Recordo-me de uma gabardina que meus pais me deram, teria eu os meus treze ou catorze anos, que se denominava trincheira e de cujo "completo" fazia parte um chapéu "à homem" feito do mesmo tecido e igualmente impermeável.
Um dia, usando a gabardina porque chovia, e encontrando-me à espera do autocarro vi que dele se apeava o meu professor de inglês de então que, à boa maneira britânica, vestia impecávelmente de escuro e usava chapéu de coco.
Fazendo então jus à utilidade do meu chapéu e como prova inequívoca da minha boa educação, vendo o professor, que se apeava nesse momento, tirei-lhe o meu chapéu, cumprimentando-o, ao que ele, de imediato, retribuíu, tirando também o dele.
Porém, foi nesse preciso momento que o desatre se deu. Não o conseguindo segurar devidamente pela respectiva aba e porque fizera o movimento com demasiada veemência o pobre do professor como que literalmente deitou o seu magnífico chapéu de coco numa poça de água que se encontrava mesmo na sua frente, à saída do autocarro, o que fez com que uma explosiva e incontida gargalhada estalasse de imediato entre todos quantos assistiram ao caricato da cena...
Durante muito tempo tive enormes dificuldades em não me rir durante as aulas de inglês pois aquela imagem do chapéu de coco atirado para dentro da poça de água não havia maneira de se apagar da minha memória...
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