Que não há fumo sem fogo, diz o povo e tem razão!
Ora, de há uns tempos a esta parte que notícias como esta que se segue vêm surgindo com amiudada incidência nas colunas dos jornais e da Internet em que Portugal surge apontado como um sério candidato a causar preocupações na dourada Europa da União e donde, muito provavelmente, virá a ser diplomaticamente convidado a sair.
Ruirá então, e com estrondo o célebre é porreiro pá!... e o Tratado de Lisboa passará a ser um punhado de folhas de papel sem o menor significado já que se revelará como mal querido por grande parte dos seus subscritores.
Sou um leigo em matéria de economia - sempre o disse - e as noções que dela possuo são as empíricas de qualquer merceeiro de bairro (dos de antanho e que hoje já não existem!) mas desde sempre que algo me foi dizendo que isto de a vidinha continuar a ser a portuguesa e os salários os europeus para já não falar nos chorudos vencimentos daqueles que se aninharam em panelas, que já não se contentariam com os tachos, europeus - a produção ser cada vez menor, porque mais reivindicativos os sectores laborais com preponderância para a mão de obra indiferenciada e inqualificada da pequena indústria transformadora que possuíamos, a crescente competitividade dos novos países que subitamente surgiram no horizonte a China e a Europa de leste que nos levaram, qual visão messiânica, a criar o Magalhães e uma falsa cultura e adestramento técnico, para satisfação de viciadas estatísticas e constantemente contrariada pela realidade, salvo honradíssimas excepções, que isto de termos abandonado o mar e a visão Atlântica do futuro, fonte da nossa sobrevivência e da nossa implantação no mundo, para nos voltarmos para uma Europa cheia de manhas e vícios, calcorreada de séculos e um tanto artificialmente renascida das cinzas de uma guerra que para ela, e só para ela, através da tragédia, terá aportado alguns milagres o que é comum já que a necessidade aguça o engenho tudo isto poderia dar mau resultado e terá sido o maior erro que teremos cometido em séculos e séculos de alguma independência hoje transformada na maior e mais profunda das dependências com que, nos últimos tempos, poderíamos ter sonhado!
A corroborar o nosso pensamento ou, pelo menos, parecendo isso, as notícias que, qual fumo que nos vai tomando os pulmões e neles fazendo com que nos falte o ar sem que o verdadeiro fogo seja ainda visível, vão surgindo todos os dias.
E mais uma se nos oferece aqui colocar. É de hoje, fresquinha, da IOL:
"Inimigos do euro estão a revelar-se.
"Economista diz que há analistas que anseiam pelo fim do euro. Portugal é apontado a nível internacional como o maior problema da Zona Euro - PorRedacção - 2010-04-19 12:55 Portugal tem sido tema de conversa em todo o mundo, mas pelas piores razões. O FMI, economistas e jornalistas especializados já advertiram o país para os riscos da debilidade financeira nacional. Na opinião do economista da Informação de Mercados Financeiros (IMF), Filipe Garcia, «os inimigos do euro» estão a revelar-se e «usam todo o tipo de argumentos na sua cruzada». As fragilidades da moeda única espelham a fragilidade de Portugal. Se é «verdade que a UEM enfrenta um sério desafio» também «há muitos analistas com vontade de ver o fim do euro e [que] tentam criar um ambiente que leve a esse objectivo». A economia nacional figura no topo da lista negra de países que mais contribuem para a instabilidade financeira e monetária da Zona Euro. E, de facto, não é a Grécia, mas sim o país mais periférico da Europa aquele que é apontado como o maior problema «existencial» da Zona Euro. O editor de Economia Internacional do jornal britânico «Telegraph», Evans-Pritchard, deixou, no entanto, uma ressalva, num artigo publicado naquele jornal: Portugal «não fez batota», como a Grécia, em relação ao défice orçamental. O «risco de falência económica» que paira sobre Portugal parece reunir consenso junto dos economistas. O norte-americano Nouriel Roubini já disse que alguns membros da Zona Euro, incluindo o território luso, «podem abandonar a união monetária». Isso, frisa, «seria enfraquecer o euro». Até o presidente da República, Cavaco Silva, já mostrou recear o «perigo de contágio grego». Nouriel Roubini já deu o alerta: «O euro pode não sobreviver». E a retirada de Portugal da União Económica Monetária já esteve mais longe de vir a concretizar-se.""
È o que penso, velho que sou, não do Restelo mas da raia fronteiriça e que melhores dias nos possa trazer uma eventual mudança
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