Sexta-feira, 30 de Setembro de 2005

Tem todo o meu apoio e aplauso...

Tem todo o meu apoio e aplauso (embora dele não precise para nada!) o sr. Director Nacional da Polícia Judiciária quando vem a público informar ter decidido processar criminalmente quem atente contra o bom nome e o prestígio da Corporação. Nem outra coisa poderia ser, nem outro procedimento se esperaria de quem assumisse a enorme responsabilidade e a concomitante honraria de representar e dirigir uma Corporação com o prestígio e o palmarés da nossa PJ.

Porém, e é pena que em todos os actos da vida, mesmo nos mais nobres e legítimos possa haver um porém, que atitude tomou o sr. Director-Geral da Polícia Judiciária e que procedimento tiveram os senhores General Comandante-Geral da GNR e o Ministro da Administração Interna quando, a fazer fé em quanto então foi noticiado, um inspector daquela polícia, em audiência pública de julgamento, se permitiu enxovalhar toda a GNR ao afirmar que a corrupção era generalizada e e se verificaria a todos os níveis na Guarda?

Este assunto já me motivou a dois reparos sem qualquer eco. Em contra-partida, agora, vejo um Director-Geral assumir-se como tal e defender a instituição que representa e todos os elementos que a integram enquanto que, paredes meias, no poder, um Comandante-Geral e um Ministro nada fazem nem tornam pública a sua indignação quando tão nojentamente foi enxovalhada a nobilíssima Corporação que tão abnegada e corajosamente vem servindo o país!. Em que lei e com que moral vivemos? Quem nos governa?
publicado por Júlio Moreno às 23:24
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Terça-feira, 20 de Setembro de 2005

Será assim tão difícil de entender?

Será assim tão difícil de entender que tudo e todos estão descontentes neste país menos o arrogante primeiro-ministro que temos e o pequeno enxame dos seus satélites governativos e seguidores?


Será desta forma, petulante, odiosa e bafienta, mediante o recurso à presumidamente afastada terminologia e prática do proibido, que o governo vai restaurar a confiança perdida e reconquistar a credibilidade que, em má hora, o povo, no mais puro desvario demagógico, lhe concedeu?


Será que voltamos ao tempo em que a força de uma má política se vai impor pela força à força de uma razão?


Será que o senhor primeiro-ministro não se dá conta de que só terá consigo os amigos e mesmo estes só enquanto tiver força para lhes garantir os tachos que lhes for arranjando e para o que, ao mesmo tempo, aperta, cada vez mais e com mais força, o cinto dos portugueses?


Não entenderá o senhor primeiro-ministro que toda a imposição é sinónimo de prepotência e que toda a prepotência gera reacções negativas, podendo estas vir mesmo a culminar na eclosão, mais ou menos fragorosa, da situação que se pretendia evitar?


Será desta forma que o país, de 26º no ranking europeu, poderá ascender algum dia aos lugares cimeiros que já um dia ocupou?


Greves e mais greves…


Pense, senhor engenheiro (civil, de pontes, de minas, químico, nuclear, mecânico, electrotécnico, informático, florestal, do ambiente. …? – muito gostaríamos de saber a sua especialidade que presumimos seja de tudo menos política e financeira)- pense e decida-se pelo único acto já só possível no âmbito de uma política coerente e verdadeiramente honesta: - demita-se. Vá-se embora que nós saberemos perdoar-lhe e esquecer a incompetência que vem demonstrando e o mal que, por ela e com ela, já fez ao país e aos portugueses.
publicado por Júlio Moreno às 18:33
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Domingo, 4 de Setembro de 2005

Será isto um prenúncio?

Serão estes trágicos acontecimentos, o terceiro incêndio em prédios de habitação de Paris em dez dias, o agoirento prenúncio de uma gravíssima crise xenófoba, por enquanto em França, mas que, se descurada aí, como aqui e em qualquer lugar, poderá vir a incendiar o mundo inteiro? Relutantemente, embora, admitimos que sim, que, efectivamente, o possa vir a ser e pelas razões seguintes:

- A pobreza extrema de alguns países africanos que, não obstante os esforços das organizações humanitárias, que por toda a parte campeiam sem que delas se vejam reais e palpáveis resultados práticos, vem determinando o êxodo massivo das suas populações. - A avassaladora onda de desemprego que a moderna tecnologia, em constante desenvolvimento e sempre incentivada por uma economia delirante em que o símbolo da percentagem e o conceito de análise estatística assumem foros de divindade e dignidades de pessoa humana, tudo isto, aliado a uma sociedade ocidental de bem-estar, uns porque o usufruem, outros porque dele são carentes, que cada vez mais cresce sem valores que não sejam os do prazer e do facilitismo, incessantemente propagados pelos mídia nas suas múltiplas expressões e ensinados às massas em cursos superiores e sem que, primeiramente, se cuide de saber a que espécie de públicos estes se vão dirigir e se estarão aptos a recebê-los. - Tudo isto, no seu complexo conjunto, poderá vir a desencadear gravíssimas convulsões sociais de natureza existencial, racial e ideológica as quais, a nível global, não deixarão de ser exploradas pelo fanatismo criminoso de certas minorias que verão aí a oportunidade da sua razão e de melhor poderem alcançar os seus intentos.

O mundo cairá então no caos. Um caos em escala infinitamente maior do que aquele que acabámos de testemunhar em New Orleans, onde o cenário apocalíptico do fogo e do dilúvio, só terá sido uma pequena amostragem de prenúncio para o que poderá surgir.

Senhores políticos e governantes do mundo, que, sem que, na sua esmagadora maioria, ninguém lho tivesse imposto, a si chamaram as tamanhas responsabilidades de conduzir os povos: - saibam assumir essas mesmas responsabilidades e abandonem, de uma vez por todas, a teorização económica como forma de governo e, se necessário, façam com que o homem regresse ao tempo em que não havia dinheiro, não havia bolsas, nem havia acções mas havia que comer e, nos caminhos poeirentos, as silvas davam amoras.
publicado por Júlio Moreno às 17:43
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