Foi o que aconteceu ao sr. Engº Belmiro de Azevedo agora e quando, condoído pela triste sorte dos portugueses, criticou duramente as recentes medidas tomadas pelo governo. Respondeu-lhe – e bem – o primeiro-ministro que, se assim pensa de facto e não apenas folclóricamente e para agradar aos papalvos dos seus clientes ( isto dos papalvos é meu e não foi nunca dito pelo primeiro-ministro), deve aproveitar a economia que vai resultar da substancial redução de custos com o seu pessoal – é o maior empregador privado em Portugal mas com salários de miséria! - para baixar os preços dos produitos nos seus supermercados e assim minimizar o impacto negativo das medidas do governo.
Saíu o tiro pela culatra ao sr. Belmiro de Azevedo que tanto se tem esquecido do que faz com o dinheiro dos fornecedores – esses sim, esses explorados – quando bem sabe como “esmagar” os preços do que compra dada a competitividade que gera entre os fornecedores mercê das grandes quantidades que compra e paga a 180 dias os produtos que a si são pagos pelos seus clientes no acto da compra!
E que faz o sr. Belmiro com tanto dinheiro? Dinheiro que, afinal, na sua maior parte lhe não pertence já que será daqueles que diariamente labutam nos campos e nas fábricas a fim de produzirem o que vende nas suas superfícies e a partir do momento em que são pagos pelos compradores quando, à saída, os pagam nas respectivas caixas onde não me consta que haja fiados...
É caso para dizer que perdeu uma boa ocasião para estar calado.
E a mim apetece-me dizer mesmo que, calado e bem calado pois nunca explicou convenientemente e, sobretudo, convincentemente, aos seus concidadãos como alcançou o “milagre” da multiplicação dos pães, querendo eu com isto dizer, como conseguiu passar do comboio que o trazia para estudar no Porto para o desafogo da vida que hoje tem e que o situa no topo do reduzidíssimo número dos portugueses detentores do fortunas de milhões… É que eu cá sempre tive uma mania que não me deixa e que é a de pensar que nenhuma fortuna terá sido alcançada por meios cem por cento transparentes… Se estiver errado e me conseguirem demonstrar o contrário serei o primeiro a dar a mão à palmatória; até lá, façam o favor de me desculpar, mas continuarei sempre a pensar que as grandes fortunas só se obtêm por meios pouco claros ou, no mínimo, pouco solidários para não dizer mesmo desumanos…
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