! “”
É imperioso, pois, que esta notícia seja analisada pela Presidência e por ela tratada como merece sob pena de se tornar mais perniciosa para o País do que as muitas outras atoardas que por aí polulam. Confio em que assim será.
Vivemos nestes últimos quase quarenta anos uma autêntica história de ficção mais parecida como tendo saído de algum argumentista barato de Hollywood do que da própria realidade vivida por toda uma Nação servida por um Povo obreiro, dinâmico e voluntarioso mas fácil de enganar por uns quantos “capitães-heróis” – na sua grande maioria também eles enganados por meia dúzia de “infiltrados” - história essa que começou com uma revolução de “cravos” pretensamente organizada para derrubar um regime político mas que, na realidade, somente queria derrubar a política de um ministro e modificar uma lei que parecia prejudicá-los, a eles capitães, e que, correndo bem demais na rua e porque, de facto, o regime, sem o professor de Coimbra, apodrecera, foi sabiamente aproveitada por quem, de há muito professando atávicas ideologias marxistas - até aí habilmente ocultas porque totalmente avessas à ideosincrasia portuguesa – estava bem habituado a conduzir multidões e a mentir aos povos em nome da sua doutrina e dos seus métodos para obter o poder.
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Assim se subverteram os propósitos que trouxeram as tropas para a rua e assim pretenderam mesmo tomar o poder acabando por necessitar e conquistar o apoio, de última hora e no mais completo desespero de causa, da figura do então General Spínola, com quem tive a honra de trabalhar de perto, e a única que seguramente lho dava.
Prendeu-se muita gente inocente a seguir ao onze de Março, data atribuida ao contra-golpe de Spínola.
Entretanto libertaram-se agitadores profissionais, bombistas e ladrões o que muito agradou ao Povo que terá vivido o evento em jeito de romaria tal como, quando perante a Justiça romana, o terá vivido a populaça farisaica diante de Pilatos ao decidir libertar Barrabás em detrimento de Jesus Cristo.
Por Rosa Coutinho e Vasco Gonçalves, habilmente secundados pelo paranoico Otelo muito mais apoiado por Álvaro Cunhal do que ele próprio supunha, Portugal inclinou-se perigosamente para o abismo onde talvez tivesse mesmo caído não fora a firme e esclarecida determinação militar e o sereno acerto governativo de um homem de quem muito pouco se tem falado ultimamente mas a quem Portugal muito terá ficado a dever: o General António Ramalho Eanes cuja figura de militar e de exemplar conduta moral e cívica é imperioso destacar aqui.
Em meu modesto entender Portugal nunca poderá ser uma democracia a menos que o seja de opereta, tal como vem sendo até aqui. E nunca poderá sê-lo pela simples razão de que aqui, neste cantinho da Europa, não nascem democratas mas sim autocratas, e mesmo assim em tão pouco número o que e muito vem comprometendo os nossos actuais índices demográficos.
E tanto assim é que, incrivelmente, e já desde 47 A.C. que Caius Julius Caesar o sabia e assim o terá mencionado no Senado com aquele célebre comentário, hoje tantas vezes mencionado, de haver “lá p’rós confins da Gália um povo que não se governa nem se deixa governar”...
E a verdade nua e crua é que os portugueses – e eu mesmo sou um exemplo vivo disso – são idiossincraticamente insubmissos, um pouco vaidosos por índole e aventureiros por natureza, isto para não falar – o que porventura seria incorrecto embora não menos verdadeiro – na sua natural propensão latina para a “vigarice e o oportunismo generalizados” isto no sentido mais abrangente possível peste pecaminoso termo.
Desde D. Afonso Henriques, hoje recordado com todas as honrarias como o herói fundador do reino, que assim foi de facto isto não obstante se alegue de que, nesses tempos, os hábitos e costumes seriam outros, o certo é que este corpulento e belicoso Rei não só se voluntarizou sistemáticamente para combater os infieis como igualmente cresceu desprovido do mais elementar amor e respeito filial desafiando no campo de batalha e por invocadas razões de arreigado patriotismo a própria mãe a quem terá mantido prisioneira e, segundo alguns, mesmo acorrentada!
E não me venham dizer que esse tempo era um tempo de violência e de vale tudo, que o não era como no-lo veio a demonstrar o seu aio Egas Moniz ao pretender honrar, por ele e com toda a sua família, com a corda ao pescoço perante o Rei de Castela, a palavra desonrada.
Ora este facto, há tantos séculos ocorrido,leva-me hoje a encontrar algumas semelhanças com quem, no parlamento e fora dele, retomando a “noção de honra” que teria Afonso Henriques alvitra que a solução dos actuais problemas nacionais será a de, contrariando as promessas e os acordos assinados,“não pagar”a quem nos valeu em momentos de crise e nos emprestou dinheiro para que vivessemos porque confiou em nós!... Não fossem eles e estaríamos hoje em sério risco de ter de comer, temperado a gosto, o “asfalto” com que se construiram as dispendiosíssimas auto-estradas de que não precisávamos mas que serviram para a criação das tão faladas PPP e continuam a servir, e de que maneira, os interesses das concessionárias povoadas de ex-ministros , secretários e subsecretários de Estado...
Toda a nossa História se encontra repleta de exemplos de querelas e guerrilhas por questões graves e por ninharias e toda ela nos demonstra que ao longo dos novecentos anos que já leva só os últimos trinta foram da denominada e louvada “democracia” que provocou o que hoje está à vista.
Os portugueses são bons, não há que negá-lo. São valentes, audaciosos e empreendedores mas acima, - ai meu Deus que político sacrilégio! – acima deles tem de haver, e haver sempre, alguém que alie o discernimento à determinação e à força e que os “obrigue” a manterem-se nos carris.
Assim é, com efeito, porque, à mínima sensação de redea solta, logo se lançam à aventura, - os que querem mandar e os que são mandados - todos querendo dar ordens, ter razão e não dever obediência a ninguém a não ser a eles mesmos e muito menos acatar as instruções que lhes sejam ditadas por terceiros.
Conclusão: - democracia em Portugal; como em quase toda a Europa do Sul, parece-nos que é e será sempre utupia. Só que uma utupia perigosa e que facilmente poderá conduzir a uma fogueira que alastre sem controlo e sem que, por imprevisão e impreparação dos chefes, haja meios, ou mesmo vontade, para a apagar...
Não há dúvidas de que não nascemos para ser carneiros. Não nos queiram convencer disso mesmo que na nossa frente se perfilem, de branco ou de negro, os anjos que nos guiam ou os carrascos que nos acorrentem em nome de uma causa perdida...
VOLTADO ESTEVE P'RÁ CÂMARA
UM POLÍTICO IMATURO
ARENGOU COMO É SEU HÁBITO
MAS DESCALÇO E NÃO SEGURO
Cheguei finalmente a uma conclusão relativamente às matérias que venho procurando tratar neste meu "blog", conclusão essa que passo - com alguma mágoa o digo - a expor ainda que sucintamente:
Não lêm ou comentam os meus textos:
1º - Ou porque escrevo tão mal e com tantos erros gramaticais que ninguém me consegue entender;
2º - Ou porque os temas sobre os quais escrevo - que são os que me vão na alma, equivalendo quase a uma confissão pública dos meus sentimentos - não são suficientemente apelativos para provocar o interesse de eventuais leitores:
3º - Ou porque o número desses leitores é de tal modo escasso já que me recuso a fazer qualquer tipo de publicidade que os atraia: ou, finalmente,
4º - Porque aqueles que me lêm, concordem ou não com as posições que aqui assumo, ou acham que os textos não valem sequer o favor da sua atenção ou porque, abordando normalmente, como sempre foi meu timbre, temas tão quentes que fazem esmorecer o ânimo de quem os poderia confirmar, contestar ou, simpleslente, comentar só não o fazem por entenderem que não terão merecimento; porque quem me lê é suficientemente covarde para ter receio de demonstrar que leu o que não devia e, concordando ou discordando do que aqui venho afirmando, têm receio de uma qualquer Pide de ocasião lhes bata à porta para lhes pedir contas ou, o que será pior, que o seu chefe hierárquico partidário não aprove essa leitura...
Triste sina a de um Povo que tem, afinal, mêdo de si mesmo, que tem uma natural propensão em valorar quem lhes prometa a lua, no sentido de lhes vender a banha da cobra, ou demonstra uma iliteracia tal (neologismo bem em voga) que talvez não seja capaz de entender sequer o que lê a menos que o assunto seja futebol!
Enganem-se, porém, aqueles que pensam que estes factos farão esmorecer a minha vontade de dizer o que quero e o que penso pois, nunca o tendo feito durante a minha vida útil, não deixarei que apodreçam no meu limitado cérebro ideias e factos que afectam a percepção e a vida que Deus me deu sem ter o prazer-dever de as comunicar a terceiros, só me restando pedir-lhes desculpa pelo facto de, a textos meramente informáticos e desde que não sejam posteriormernte impressos, se não possa dar o destino que há muito tempo atrás, e antes do advento do papel higiénico, se dava aos papeis que não tinham valor ou que, simpesmente, tinham deixado de interessar.
O meu obrigado a quem tiver lido o que venho de escrevinhar...
Se o País, hoje sem autonomia porque viveu à tripa forra os anos da abastança em que os euros vindos do “demo” (etimologia de democracia) – dessa Europa que nunca nos deu nada e só nos expoliou (como tentou Napoleão) e se serviu da nossa mão de obra oriunda dos “bidon-ville” – mas em que esses mesmos euros entravam aos milhões pela casa dentro ( e nos bolsos dos outros, dos “amis do Miterrand” e correligionários, isto porque para os meus nem um chavo entrou)...
Se um País que assim se governou se vê mais tarde forçado a pagar bem caro os anos de luxúria e passa a viver agora à sombra das concessões que a agiotagem da comunidade europeia benévola e extraordinariamente lhe concede...
Se, como contrapartida de tão generosas concessões, ao País – envergonhado mas através do seu Governo legítimo - só lhe restou estender a mão à caridade e comprometendo-se a cumprir as draconianas condições que lhe foram impostas (quem falar em negociadas deve estar louco!) – arrisca em sacrificar o seu Povo e apenas lhe pede que, em memória do passado, saiba honrar os seus vindouros...
Se, feito por um Governo legítimo e aprovado por uma maioria parlamentar, um orçamento austero que visava apenas e tão somente colmatar os desmandos da tropa fandanga que o antecedeu ( e que, com a maior audácia e desfaçatez se propõe agora regressar – já vimos por aí um dos figurões - o propõe aos credores e estes aceitam, ainda que receosos e sujeitando-o a inspecções frequentes e aviltantes para se assegurarem apenas do seu cumprimento, todo o conjunto de medidas destinadas ao ressarcimento da dívida descomunal que contraímos..
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Se as medidas contidas nesse orçamento são efectivamente dolorosas para o Povo – menos, no entanto, do que o racionamento já vivido noutras épocas e que, a despeito de ter sido sofrido, o Povo soube ultrapassar com dignidade e honra...
Se as medidas contidas nesse orçamento, não obstante aprovadas pelo único órgão com autoridade jurídica e política capaz de o fazer - a Assembleia da República e o Presidente que o promulga para que valha como lei - faz com que os nossos credores apoiem as metas e os meios de gestão económica que nele se continham...
Mas se por via de uma aberração constitucional nascida em 76 – o Tribunal Constitucional e que de há muito deveria ter sido banido do nosso texto fundamental – tal orçamento deixa, de um momento para o outro, de ter validade e lhe é desferido um golpe tal que quase o inviabiliza...
Se essa aberração detem – porque lhe é consentido – o poder de se sobrepor à Assembleia e ao Presidente fazendo com que ambos estes orgãos nada valham e para nada sirvam... e com treze cidadãos apenas faça prevalecer uma vontade em tudo contrária aos verdadeiros interesses nacionais e que só aproveitarão àqueles que, sem qualquer esperança, continuam porfiadamente a fazer de conta que concorrem a eleições... (apenas para, como deputados, que alguns sempre o vão conseguindo ser, poderem garantir chorudas e imerecidas reformas de fim de mandato...
Se num País já bem conhecido pela prolixa e confusa legislação que desde sempre criou, mais confusão se vem criar ainda e com esse órgão que detém o poder de dar o dito por não dito e nos meter numa embrulhada maior ainda do que aquela que julgávamos estar a sair...
Se é isto que é o meu País onde se não honra a memória dos que por ele fizeram o supremo sacrifício de dar a sua vida... quero-me ir embora.
Quero-me ir embora e, com a maior das mágoas no meu velho coração, renego o meu País.
Oxalá tivesse nascido num recôndito lugar da amazónia onde a civilização ainda não tenha chegado mas onde cada homem, na hora de morrer, possa dizer que afinal viveu!
A forma como o jornalismo convive com a democracia e a incompreensível benevolência e impunidade de que beneficia foi e é, cada vez mais, uma das coisas que mais me confunde hoje em dia!
Adoro a liberdade. Sempre que pude ou actuei em situações em que ela estivesse em causa a pratiquei porque sempre acreditei nela e por ela pugnei dentro dos limites da justiça, da decência e da dignidade que sempre a deve acompanhar e ser a bússola de quem nela acredita e a pratica.
Paralelamente reconheço a utilidade, quando não mesmo a necessidade, da existência de notícias e de noticiaristas – actualmente designados por jornalistas isto porque até há bem pouco tempo as notícias nos eram principalmente transmitidas pelos jornais – os quais, pouco atempadamente, iam informando as gentes do que se ia passando nas suas comunidades ou mesmo no mundo, hoje progressivamente mais globalizado e mais pequeno tudo por forma a que estas, conhecidas que sejam quase no momento em que se verificam, possam alertar as pessoas para os acontecimentos que as possam prejudicar directa ou indirectamente.
Acredito na Justiça. Numa Justiça verdadeiramente justa – passe o pleonasmo -, isenta, lógica e coerente, que use as leis no melhor sentido que as informaram ao serem concebidas e promulgadas e a elas submeta todos: – os ricos e os pobres, os iletrados e os doutores, os políticos e os não políticos, os crentes e os não crentes, numa só palavra: - os cidadãos.
Sei que neste mundo sempre houve gente honesta e gente desonesta. Sempre houve quem mentisse e quem falasse verdade. Os que mentiam em proveito próprio e outros que o faziam em proveito alheio. Os generosos e sem qualquer interesse que pudesse advir dessa generosidade e outros gananciosos ou agiotas, actuando sempre em proveito próprio, as mais das vezes, a coberto de actuações plenas de reserva mental mas pretensamente louváveis e pelas quais até chegaram a ser condecorados!.
Em suma, desde Abraão – recordando a Bíblia – que houve o bem e quem o praticasse, e houve o mal, que se lhe opunha, e sempre foi praticado pelos pérfidos e criminosos ou pelos meramente inconscientes ou ignorantes – daí a frase atribuída a Cristo na cruz; - “Perdoai-lhes. Senhor, que não sabem o que fazem!...”.
E é precisamente aqui que retomo o tema fulcral deste exercício.
Alguns dos senhores jornalistas de hoje, porém, mormente aqueles que dia a dia evolucionam e chapinam na lama da política, que querem efervescente e não deixam assentar, não são nem ignorantes nem inconscientes. Muitos são cultos e inteligentes - por vezes menos do que se julgam ser e apenas meros visionários! – mas é conscientemente que fomentam o mal que lhes dá o lucro e a notoriedade de que vivem: - a intriga descarada ou palaciana que muitos já nem cuidam de dourar - a calúnia, a dúvida, a insinuação, muitas vezes vil e torpe, e que, a coberto de uma pseudo-deontologia profissional que sistematicamente lhes faculta a ocultação da fontes e, deste modo a impunidade, e que tanto criam como destroiem reputações, manipulam as massas, deformam a opinião pública em vez de a formarem e, a seu bel-prazer ou consoante o clube político a que pertencem, constroiem e destroiem as ilusões de que se alimenta o Povo!
Vivemos em democracia, dizem. A nossa sociedade é livre, proclama-se. A famigerada polícia política desapareceu. A tolerância continua sendo o apanágio do Povo português e, segundo a bela canção de Zeca Afonso, - o mero pilar de apoio e propaganda do 25 de Abril - convenceu-nos de que o Povo é quem mais ordena e fez com que entregassemos o nosso destino nas mãos, ímpias e sujas, de muitos políticos profissionais conferindo-nos a ilusão de que alguma vez nós, o Povo, poderíamos fazer prevalecer a nossa vontade e obrigar realmente o poder a cumprir o que promete!
Santa ignorância a nossa! E como pode haver gente que tanto beneficie com a desgraça alheia? Com a sua confusão a alienação da mente, mais dada à reacção que ao reciocínio e, por isso mesmo, semeando a esmo doutrinas, “pró e contra”, na expectativa de... “um nada” em termos colheita!
Interrogávamo-nos acima em como poderia haver gente que tanto beneficiasse de tal comportamento e a resposta não deveria ser outra senão a da mais veemente e convicta negativa. Mas não. Há gente assim. Muita gente assim, tal como existem animais necrófagos assim há gente que se alimenta da desgraça, da inquietação e do mau viver daqueles a quem incidiosamente inculca boatos – que hoje se denominam previsões políticas – informaçõesde Estado vendidas e compradas a seres ocultos e nunca desvendados ou desmentidos, a não ser por factos que se não venham a confirmar, mas porque beneficiam do irresponsável e impenetraval sigilo das fontes hoje vertido em ciência - dantes sociologia hoje politologia!
Passa-se com o jornalismo quase o mesmo que se passa com a Justiça e a eterna questão doutrinária do “ónus da prova”, que tanto costuma ocupar os meios jurídicos e de que os “mídia” nos nossos dias se fazem eco: - uns a favor, outros contra e outros ainda nem uma coisa nem outra mas que, se constituir matéria “chocante”, de “bolinha encarnada” no canto do écran, com ela nos massacram diariamente e recorrendo à mais fantasiosas insinuações ou deduções. E isto porque:
- a um cidadão que surge rico e descarado dono de fortuna fabulosa a Justiça não acusa porque não tem provas, alega! Não o obriga a “demonstrar por A mais B” como angariou e amealhou tantos valores já o “ónus da prova” pertencerá a quem acusa e não ao acusado que, assim, se sente confortavelmente impune e intocável para continuar a exercer a sua criminosa actividade pois o contrário seria a “inversão do ónus da prova” e isso a lei não consente dando, assim, todas as armas a quem mais ofenda a sociedade e o Estado para que possa continuar a fazê-lo; - já com a violação e o estupro - e outros actos-crime que, por definição e princípio, são sempre cometidos no mais secreto dos sigilos e cumplicidades - as polícias e os tribunais, logo se esmeram e encarniçam na descoberta das provas susceptíveis de conduzir os seus autores à cadeia, o que não raro, conseguem tal como, e graças a Deus, compete a um Povo civilizado!
Todavia esta situação assemelhar-se-á ao naco de carne que se atira a um cão para lhe apaziguar a ferocidade e distrair o instinto...
Assim, e bem a contra-gosto”, vejo o nosso jornalismo de hoje na sua esmagadora maioria.
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