As sucessivas greves que se anuciam, quanto a mim muito longe de assentarem na justa e, sobretudo, oportuna reivindicação de uma maior equidade e justiça nas relações laborais entre empregados e empregadores, hoje vivendo ambos dias bastante difíceis, parece-me serem, bem pelo contrário, uma manifestação gravosamente inconsequente de certos e anquilosados princípios que visam defender, por óbvia carência formativa e informativa das massas que os seus mentores oportunísticamente manipulam, antes devendo ser consideradas como o eterno – e gasto braço de ferro, quanto a mim já muito ferrugento – entre os que, sistemáticamente derrotados nas urnas, nunca desistiram de semear os seus vesgos ódios, hediondo antipatriotismo e péssimo perder traduzido sempre no já estafado método da luta de classes que tão bons resultados se pensava ir dar na esfarrapada e felizmente desaparecida ex-URSS!
Que pretendem, afinal, os mentores das greves que assim exercem um direito que, devendo ser considerado extraordinário, hoje se tornou corriqueiro e mesmo assim a nossa Constituição consagra e protege?
Pretendem justiça social? - Porque não a demonstram no modo concreto de a obter e nunca a praticaram nos efémeros anos em que detiveram esboço de poder?
Pretendem igualdade? - Pura utupia em que sempre assentou a teoria marxista lelinista que nunca soube ver que nem o preto é branco, nem os homens nem as mulheres são iguais na sua forma exterior e interior! A uniformidade, o unanimismo e a unicidade só existiu na brutalidade do poder lelinista e mais tarde estalinista e nas mentes distorcidas daqueles que, com os olhos postos nas benesses que daí poderiam auferir, cegamente o seguiram!
Querem melhores rendimentos? - Porque não os buscam na criatividade e no trabalho e antes pretendem que surjam das greves que equivalem, na realidade, à sua própria auto-negação uma vez que até uma criança entende que quem não produz não tem, a menos que roube e que a negação deste elementar princípio só poderá conduzir ao cada vez maior empobrecimento da coisa pública e dos rendimentos que, só se gerados. poderão efectivamente ser melhor distribuidos?
Porque buscam os grevistas o fruto do trabalho daqueles que efectivamente produzem e pretenderem chamar a si o que nunca, de facto, lhes pertenceu?
Porque escolhem para líderes das suas reivindicações aqueles que melhor falam, maior verborreia produzem sem que, todavia, nada de verdadeiramente inovador e útil saibam dizer e muito menos fazer? E já viram que esses são sempre os mesmos e que se transportam para todo lado, do norte ao sul do País, à custa dos que neles acreditam e que se pavoneiam com a arrogância que sempre foi apanágio dos medíocres e dos que sempre souberam atacar pelas costas e com torpeza quem se atrever a afrontar as suas ideias e a não pactuar com os seus delírios megalómanos?
Já viram algum líder grevista ser ele próprio a fazer greve e a prescindir do salário que as respectivas organizações sindicais pontualmente lhes pagam?
Austeridade? Sim a austeridade é dura e por vezes injusta também assim como sempre foi dura a chamada às armas quando está em causa a sobrevivência do País! Mas talvez grande parte da culpa da sua existência passe pelos que nada fazem para a alterar em termos de criação de riqueza e só se limitem a propagandeá-la, sem que a produzam, como a causa de todos os males.
Se não há dinheiro como querem evitar a austeridade? Com greves, particularmente com greves em sectores sensíveis como o das exportações portuárias, com greves em sectores particularmente sensíveis como os da educação, da saúde e dos transportes paralizando toda a actividade produtiva e grangeadora de riqueza.?
Onde se gasta verdadeiramente o pouco dinheiro que os portugueses produzem? Nos chorudos e verdadeiramente obscenos ordenados pagos a gestores públicos, funcionários(as) de empresas pública - vidé RTP e outras - que, vindos do anteriormente, se transformaram hoje em direitos adquiridos e ciosamente defendidos pelos paradoxais órgãos de soberania que a revolução veio criar?
Gastam-se milhões em pleonásticas instituições criadas pela mente delirante de quem forjou a Constituição mais avançada do mundo e, entre outras inovações, criou o inútil e muito questionável Tribunal Constitucional cheio de vencimentos desnecessários, de frotas automóveis que bem falta fazem às polícias e aos responsáveis pela saúde do país, de mordomias de toda a espécie mais tarde agravadas por chorudas reformas que irão auferir! - como se não houvesse já uma AR, um Governo e um PR, todos eles órgãos essenciais e suficientes do Estado visando o cumprimento da Constituição sendo o último o seu garante supremo!...
Devemos igualmente convir que com esta sanha grevista e este PS ansioso de regressar ao poder para, ao exemplo do que indiciam as ideias de pés de barro do seu acfual líder, darem cabo do pouco que ainda nos resta – ressalvo aqui com a devida vénia o criador do Serviço Nacional de Saúde, verdadeiro e puro socialista que soube honrar o País e o partido em que militou e onde só um lider houve a merecer esse nome e que soube reconhecer a derrota e os erros que porventura cometera como igualmente me refiro ao Engº Guterres, - esse sim, esse engenheiro - e não farçante como o que depois tivemos assim como um senhor que, ao que dizem terá alegado ter o pé chato para se furtar à guerra do Ultramar mas que, pelo que sabemos, calcorreia, ou calcorreava, quilómetros com esse mesmo pezinho nos macios relvados dos campos de golfe! Tudo isto existe... tudo isto é triste e... continua sendo de muito triste memória!...
Assim vai o meu País! Para onde? Não o sei e acho que nem mesmo aqueles que pretendem conduzi-lo saberão!
ADITAMENTO – Palavras de ordem e apupos como os que acabo de ouvir após e durante o discurso de Sua Exa. o Presidente da República no 10 de Junho, em Elvas e perante as Forças Armadas são bem a amostra da manipulaçãp de que está sendo alvo o povo que parece estar a perder as características que o fizeram grande para se transformar num povo vulgar, sem memória nem vergonha!
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