“Combustão viva: desprende luz e calor. Exemplo: gasolina em chamas.
“Combustão lenta: não desprende luz. Exemplo: oxidação do ferro.””
(In Wikipedia)
Todavia ambas destroiem aquilo em que se manifestam e o resultado final são… cinzas!
Admito as greves porque estão consignadas na Constituição (a que temos!) e reconheço que “in extremis” serão o único meio de combate dos explorados contras os seus exploradores – como seria o dos escravos contra os esclavagistas e os seus chicotes - isto quando outros meios lhes não assistam, o que não é o caso actualmente no nosso País.
Em vez desta brandura soeza da CGTP prefiro – eu que julgara nunca vir a dizer uma coisa destas! – a frontalidade paranoica de um Otelo sugerindo uma nova revolução. Com os meus 76 anos de idade ainda seria homem capaz de dar uns quantos tiritos com a velha “Mauser”, a espingarda de guerra do meu tempo!
A greve geral está para a sociedade como a combustão lenta está para o ferro que lenta mas inexoradamente acaba por destruir-la e reduzi-la a pó.
Será isto o que o Povo quer? Não, não é porque o Povo é sensato – “é sereno”, teria dito o saudoso almirante Pinheiro de Azevedo - muito embora pouco sensível e quase sempre crédulo perante as burlas do “conto do vigário”.
E alguém hoje terá dúvidas de que as teorias “comprovadamente falidas” do PC não passam de um conto do vigário? Apenas para enunciar algumas das razões que me levam a estas conclusões interrogo:
1- Quantas greves se fizeram na União Soviética durante o regime comunista?
2- Porque seria que o Povo, que tão bem vivia, tinha senhas de racionamento para se ir abastecer no dia-a-dia e nas prateleiras dos mercados se não via um só produto ocidental sendo um sabonete que se oferecesse ou um um par de meias de nylon de senhora considerados presentes divinais?
3- Quantas vezes a “palavra” foi aí livremente utilizada sem que os que a usaram não tivessem ido parar à Sibéria?
4- Quantos Pasternaks não terão vivido e morrido na mais completa ignorância?
5- Quantos países vivendo as mais “amplas liberdades” se viram forçados a construir muros de Berlim?
6- Quantos generais e oficiais superiores do Exército inocentes foram mandados executar pelo criminoso Stalin?
7- Será que hoje já se vive bem em Cuba?
8- Será que o senhor Arménio Santos – cujas ladaínhas se adivinham mesmo antes de falar - sente as dificuldades económicas do Povo que diz proteger? E se sente porque não aparece em público vestido como um simples electricista que é, chefe de uma família em dificuldades, quiçá igual às que diz defender, mas antes se apresenta perante as câmaras da TV como um verdadeiro “senhor” para quem a vida nunca terá sido madrasta?
9- Ou será que o referido senhor já pensa no curso superior que o Partido, a notoriedade e a publicidade que rodeia o cargo lhe poderão proporcionar? E
10- … muitas mais questões poderiam ser aqui consideradas se a tanto me ajudassem “o engenho e a arte” além do espaço no blog, claro!…
Mas o País está em crise.
Não há trabalho e muito menos emprego, como dantes havia e se considerava.
As terras, cortadas que foram por auto-estradas por onde não circulam carros mas que serviram para separar populações e servem, como a outras “coisas”, às abençoadas PPP, estão abandonadas porque todos quiseram fugir dos campos para as invejáveis benesses das grandes cidades e o urbanismo desmedido foi crescendo ao mesmo ritmo a que cresciam as grandes fortunas, as colmeias suburbanas e as grandes guerras de influência.
Assim e não havendo quem cultive os campos qualquer dia estaremos a comer “euros” salteados, gratinados ou com molho “béarnaise”… com a desvantagem de já serem muito poucos para pagar ao estrangeiro a comida que já não teremos.
Esta, a dívida e os enormes encargos em euros (aos milhões!) que, por acção dos governos que antecederam o actual (a quem incumbirá “apenas”pagá-los a tempo e horas como estipula o acordo assinado pelo PS, que o negociou, e pelos PPD e CDS-PP que o avalizaram) constitue a luta em que o País se empenhou e que as greves gerais, portuárias e de comunicações rodoviárias e ferroviárias tão bem e tão rapidamente irão ajudar a resolver não só as liquidando como muito especialmente nos credibilizando perante eventuais investidores interessados no nosso soalheiro País situado entre os 30 e os 40 º de Latitude Norte.
Portanto vivam as greves, as manifestações e os insultos bem publicitados pela imprensa consciente e democraticamente livre. Assim o País estará a salvo isto porque uma mente como a minha entende que só uma autêntica revolução, com tiros, mortos e feridos, como algumas que acontecem no terceiro mundo, nos poderá salvar da desonra que o eventual incumprimento dos acordos feitos representaria e nunca uma berraria pública, uns cartazes mal escritos, umas estafadas ladaínhas e a sapientíssima sabedoria de certos politólogos comentaristas.
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