Já há tempos fiz um pequeno reparo ao facto de grande parte dos actuais locutores da rádio e da TV não saberem falar português por serem tantos e tão clamorosos os erros de palmatória que dão enquanto falam, comentam ou relatam!
Então "a moral" em vez de "o moral" e o "interviu" em lugar do interveio", esses estão mesmo na moda!
E, ao verificar isso, não posso deixar de recordar que longe, muito longe mesmo, vai o tempo em que tais profissionais eram rigorosamente seleccionados e submetidos a um vasto conjunto de provas de dicção, correcção de liguagem, sonoridade e timbre, etc., etc., isto antes de lhes porem um microfone nas mãos e muito menos de os deixarem exibir-se perante as câmaras, que o mesmo é dizer perante o público - antigamente só para rádio e cinema e hoje também para a televisão.
E porque assim era e foi, quem se não lembra e recordará com saudade, e não só os velhotes como eu, das vozes de uma Maria Leonor, de um Pedro Moutinho, de um Fernando Pessa, de um Igrejas Caeiro ou de um Artur Agostinho para referir apenas aqueles de que neste momento me estou lembrando?
Vem isto a propósito de uma simpática e exuberante jornalista da TVI (se não erro!) que, já por várias vezes, quando se refere à selecção nacional de futebol nos tranquiliza informando que, por lá, "a moral" vai boa, logo me fazendo pensar: - e se não fosse? Iria o País permitir que a sua selecção vivesse momentos de "imoralidade"?
Que um jogador de futebol trate o Presidente da República por "você", vá que não vá!... Mas que uma licenciada em jornalismo venha a público admitir que há moralidade na nossa selecção, como que admitindo - à "contrario senso" - que poderia não haver... isto já é outra coisa, talvez a requerer uma urgente "reciclagem" nos velhos bancos da "primária"!
E isto que aqui comento é igualmente válido para muitos dos nossos parlamentares que, com imensas asneiras, não de pensamento mas de verbo, nos vão brindando nas sessões da Assembleia da República...
Eu não, que a tanto nunca me atreveria, mas meu avô, o dicionarista, gramático, filólogo, professor e ilustríssimo cultor da língua portuguesa que dava pelo nome de Augusto Moreno, por certo que voltaria a morrer, agora de vergonha.
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