Terça-feira, 26 de Agosto de 2008
Total, completa e bem acabada subversão de poderes!
É a filosofia socialista actual, (digo actual porque eu sou socialista do antigamente!) obsecada ainda com o jeito que as velhas polícias tinham (a Pide, por exemplo) em metê-los dentro mal eles começassem, a pensar em efectuar qualquer habilidade, fosse ela um simples assalto, um homicídio ou a mera colocação de uma bombita num qualquer caixote do lixo ou num embrulho para entrega pessoal!
Na verdade, a polícia agia como se lhe impunha, com a força que a lei lhe concedia e apoiada por magistrados e políticos verdadeiramente conscientes das suas responsabilidades. A Polícia via-se nas ruas, para tranquilidade dos cidadãos a quem prestava útilíssimas informações e às quais hoje só os felizardos que possuem GPSs vão tendo acesso, enquanto são eles mesmos, os polícias, vigiados pelos delinquientes "sem fronteiras" nas suas repetitivas deambulações pelas áreas que lhes estão distribuídas, cada vez maiores, mais populosas e frequentadas pelos coitadinhos que acolhemos de braços abertos para mais facilmente poderem entrar na CE e porque são desgraçadinhos do quinto mundo - o terceiro e o quarto há muito que acabaram!
Depois ainda e para que nada faltasse neste quadro estranho em que se transformou o País, a estranhíssima figura do Inspector da Administração Interna, cargo criado para fazer o que compete ao Ministro e aos Comandos das respectivas Autoridades Policiais dele dependentes, já que o Ministro, cada vez mais absorvido pelos meandros de uma politiquice barata e de uma lógica de cordel, se vai como que escondendo num inexplicável segredo de justiça ou na inoportunidade política de prestar os esclarecimentos solicitados ao abrigo de uma falsa liberdade de informação pública que se criou depois do 25 de Abril em que um conjunto de militares, por outros motivos que não os de levarem a cabo uma verdadeira revolução mas antes para acautelarem as suas carreiras que viam ameaçadas pelos oficiais milicianos que, na guerra que não no Terreiro do paço ou no Rossio, lhes iam sobejando em mérito e valor, ultrapassando-os provavelmente nas respectivas e confortáveis carreiras, se viram, ao fim do dia com um País nos braços, País esse que, de tão bebé que era, não sabiam sequer como tratar e mudar a fralda para o que tiveram que ir apressadamente buscar o padrinho que lhes faltava e que nada teve a ver com o golpe de acaso que haviam levado a cabo. Esta a verdadeira génese do 25 de Abril que nunca vi ainda ser comentada por ninguém. Depois... depois e à medida em que as horas se iam passando e a árvore deixava cair ao chão os frutos realmente podres que ainda detinha, o golpe foi ganhamdo corpo e a revolução acabou por se dar e se afirmar como tal e hoje vem sendo reconhecida a aos quatro cantos do mundo proclamada!
E já agora, quem se não lembra da forma ríspida, desabrida e quase insultuosa como o então Presidente da República, Mário Soares se permitiu admoestar e ordenar que se pusesse a andar dali ao diligente guarda republicano que apenas procurava cumprir o que seriam as suas obrigações, facilitando-lhe a vida e zelando pela sua integridade física mas que ao mesmo tempo teriam o demérito de lhe ofuscar um pouco a exuberancia, por todos conhecida, da sua desmedida vaidade.
Garanto-vos que, se fora eu, o assunto não ficava por ali. O Ilustríssimo Senhor teria sido obrigado a retratar-se em público pela forma como me havia tratado porque (ainda bem) acima dele ainda há algo que a travar tais ímpetos de prepotência e, sobretudo, de má criação: - a Constituição e os cidadãos deste País!
E hoje? A que assistimos hoje, talvez já só agradecidos por nos deixarem viver ainda que bastante mal e cheios de fundamentados receios!
Assistimos a um corolário de mentiras e de jogos de bastidores de um bando de aventureiros que á mingua de terem valia nas respectivas actividades profissionais e porque Deus lhes deu o dom do pio, quero dizer, de falar em público qual feirantes tradicionais, mas sempre mentirosos, dando o dito por não dito, criando situações ambíguas para as quais sempre vão arranjando explicações, as mais das vezes ridículas, inconsistentes e completamente esfarrapadas mas com as quais vão enganando o Povo que se está nas tintas para quem os governa desde que não seja incomodado, verdadeiramente incomodado no que verdadeiramente os assanhe e custe porque aí, meus caros, é só ver os helicópteros no ar a levar daqui para fora aqueles que um dia julgaram poder enganar eternamente os portugueses! Vidé a então atrasada Roménia e os frutos que, por aquelas bandas, a política, como arte ou ciência de enganar um Povo foi dando...
Segunda-feira, 25 de Agosto de 2008
Será que a imagem que estamos vendo não será um espelho perfeito da novíssima sociedade que o homem está criando para os dias de amanhã?
Como educar crianças e formar homens se a imagem (que vale mais do que mil palavras) é o que se vê quando não bem pior?
É a demência universal!...
Mas a culpa não é deles. Creio que será antes de quem os deixa por aí à solta! Minha, por exemplo...