O que percebo de futebol e nada é a mesma coisa. Porém, por vezes e à falta de melhor entretenimento da TV ou de um novo livro para ler – os que tenho comigo já os li, reli e voltei a ler ao ponto de quase poder, deles, referir algumas frases completas e, o que é mais difícil, muito mais difícil mesmo, a página em que se encontram escritas! – dou comigo a ver alguns rapazes a correr, desconchavadamente alguns, atrás de uma bola o que me faz recordar aquela história da velhota inglesa que, tendo visto um desafio pela primeira vez na vida e ao ser-lhe perguntado se havia gostado, respondeu que sim mas que, por ela, seria muito melhor de dessem uma bola a cada um em vez de andarem todos a correr atrás da mesma!
Mas vamos ao tema que escolhi para “blogar” hoje e que me parece ser coisa séria e a dar que pensar aos cérebros priviligiados que administram essas competições futebolísticas onde, infelizmente, alguns jóvens têm morrido ultimamente, fulminantemente atingidos por irremediáveis paragens cárdio-respiratórias. Têm morrido e, quanto a mim, ingloriamente já que todo o esforço com que se empenharam e que lhes terá roubado a vida é, afinal, coisa de somenos uma vez que se poderia decidir o vencedor por “penalties”, que o mesmo será dizer por moeda ao ar e convertendo-se aquilo a que se convencionou chamar desporto a um mero jogo de fortuna e azar!...
Vem isto a propósito do tristíssimo espectáculo que tive a oportunidade de ver durante cento e vinte e tal minutos, o Real Madrid – Bayern de Munique, e que, tendo sido decidido por “penalties”, alguns dos quais estrondosamente falhados por jogadores experientes e que não erram mas que, por uma manifesta falta de “sorte” (o azar e a sorte!), chutaram a bola para o lado, para o ar ou para a mãos de um guarda-redes a quem terá saído, e a esse com propriedade e verdade, na lotaria, uma verdadeira bola de ouro!
É triste, é feio! Direi mesmo que é fazer pouco de tamanho esforço feito por campeões e magos da bola que exaustos, com a saúde diminuída, quando não em acelerado risco da própria vida, decidir assim das consequências objectivas de um tamanho esforço feito! Ganhou lo Bayern! A moedinha foi-lhe favorável…
Proponho, assim, que para futuro e a não ser aceite a proposta que adiante faço, os campeonatos desportivos de façam por uma espécie de plebiscito (até para ver se deste modo os plebiscitos passam a servir para alguma coisa!), por um totobola com os respectivos 1 – X – 2; alternativamente, verificado o empate após o prolongamento, novo jogo fosse realizado nos dias imediatos (número de dias a fixar) e em campo neutro. Caso persistisse o empate ambas as equipas fossem declaradas vencedoras do troféu em disputa. Mas isso da moeda ao ar, isso é que não por tão vergonhoso que me parece ser.
Deste modo se alcançaria a pretendida “verdade desportiva” e se poupava muito com a redução de comentadores desportivos e dos respectivos salários e os fins de semana poderisam ser passados mais descansadamente, sem distúrbios de “claques” e na plácida e merecida mansidão da pesca!
Mas que tenho eu a ver com isto? E porque não perco esta mania de me meter onde não sou chamado?
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