Decepcionantes e chocantes são, no mínimo, as políticas e as estratégias levadas a cabo pela Nato – com o activo empenho da França, Alemanha e principalmente dos EUA – no seu encarniçado “combate” contra Kadahfi, na Líbia.
É o Presidente francês – que, sendo estrangeiro, nem sei como acedeu à presidência da França! - e as senhoras Clinton e Merkel que repetidamente se fazem eco das posições dos respectivos governos afirmando que o ditador tem de cair em prol da salvação dos pobres líbios revoltados! Para isso mandataram a Nato para fazer bombardeamentos sobre as posições reconhecidamente ocupadas pelas tropas, regulares ou mercenárias, que obedecem e defendem o coronel que repetidamente se afirma detentor de um poder que jamais abandonará.
Estabelecer a democracia e libertar o Povo líbio, dizem os interventores por manifesta falta de coragem em afirmarem os seus propósitos verdadeiros: - o petróleo, o desgraçado petróleo que tanta gente já matou e, pelos vistos, continuará a matar!
Mas, se é para libertar os oprimidos, porque não olham para a Coreia do Norte, para a China e tantos, tantos outros regimes autoritários e onde o homem nada vale a menos que integre as elites do poder ou com elas declaradamente colabore? Porque não intervêm nesses países com a mesma determinação e força com que o fazem agora na Líbia? E se bombardeiam o território líbio porque não desembarcam no país e assumem, às claras, o seu propósito de salvaguardar o petróleo e de “gastar” as armas que produzem e, em demasia, já têm em “stock”?
E se o que acima digo não bastasse para justificar o título que dei a este breve escrito, outra circunstância – esta verdadeiramente anedótica, que muito daria para rir se não nos fizesse chorar – que é o facto de as bombas de fragmentação serem “armas proibidas”! Proibidas? Por quem e a pretexto de quê? Que tipo de arma se poderá proibir numa guerra onde o princípio e o fim é só um: - matar e destruir! Matar o maior número de soldados possível e considerar contingências da guerra os agora chamados “danos colaterais!
É triste, triste e verdadeiramente chocante que a humanidade esteja tão desumanizada e míope perante as realidades que gera e cria à sua volta que já nem conta se dá do ridículo e das contradições em que incorre. E esta das armas proibidas é uma delas.
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