Desde há bastante tempo que venho observando Paulo Portas e a sua forma de estar na política.
Desde há muito que venho observando o partido que dirige e olho com suspeição desde que o seu ex-Presidente, e bem conhecidos elementos outrora dominantes, batendo ou não os calcanhares, deram meia volta e decidiram prosseguir em direcção quase diametralmente oposta!
Não me agrada muito nem nunca me agradou.
Paulo, desde os seus tempos de “O Independente” e ao contrário de seu irmão Miguel – a quem aproveito para aqui render postumamente a minha homenagem como homem e político que foi e que nunca me pareceu sinuoso ou incoerente nas convictas posições que tomava - tem, a meu ver, esse mau hábito de parecer dúbio e de nunca ter deixado de ser o mesmo “enfant terrible” que foi durante as variadíssimas situações equívocas, diria mesmo que nebulosas, em que se enredou ou deixou enredar ao longo do seu ambicioso percurso político - isto a fazer fé no que, sobre si, leio na Wikipédia Portuguesa.
A mãe de ambos, Helena Sacadura Cabral, professora universitária, economista, jornalista e senhora de uma cultura superior, de uma graça e boa disposição contagiantes, pelo que julgo saber, trataria a ambos por igual. Porém, secretamente, estou em crer que o seu coração penderia para o Miguel que já partiu não sem lhe ter dado o prolongamento de si mesmo através dos netos André e Frederico.
Paulo Portas choca-me pelo que julgo ser a dúbia intencionalidade dos seus movimentos ao longo da sua vida pública, nomeadamente quando, utilizando os mais diversificados estilos, predominantemente de chapéus, se move por entre as bancas das feiras recebendo as beijocas das feirantes e onde tanto gosta de aparecer como que buscando aí o protagonismo por que luta há décadas mas que não logrou ainda alcançar mais do que por efémeros e muito curtos períodos.
Ao mesmo tempo interrogo-me sobre o que se terá passado entre Paulo Portas e Esteves Cardoso a quem, como amigo e co-fundador das desaparecidas “Farpas” modernas, nunca mais vi junto de si! Ignoro-o, mas confesso que muito gostaria de saber. Mero desencontro? Engano meu? Não sei mas confessdo que gostaria de saber.
Mas adiante que o que me leva hoje a escrever esta brevíssima reflexão é o momento político que se vive e o esboço de crise que já se vislumbra e que os jornalistas, - os do costume, os que temos! – quais abutres na mira da ambicionada presa, em parte por si criada mas muito principalmente por si desenvolvida, e já julgam ter agarrado para não largar a menos que lha tirem pela força e através da “censura”, que não há, com um lápis azul e encarnado, que já não existe, mas que poderá voltar a fazer a sua aparição.
E se assim for, o que bem poderá acontecer se a liberdade, tal como ontem escrevi, não for entendida e respeitada bem dentro dos seus conhecidos limites, é que esta se volatilize após uma explosão cujos reais efeitos se não ignoram mas que todos devemos desejar não vir a conhecer.
Todos? Pode ser que não. Exceptuaria aqueles que, de uma forma ou de outra, não tiveram nem têm o discernimento necessário para saber que é sempre perigoso tirar-se um brinquedo a um menino mimado e habituado a continuar impune após as suas useiras e vezeiras travessuras.
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