Um livro (in Wikipedia)
Confesso-me um pouco confuso e, sobretudo, quase falido da substância com que vinha alimentando ultimamente este blog: - a crítica política dos constantes desmandos do finado governo no que muito particularmente me ajudava a postura, sempre sapiente e arrogante, do “despedido” (pelo Povo, entenda-se) seu último chefe. Na verdade o “engenheiro” Sócrates quase que me faz falta!... “E esta heim”?, diria o saudoso Fernando Peça.
Bom, mas perante os factos e porque escrevinhar sempre me distrai, há que encontrar novas razões e, sobretudo, novas “motivações” para que este hábito em mim tão enraizado se não extinga.
Assim, e como há tempos fiz num restaurante onde me foi servida – a preço módico porque para mais não dariam as minhas já muito difíceis poupanças do trimestre – uma belíssima refeição acompanhada por um esmerado e atento serviço de mesa, tudo isto num modesto restaurante de bairro, no final chamei o empregado que me atendia e lhe pedi, perante o seu ar do mais completo espanto, o “Livro de Reclamações”.
- Não gostou… não estava bom? – perguntou-me ele então, entre o medroso e o perplexo.
- Pelo contrário – lhe respondi. Quero o livro para nele deixar descrita não só a belíssima qualidade da refeição que acabo de tomar, muitíssimo bem confeccionada e cuidadosamente apresentada, como também o esmerado a atento serviço com que o senhor ma proporcionou. - Sabe? - acrescentei, é que eu sou um dos que pensam que o “Livro de Reclamações” não foi criado para nele se escrever só o que está mal mas sim e também o que está bem, como é o caso…
E foi o que efectivamente fiz operante o estupefacto empregado ao qual se veio juntar depois o gerente do estabelecimento a quem este foi pedir o respectivo livro.
Ora, está a parecer-me é que será mais para dizer bem do governo, e, sobretudo, do seu primeiro responsável, cujo discurso de há muito venho acompanhando atentamente, que este blog irá ser usado no futuro.
Mas o que me está causando alguma apreensão é o facto de estar a sentir que é bem mais fácil “criticar” pela maledicência do que ter de fazê-lo pelos motivos contrários… Coisas, afinal, da democracia e da falta de jeito de quem, como eu, se arroga no direito de vir aqui escrever em público.
A quem me leia, desde já as minhas desculpas pelo que vier a acontecer.
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