Também amou e soube amar...
(Christine Garnier e Salazar no Vimieiro)
Já de há muito que conhecia estas frases proferidas – e sobretudo pensadas – por um grande homem político, inteligente jurista e professor catedrático fiscalista e financeiro (não "honoris causa") que, durante mais de 4 décadas, serviu isentamente a Nação como Presidente do Concelho de Ministros e a quem hoje todos atiram pedras mas que, mesmo depois de morto, ainda continua a suscitar ódios, cobiças e receios aos covardes que, no seu tempo e na sua maioria ocultos, surgem hoje como heróis à luz do dia ao ponto de se oporem à estátua justamente planeada pela autarquia para a terra onde nasceu, e que, a cada dia que passa, mais se distancia da mediocridade dos que no poder lhe sucederam.
É certo que usou alguns métodos e processos que se poderão, e deverão, considerar condenáveis, (embora vulgares em política, sobretudo no seu tempo), mas o que nunca ninguém poderá dele dizer é que não foi um patriota e, sobretudo, um dos homens políticos, mais lúcidos e mais emergentes do seu tempo, que soube manter a neutralidade do País e muito provavelmente preservado a vida de alguns milhares de portugueses, face aos terrores das duas guerras que eclodiram no seu tempo, a primeira na vizinha Espanha e a segunda que durante 6 longos anos alastrou pelo Mundo, e que não enriqueceu à custa do povo que, por tão largos anos, governou!
Competente, sóbrio e humilde já tenho muitas vezes ouvido suspirar por ele aos indigentes com quem me cruzo na rua; e não só a estes mas aos mais medianos – os da classe média e dos funcionários públicos - e que, nos intervalos dos sacrifíIcios económicos, familiares e não só – os que perderam filhos no Ultramar! – supremos sacrifícios que fizeram que souberam suportar acabando sempre dizendo que dantes viviam muito melhor e se vangloriavam de nada dever a ninguém!
São dele as frases que se seguem, em que muitas vezes penso e que muito me fazem pensar sobretudo quando em paralelo com as que actualmente se ouvem aos mais proeminentes políticos da nossa praça, excessivos (em número!) e ditos dignos representantes do nosso Povo (que a maqioria não conhece ou sequer ouviu falar!) na Assembleia – metade, com mais cultura geral e política, mais experiência e, sobretudo, mais educação, bastariam! - , e onde ilustres senhores Deputados trocam os “VV” pelos “BB” e dizem “interviu” por “interveio”, além de outras “calinadas” de chumbo certo na antiga 4ª classe!...
Eis algumas das frases que antes referi:
-“Não discutimos Deus e a virtude. Não discutimos a Pátria e a sua longa história; não discutimos a Autoridade e o seu prestígio”. (Salazar, 1936)
“Manda quem pode, obecede quem deve”. (Salazar)
“Não, não é preciso usar da violência, somos um povo de brandos costumes. Aqui, para governar, um safanão a tempo é quanto basta”. (Salazar)
“Os britânicos protestam e eu também passo a vender-lhes volfrâmio e estanho. Bem sei que isto vai ter de parar um dia, ou vendo para um lado ou vendo para o outro. Mas enquanto puder vender para os dois, venderei. Todo o dinheiro traz agarrado a si miséria e sangue. Mas não tem cheiro.” (Salazar)
“Devo à Providência a graça de ser pobre; sem bens que valham, por muito pouco estou preso à roda da fortuna, nem falta me fizeram nunca lugares rendosos, riquezas e sustentações. E para ganhar, na modéstia a que me habituei e em que posso viver, o pão de cada dia, não tenho de enredar-me na trama dos negócios ou em comprometedoras solidariedades. Sou um homem independente.” (Salazar)
“A autoridade que se não exerce, perde-se”. (Salazar)
“Não se deve aspirar ao poder como se aspira a um direito, mas deve-se aceitá-lo e exercê-lo como um dever”. (Salazar)
“O que nos é imposto por um plano de dever nacional, faz-se ou morre-se, mas não se deserta”. (Salazar) - Tenho a convicção de que esta assentará particularmente bem a alguns...(vidé posts atrazados).
“Os homens e os povos com a consciência de um objectivo moral vão até ao fim, porque mesmo vencidos materialmente, nem tudo se perde”. (Salazar)
Pensem nisto sem rancor ou paixão clubista e, sobretudo pensem que a nossa vizinha Espanha, mesmo depois da ditadura franquista e da sangrenta guerra que sofreu, soube civilizadamente conservar os seus monumentos da era do franquismo e não teve necessidade de mudar o nome a obras de arte (por ex.: a ponte Salazar, sobre o Tejo), de derrubar estátuas e de censurar o "pensamento e a acção livre" bem ao invés do que nós por cá, com uma Constituição dita das mais avançadas do mundo, contraditoriamente sente necessidade de referir-se ao "fascismo" (que só um ignorante pode dizer que alguma vez tenha havido, isto porque não conhece o verdadeiro significado e alcance palavra "fascio" – de “fasces” – que no Império Romano representavam um conjunto de varas, símbolo dos magistrados) mas a que, pejorativamente e muito intencionalmente, se associa uma espécie de ditadura quasi nazi!...
E, já agora acrescentarei:
Salazar terá plantado no jardim de sua casa, em frente do seu Gabinete de trabalho uma planta dada, ao que se sabe, por Chirstine Garnier...
Porque terá sido uma MAGNÓLIA?
. Mais uma vez mão amiga me...
. Um tristíssimo exemplo de...
. A greve como arma polític...
. A crise, o Congresso do P...
. O jornalismo e a notícia ...
. Passos Coelho: A mentira ...
. Oásis
. Memórias