Quinta-feira, 26 de Fevereiro de 2009

Ilegitimidades legais... (2)

Continuarei hoje, conforme prometi, com este, para mim, momentoso assunto uma vez que é o próprio Estado quem incentiva, - à custa dos contribuintes, e de forma bem pouco decorosa e governando, como sabemos, a seu bel-prazer, o dinheiro que nos vai extorquindo – os funcionários públicos, neste caso os das Finanças - leia-se do sector da “Cobrança Coerciva Tributária” e veja-se a transcrição feita duas entradas atrás – ao cumprimento do que será apenas o seu dever e nada mais.

Concluo daqui duas coisas que me parecem relevantes e darão para meditar:

1ª - Ou o Estado não tem funcionários em quem confie para o exercício de tão espinhosas como antipáticas missões e, em tal hipótese, estará ele mesmo como que a subornar esses mesmos funcionários, praticando, ele mesmo, a corrupção para um “fim legítimo”, como hoje tanto se houve dizer;

ou

2ª - Os diligentes funcionários das Finanças vêm, no momento de desvario que passa, uma bela oportunidade de assim arrecadarem mais umas moeditas para o seu bolso à custa dos contribuintes que lhes estão, como sempre, pagando os vencimentos e a quem, achando-os “moles ou amotecidos” - como parece ser o meu caso actual - vão pressionando, lenta e inexorávelmente, como, no lagar, se prensa a azeitona, até dela extrair as últimas gotas de azeite, e, neste caso, do nosso sangue financeiro, já que, caso contrário, se estariam “nas tintas” para o que manda o governo e o respectivo ministro.

E tanto assim parece ser que até houve necessidade de ir buscar à actividade privada (a um Banco) um ilustre “carrasco”, talvez o mentor de tais medidas, e que, por não haver sido agora aumentado nem ter résteas de "amor pátrio" – em época de vacas magras! – de bom grado regressou à sua anterior situação onde continua a auferir, como então auferia nas Finanças, o escandaloso vencimento equivalente, pelo menos, a uns 50 ordenados mínimos ou mais ainda,se calhar!

Parece-me escandaloso que prevaleçam tais princípios de moralidade quando nada, mas absolutamente nada, terão de éticos tais procedimentos por parte de quem gere os proclamadamente escassos recursos públicos e se arroga no direito de assim dispender os respectivos fundos, frutos que serão da quotização de todos nós, logo da nossa vontade, e isto quando, como é sabido e os jornais o noticiaram, houve quem visse prescritas as suas dívidas fiscais no valor de dezenas, talvez centenas, de milhões de euros!...

Será que quem de tal tirou proventos beneficiou melhor os desatentos funcionários ou apenas se valeu da mera lentidão da nossa máquina fiscal à míngua de um "Magalhães" que a tornasse mais lesta?

Não o afirmo, apenas digo que, sendo a dúvida legítima, quiçá mesmo pertinente neste lodaçal em que a moral do país vem mergulhando - já o dizia António Guterres - tudo será passível de conjecturar-se... e um simples papel a que se convencionou chamar “decreto” ou “despacho normativo” (tudo legais pleonasmos) põe e dispõe como aprouver a quem poderes tenha para o assinar e, ainda que “à pressão” da maioria sobre Sua Exa. o Presidente da República, o faça mesmo promulgar...

Porém e regressando ás hipóteses acima postas e qualquer que seja delas a prevalecente, estamos - e venha quem mo negue – perante um escandaloso e vergonhoso sistema legal que fomenta a corrupção e a imoralidade dos funcionalismo público, à maior parte do qual ofende, já que o cumprimento do dever por parte deste, ou de qualquer outro, não deve ser coisa que se compre ou deva comprar-se e muito menos por parte do Estado que se quer seja – que o não é, como sabemos - uma pessoa de bem! Atente-se no pagamento por conta, no prazo para a declaração e pagamento do IVA e nos atrazos da sua posterior devolução, além da dívida que para comigo tem vai para mais de dez anos e em breve será dirimida na Justiça ainda que em Estrasburgo se por cá não tiver tido provimento a meu favor!

Curiosamente e talvez mal comparado, mas real e verdadeiro como o facto de eu ainda estar vivo e aqui, tempos houve em que servi o Estado como oficial da GNR onde, como é sabido, recebia, para cumprimento, ordens dos meus superiores hierárquicos – digo hierárquicos porque muitos deles – com honrosissimas excepções como sejam a do saudoso e grande Amigo Marechal António de Spínola a quem servi o melhor que pude e de alma e coração! - só e apenas isso para mim representavam!

Aconteceu, então, que um belo dia recebi, tal como os meus outros camaradas receberam, ordens do Comando local para privar de licença (das férias sazonais em termos militares, para quem o desconheça) todos os militares que, no decurso desse ano, não tivessem atingido determinado patamar em “multas” de trânsito!

Escusado será dizer que tomei conhecimento de tal “ordem” e que, pura e simplesmente, me recusei tàcita e verbalmente a cumpri-la pelo que de ilegítimo e imoral ela continha e porque a minha consciência profissional me impediam de pactuar com o que , tanto na altura como hoje, considerei um insulto aos bravos que nos protegem e defendem no nosso - que hoje começa a ser tenebroso - quotidiano.

No meu comando, vários teriam sido os casos em que tal despacho poderia ter sido aplicado, porém nem um só o foi porque a tal se opunha a minha hombridade de “oficial e cavalheiro”, para glosar apenas um dos títulos do cinema de que quase todos se recordarão ainda.

Herdei este feitio e modo peculiar de ver as coisas, talvez, de meu avô materno que, tendo carro do Estado, atribuido para o exercício das suas funções, - creio ser esta já a segunda vez que a tal aludo – nunca deixou que nele entrassem quer a sua mulher, minha avó, quer as suas quatro filhas, uma delas minha mãe, e que assim, como tantas vezes mo referiram, desconheciam por completo como fosse sequer a cor dos seus estofos!

Coisas da vida, “velharias”, simples modos diversos de pensar...

O que acho curioso é que vou vendo enormes semelhanças entre tais procedimentos e aqueles que tanto se condenaram nos métodos do “ditador” a quem só no pior – note-se que só no pior – parece estarem hoje seguindo as pisadas.

É que no tempo de Salazar também era necessário ter-se licença de isqueiro e alvíssaras eram dadas aos denunciantes de quem a não possuísse...

Só para que conste e para que cada um medite um pouco no que de belo e puro têm os tempos de liberdade em que vamos vivendo e sonhando com comboios a trezentos á hora e monstruosos campos de aviação além de um corropio de “by passes” rodoviários que quase nos deixam ficar desnorteados e a tantos faz “circular em contra-mão”... Sim, porque o dia virá em que quem queira ir para o Porto e se engane à saída de Lisboa, bem poderá ter de ir dar a volta a Faro ou a Vila Real de Santo António!

Completando o que anteriormente escrevinhei, desculpe-me quem me lê pois continuo a escrever com a pretensão, ôca, na verdade, de, “pretender”, copiar o Padre António Vieira, que tanto se alongava na escrita, mas o facto é que, não tendo nem “a arte nem o engenho” – por isso não sou engenheiro - não sei escrever mais “piquininho”...
publicado por Júlio Moreno às 16:38
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Julgo conhecer bem as minhas deficiências

Julgo conhecer bem as minhas deficiências (ou insuficiências) e uma delas é, precisamente, tal como hoje mesmo uma grande amiga minha mo recordou, o facto de escrever textos muito compactos, cheios de extensos parágrafos, o que, para muitos, será confuso de ler mas que, para mim, é a quase unica maneira que sei de escrever – ou de pretender fazê-lo pois, na verdade não me considero, nem me poderia nunca considerar, escritor ao exemplo de meu Avô que esse o era de facto, além de eminentíssimio filólogo, professor e grande cultor e defensor da lingua pátria!

Falta-me o poder de síntese, eu sei. Mas esse poder é, precisamente, o que só os verdadeiros escritores, os eleitos, possuem e eu não sou certamente um deles.

Consola-me, porém, conhecer as palavras que, um dia, o Padre António Vieira, - célebre pelos sermões que proferia e que arrastava multidões para ouvi-lo dada a profundidade das suas mensagens e os seus excepcionais dotes de oratória – estando no Brasil, terá escrito numa carta a um amigo em Portugal a qual, sendo bastante comprida de texto, terminava mais ou menos assim: - “Desculpe amigo esta ir tão longa mas não tive tempo de a fazer mais curta!...”

Na verdade, escrever um texto, revê-lo, sintetizar uma ideia e colocá-a por tal forma no papel que, muito embora lhe diminuindo as palavras com que a expressemos esta não seja beliscada no seu conteúdo, na mensagem que pretenda transmitir, isso dá não só trabalho, e muito, como também só estará ao alcance de raríssimos mestres de linguagem com não menos raras capacidades intelectuais que lhes permitam a síntese a que antes me referia. Quisera ser um deles mas, infelizmente – reconheço-o honestamente e sem mágoa – não sou.

Porém, ao longo da minha vida de trabalho útil – porque hoje gente há que pretende tratar-me como um parasita social - tive o privilégio de conhecer alguém dotado desse dom excepcional; alguém amigo, verdadeiramente amigo, que já morreu e a quem aproveito aqui para prestar a minha mais sincera homenagem de sentida saudade.

Chamava-se esse amigo de Guerreiro Mendes e foi meu colega e colaborador no árduo trabalho que um dia lhe pedi de erguer um Gabinete Técnico Estudos de Segurança, o célebre GTES de que muitos se recordarão, estou certo, numa das empresas que, na ocasião, ambos servíamos: a Securitas.

Acontecia frequentemente termos conversas sobre algum tema importante e momentoso de trabalho e, como eu lhe reconhecia aquele mérito de bem escrever e de, com rara mestria, explanar e expor no papel ideias aparentemente confusas e complexas, mas que a sua pena tornava leves e plenamente inlteligíveis masmo pelos mais obtusos espíritos que as lessem – e alguns havia, recordo-o bem - não raro era pedir-lhe que minutasse um texto sobre o que havíamos discutido por forma a podermos transmitir as nossas ideias ao restante pessoal da empresa encarregado de as executar.

E era certo que, pouco tempo depois, ele me presenteava com uma ou duas páginas dactilografadas e onde nada faltava do que havíamos discutido e conversado.

Habituei-me, por isso, a ser exigente e comodista em demasia e a pedir-lhe o que eu próprio não seria capaz de fazer: - que encurtasse o texto por forma a torná-lo mais “leve e, quiçá, mais fácil de interpretar pelos respectivos destinatários que padeciam então da só hoje reconhecida iliteracia.

E o bom amigo Guerreiro Mendes, regressava à sua mesa de trabalho, revia e refazia o texto, encurtando-o quase para metade e sem perder um só que fosse dos conceitos essenciais que deveriam informá-lo. E mais: - se lhe pedisse redução maior, mais ele o conseguia reduzir maravilhando-me porque mesmo assim, se bem que à custa de árduo e rebuscado trabalho, permaneciam incólumes os conceitos ou as directivas a transmitir.

Sei que, por vezes, algumas horas se passavam antes de o conseguir produzir, porém, porque a perseverança - assim como a sua pontualidade - eram um dos seus múltiplos atributos – por isso terá morrido tão jóvem! – um novo , reduzidíssimo e completíssimo texto brotava da sua pena para o teclado da sua secretária que mo trazia e que eu apreciava como se de um verdadeiro milagre se tratasse!...

Era assim o ex- tenente Guerreiro Mendes, ex-ajudante do Batalhão nº 1 da GNR, aquetrtelado no Beato, em Lisboa e com quem tive a honra de ter trabalhado naquela empresa no início dos saudosos anos setenta...

E de cada vez que nele penso logo me vem à lembrança esta raríssima capacidade que possuía e que eu, mau grado, quando de tal me lembro, me esforçe por imitá-lo, sabendo bem que nunca o conseguirei porque nisso ele era único!

Paz à sua alma, bom amigo! Obrigado e que Deus me perdoe se alguma vez alguma coisa te fiz que te magoasse e, involuntáriamente, pudesse desmerecer da tua mais do que meritória obra...
publicado por Júlio Moreno às 01:51
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Quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2009

Ilegitimidades legais... (1)

Há dias vi a história romanceada de Salazar. Confesso que gostei. Gostei sobretudo daquele pequeno pormenor em que ele indaga por que razão a D.Maria enviava o carro e o motorista Viseu. E, visto que lhe não pareceu que fosse para algo de que fosse o Estado, na sua pessoa, o beneficiário, de pronto lhe entregou, do seu bolso, o dinheiro para a gasolina.


E hoje, como se procede? Como procedem os nossos serventuários públicos., propostos auto-candidatáveis, de geração expontânea, e, na maioria das vezes. de quem nem o rosto ou “rasto” se conhece?


Vem tudo isto a propósito da minha entrada de ontem no meu blog: “Ultima hora” e do texto que seguidamente transcrevo e que, bem por certo, em muito contribuirá para elucidar quem me leu, lê ou vier a fazê-lo:


Transcrição (retirada da Internet em busca sobre “incentivos a funcionários de Finanças”):


Edição Impressa – Economia - Impostos 2008-08-08 00:05


Funcionários do Fisco recebem 60 milhões em prémios A atribuição do prémio depende sobretudo do desempenho dos funcionários da máquina fiscal. Metas de cobrança têm sido superadas. - Paula Cravina de Sousa


Os funcionários do Fisco receberam no ano passado 60,9 milhões de euros em prémios de produtividade, através do chamado Fundo de Estabilização Tributária (FET), de acordo com o Balanço Social de 2007, a que o Diário Económico teve acesso. Este montante representa um ligeiro decréscimo, de 1,1%, face ao total que foi distribuído pelos funcionários em 2006, o que equivale a menos 668,4 mil euros. Esta descida deve-se à entrada de estagiários para a Direcção-Geral dos Impostos que só recebem o prémio a partir do segundo ano de actividade, segundo apurou o Diário Económico. À semelhança do que acontece em muitas empresas do sector privado, esta compensação é distribuída aos funcionários pelo bom desempenho e pelo cumprimento das metas de cobrança definidas no início de cada ano, as quais têm vindo a ser sucessivamente ultrapassadas. Só no ano passado, por exemplo, a meta para a recuperação de dívidas fiscais – cobranças coercivas – era de 1,6 mil milhões de euros, objectivo que foi ultrapassado em 27 milhões. O crescimento das receitas fiscais tem sido, aliás, um dos pilares para a redução do défice orçamental desde 2005. A atribuição do prémio varia consoante o cargo e o vencimento. Assim, aos funcionários é atribuído um bónus que equivale a 30% do vencimento, aos chefes de repartições de Finanças, 35%, e os dirigentes recebem uma compensação de 42%. Segundo as Finanças, desde 2005 que estes valores de referência estão congelados, “como todas as remunerações suplementares da Administração Pública”. Este prémio é pago por três vezes ao longo do ano. “No total anual, cada funcionário recebe cerca de um salário a mais”, afirmou um funcionário do Fisco, que preferiu o anonimato. Para terem direito a este bónus os 11.463 funcionários do Fisco têm de reunir três condições: uma classificação de serviço de bom ou uma classificação superior; têm de exercer de forma efectiva funções na DGCI ou na Direcção-Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros (DGITA) quando o prémio é distribuído; e não podem ter sido punidos com uma pena disciplinar superior a uma repreensão escrita. De onde vem o dinheiro Segundo o Ministério das Finanças, as receitas do Fundo de Estabilização Tributário (FET) são compostas por 5 % das receitas fiscais cobradas coercivamente e por uma percentagem das receitas próprias da Direcção-Geral dos Impostos como custas e taxas de justiça ou impressos e venda de bens e de publicações. Segundo o Orçamento do Estado para este ano, o Fundo tem um total de 230,7 milhões de euros disponíveis, aplicado pela Direcção-geral do Tesouro. O Fundo foi criado em 1997, pelo então ministro das Finanças, Sousa Franco, e começou a ser distribuído em 1998, para recompensar os funcionários pelo esforço feito e como forma de fixar quadros superiores. Estado gasta 292,4 milhões com funcionários No ano passado, a despesa total do Estado com os funcionários do Fisco atingiu os 292,4 milhões de euros. Segundo o relatório, a maior fatia foi para os salários, com 272,5 milhões. Já as horas extraordinárias que os funcionários trabalharam para cumprir as metas definidas pelo Ministério das Finanças custaram três milhões de euros ao Estado. No total, foram trabalhadas mais de 53 mil horas além do regime de horário normal, o que representa uma redução das horas extraordinárias, que em 2006, atingiram quase as 63 mil horas. No que se refere às ajudas de custo foram canalizados 2,8 milhões de euros. Com outros prémios e gratificações aos funcionários – excluindo o FET – o Estado pagou 2,1 milhões de euros. Quanto ao absentismo, os funcionários da DGCI deram mais de 170 mil faltas, sendo as que mais influenciaram este resultado foram as faltas relacionadas com doença (58,3%). Acções do Fisco para arrecadar receita 1 - DGAIEC fez 2.594 inspecções até Junho A Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC) encontrou 11,13 milhões de euros em impostos em falta, no primeiro semestre deste ano, em 2594 acções de fiscalização. O montante detectado em falta representa um aumento homólogo de 21,2%. Das inspecções resultou também a apreensão de várias mercadorias, no total de 18,5 milhões de euros – excluindo as apreensões de droga e mercadorias contrafeitas. Do total, 16,4 milhões referem-se a carros em situação fiscal irregular e o resto a bebidas alcoólicas. 2 - Operação porta-a-porta para quem tem dívidas Os inspectores do Fisco vão andar, durante o mês de Agosto, numa operação porta-a-porta a fazer o inventário de todos os bens que os contribuintes têm e que possam ser penhorados, segundo noticiaram o Jornal de Negócios e o Público esta semana. Os visitados serão empresas e contribuintes singulares com dívidas fiscais. A DGCI implementou um novo sistema informático para recuperar receitas desviadas por empresas, por exemplo, as retenções na fonte feitas a trabalhadores. Em Portugal existem cerca de 50 mil empresas nesta situação.

Concluam os meus leitores acerca da legitimidade desta medida legal.

Amanhã continuarei com um pouco mais de prosa, deste feita com alguns relatos referentes a posições pessoais assumidas em casos de certo modp análogos quando exerci funções públicas que implicavam a adopção de juízos de valor acerca de determinado tipo de actuações com as quais me recusei a pactuar.


Até amanhã e obrigado pela atenção que me dispensam os que têm a paciência de ter o que aqui vou escrevinhando na tentativa - quem sabe? - de me apressar à chegada do momento em que a justiça dos homens deixará de me fazer qualquer mossa. 

publicado por Júlio Moreno às 13:22
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Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2009

ÚLTIMA HORA

23Fev2009 </strong>– 11h38 </p>

Acabo de ser notificado pela Rep. de Finanças de Espinho de que, certamente, deverei estar a pagar o “tampão de gasolina” do novo carro do sr. Presidente do Banco de Portugal (Constâncio de nome e “constância” em permanência à frente do BP) por penhora de 1/6 da minha reforma da CGA (actualmente de cerca de 210 euros mensais), o que importará no pagamento de cerca de 35 euros por mês até ao montante aproximado - só em breve terei os números exactos – dos 500 e tal euros que a tanto monta a minha dívida fiscal – juros de mora incluídos - naquela diligente Rep. de Finanças.


Deverei acrescentar entretanto e a título de mero esclarecimento - de que o Estado me é devedor de uma importância de cerca de 30 mil euros que estou reclamando em Tribunal e cuja decisão final caberá, certamente, ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem para onde recorrerei se a decisão nos nossos Tribunais me não for favorável, contrariamente ao que me parece ser de inteira justiça, para o que e, como tal, já tive oportunidade de informar Sua Exa. o próprio Presidente da República.


Espero que o Exmo. Governador do Banco de Portugal se não esqueça da mandar tratar prudencialmente o tampão da gasolina que “com tanto gosto” lhe irei pagar, ou talvez ajudar a pagar apenas, já que um carro topo de gama que custa 66 mil euros é bem capaz de ter um tampão de gasolina bastante mais caro!... Mas sempre é uma ajudinha, não é?

publicado por Júlio Moreno às 19:50
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Domingo, 22 de Fevereiro de 2009

A sensibilidade empírica de um leigo em como vencer ou atenuar a crise

Nada percebo de economia, como reiteradamente venho afirmando neste mesmo lugar, mas procuro cada vez mais entender os seus meandros – que me parecem ser simples se bem que cheios de uma rebuscada terminologia técnica destinada, talvez, a afugentar os críticos mais temerosos ou inoportunos! - seguindo atentamente todos os momentos televisivos que a ela se dedicam e, perante a generalizada e, ao que me parece, bem fundamentada crítica unânime da oposição ao governo, sempre me recordo da história daquela avozinha que, ao ver passar a tropa em parada, onde só o seu neto ia com o passo trocado, comentava condoída e simultâneamente feliz: - “Que lindo! Pena é que todos levem o passo trocado menos o meu João!...”

E já agora uma outra historinha me ocorre e que não resisto a aqui invocar pois são saudosos os tempos coimbrãos em que a ouvia; dizia-se então a respeito da “alínea i” (correspondente ao então novel curso superior de economia – o meu era da “alínea e”, de direito) a seguinte cantilena:

- Cursou o “i” superior.
-Talento não há quem lho veja!
- Pode ser que ele seja um doutor,
- Mas também pode ser que não seja...

Desculpem-me os economistas este breve parêntesis, muitos dos quais eu prezo e admiro enormemente como seres humanos íntegros que são e de uma verticalidade de carácter a toda a prova, mas não resisti em invocar esta graça coimbrã dos meus tempos de irreverente estudante de capa e batina... Mas, voltando ao assunto-base destas linhas, direi:
- que é precisamente o que acontece com o partido socialista quando confrontado com a oposição, com a diferença de que ao João não lhe seria permitido desfilar com a arrogância, a altivez e a leviandade com que o partido socialista e os seus dirigentes o fazem, com especial destaque para o seu líder, sendo que os demais membros, quando intervêm, seja no parlamento seja nos debates que a TV nos propicia, me fazem, simultâneamente, recordar aqueles discos do antigamente da célebre marca “his master’s voice”: - daqui e por aqui concluindo que todos estarão errados menos ele!

Já o mesmo se passava com Salazar, hoje apontado como o grande ditador e autor de todos os males de que padecemos, mas cuja culpa – que essa a terá tido de facto – foi apenas de se ter deixado como que endeusar por quantos à sua volta pululavam para colher as benesses que sempre se vão concedendo aos “afilhados” dos quais, no entanto e como é de inteira justiça, excluirei alguns, muito particularmente Manuel Alegre com cujo ideário sócio-político me vou, a cada dia que passa, mais e mais me identificando.

E assim vamos todos assistindo, e sofrendo, às demagógicas e até ridículas discussões que mais teriam lugar no palco de uma comédia se não fora a desgraça de o palco ser o País e a comédia a tragédia do descomunal desemprego de que a crise económica e financeira de hoje vivemos terá sido, em parte, responsável temendo eu o enorme “bang” que já hoje se começa a ouvir, e foi já pressagiado publicamente por uma alta figura política do País, e que venha a dar lugar a um outro tipo de crise, essa talvez bastante pior já que pouco passível de ser dirimida apenas com palavras... Que Deus nos livre de que tal aconteça!

Fala-se muito em medidas, as mais díspares e variadas para debelar e esconjurar o espectro da miséria que cresce dia a dia com os sucessivos desempregos e famílias já com fome e as falênciasque se sucedem, a par da frenética actividade da justiça, que, no meu entender, acordou tarde demais – ouvi ontem dizer a alguém e algures na TV que não tínhamos sequer ministro da Justiça! – permitindo o aumento, hoje já verdadeiramente assustador, da criminalidade violenta e dos crimes de “colarinho branco” que se vão descobrindo uns enquanto outros até parece serem incrementados com a impunidade que lhes advém de uma justiça cada vez mais contemplativa e complacente, tantas vezes sem sentido algum, e pela real incapacidade de se perseguirem os inúmeros burlões que levaram bens e dinheiros para fora do país a coberto de uma inaptidão comprovada de os perseguir nos seus desviados caminhos, localizando-os nos locais onde se encontram e fazendo-os regressar ao país a que pertencem.

E quando assim penso ocorre-me que, quando se ouve falar tanto no salário mínimo, em abono do qual já várias lutas se travaram e continuarão a travar – e cuja criação, obra de uma modernidade incompleta por lhe faltarem outras medidas adicionais que se lhe imporiam mas que já terá valido bons votos aos governos - nunca ouvi a mais ténue referência – ainda que como medida conjuntural apenas e enquanto a crise durasse - à exigência de um salário máximo tais são as barbaridades que, neste domínio, se conhecem por, ainda que timidamente, terem começado a vir a público!

Alguém ouviu falar nisso? Eu não, nunca... E se os politicos que teimam em governar-nos, serventuários apenas de um Estado velhinho de séculos, que sempre tem teimado, e providencialmente conseguido, erguer-se dos lodaçais e escombros em que eles mesmos. de tempos a tempos. o mergulham, então que recusem os respectivos cargos ou se demitam se neles já se encontrarem investidos pois não serão certamente nem os homens nem sobretudo os caracteres de que o País precisa nas horas duras por que está a passar.. Aqui sim, aqui o rigor da lei teria de ser inquestionávelmente aplicado, simultâneamente se investigando a real proveniência de certas fortunas, sabido como o é de que a mão de obra escrava há muito que desapareceu da nossa sociedade e que o euromilhões é susceptível de descobrir-se a quem foi entregue, assim haja vontade de o fazer e coragem para prosseguir esta tão necessária missão patriótica de limpeza ética.

Já há bem pouco tempo disse aqui mesmo que os bancos têm funcionado como verdadeiras albufeiras de dinheiro, retendo-o e abundantemente o armazenando, retirando-o da normal circulação fiduciária, qual Alquevas especiais que depois servirão para mitigar a sede a compadres e amigos – como se vem provando e comprovando ultimamente não obstante a clamorosa gritaria que se gera sempre à volta dos tão proclamados créditos mal parados mas continuando os cidadãos a serem diàriamente perseguidos por quase anónimas ofertas telefónicas de financiamentos, alguns dos quais vão ao ponto de descaradamente se afirmarem como já previamente estando aprovados.

Simultâneamente, e sem que sejam tomadas providências visíves e palpáveis sobre este assunto, muito se fala das facilidades tributárias extraordinárias de que a banca vem beneficiando por oposição às das restantes empresas que essas sim, são as que dão trabalho à grande maioria dos portugueses, os verdadeiros obreiros do produto nacional e à sombra das quais vêm vivendo os inúmeros parasitas que pululam por aí.

Mas quanto a medidas que reponham o necessário equilíbrio... nada!

Ocorre-me referir aqui, por mera associação de ideias, já que nada haverá que ligue os dois temas, que, enquanto Salazar se referia às antigas colónias por “províncias ultramarinas”, o actual governo chama “complementar” ao seu segundo orçamento que se recusa a ver como “rectificativo” e com isso muito se vangloria.

Pensará o nosso Primeiro que nós somos idiotas ou nos deixamos impressionar com a sua histriónica verborreia e reconhecida habilidade em deixar sem resposta as perguntas que no hemiciclo lhe são claramente feitas pela oposição? Se calhar é mesmo isso que pensa, mas a seu tempo verá quão enganado estava quando assim pensava.

E já agora aqui deixo uma outra ideia, talvez louca, talvez impraticável, talvez mal-querida por muitos dos que venham a ler estas pobres linhas: - porque razão, quase ao exemplo do que acontece quando se proclama o estado de sítio, não se estabelece, em claro texto de lei excepcional, um limite máximo que particulares e empresas possam manter imobilizado em depósitos à ordem ou em operações de pura especulação bolsista e se não obriga a que os remanescentes de tais montantes, por iniciativa do próprio titular ou por outrem que a eles se candidatem a título de empréstimo e com o aval do Estado, seja investido na criação de empresas novas, pequenas empresas e viáveis depois de concluída essa mesma viabilidade por comissões especializadas a criar para o efeito e com prazos bem definidos para pronunciarem as suas decisões. Empresas governadas por “gerentes” e que dispensassem esses numerosos Conselhos de administração e séquito de administradores, suas secretárias e representantes a uns e outros se atribuindo proventos extraordinários a título de ajudas de custo para despesas de representação ou intermináveis frotas de veículos possantes e de último modelo e que tão frequente quão inoportunamente – do ponto de vista económico, entenda-se – vêm sendo renovadas...

Ocorre-me, a propósito e em mais um parêntesis, o caso recente da substituição do veículo atribuído ao senhor Governador do Banco de Portugal – hoje tão questionado por tão manifesta incompetência ou falta de autoridade - por outro novo no valor de 66 mil euros já que o anterior estaria um pouco gasto ao cabo de 5 anos de uso!... De bradar aos céus!

Mas e retomando o tema:
- assim se combateria também a crise, se faria efectivamente proliferar o emprego e se repartiria a mão de obra disponível pelo país inteiro sem que os novos empresários fossem tentados a acorrer e concentrar-se nos grandes centros urbanos ou nas suas cercanias, aumentando a poluição e contribuindo para que milhares de horas úteis de trabalho não se perdessem mais nas intermináveis filas de acesso aos respectivos locais de trabalho, nos centros onde, efectivamente, a maior parte da economia activa se encontra concentrada.

Ideias simples e simplesmente expressas por quem nada sabe de estratégica económica mas que “sente” que não será com o investimento público que o governo obstinadamente insiste em levar por diante – a alta velocidade ferroviária e o novo aeroporto de Lisboa – que a crise será debelada.

E já agora uma palavra apenas para referir que não será fácil que, a manter-se a nossa ancestral mentalidade da enorme importâncie de se ser doutor, haja um “doutor” ou um “engenheiro” que aceite lavrar um campo de batatas e nele as plantar para as colher mais tarde... E se não houver batatas não sei se me saberão bem os “euros” ainda que bem temperados com maionese, isto falando só das notas porque os meus dentes já não conseguiriam roer as moedas...

Longe vai o tempo em que, em Inglaterra, o homem em cima de um tractor, sujo e suado, com quem o amigo em cujo carro eu ia no momento conversava enquanto aguardava a sua vez de avançar no cruzamento de estradas onde nos encontravamos na ocasião, eu vi, nessa mesma noite, vestindo um impecável “smoking” e conversando animadamente na recepção para a qual eu também havia sido convidado. Soube depois que era engenheiro e dono da bela propriedade rural de que ele mesmo se ocupava! Seria isso possível aqui em Portugal? Já não digo então – anos de 1972, 73 – mas mesmo hoje em que se fala á boca cheia de democracia mas cuja enchada que eu vejo em certas mãos são os ferros de golfe de certos administradores e gestores públicos que, afanosamente se ginasticam, cavando a terra por esses “fairways” adiante!...
publicado por Júlio Moreno às 14:05
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Quinta-feira, 19 de Fevereiro de 2009

De que está à espera o Governo para actuar com eficiência contra a criminalidade?

Hoje, 19 de Fevereiro de 2009, mais dois casos! Mas não só hoje. Diàriamente vemos nos jornais notícias de assaltos e mais assaltos: - a bancos, ourivesarias, gasolineiras, casas particulares, “carjacking”, “homejacking” (influência do inglês socrático que se tornou moda cultivada pelos mais finos estilistas linguísticos do País!) etc., etc..

E todos com a mesma “marca”: - a violência brutal e impiedosa, com morte ou ferimentos graves das vítimas indefesas, e a fuga, com êxito dos criminosos, só muito tardiamente anulada, quando o é, pelo sacrifício de alguns a quem for cometido o dever de persegui-los e que, por isso mesmo, tantas vezes vem pagando com a vida o cumprimento desse dever, vítimas essas que não podem ter armas para se defenderem porque a isso se opõe uma idiota e branda lei, “complex”, quiçá alicerçada nos brandos costumes deste povo de outrora mas que temo, pouco a pouco, se vá cansando e que, a breve trecho, se possa estar marimbando para a utópica lei das armas e para as directivas de um tão clemente e inoperante governo, passando a actuar por conta própria, defendendendo-se a si mesmo como possa, muito embora seja dificílimo provar em tribunal, perante a nossa complacente e misericordiosa justica, a noção e o conceito de “legítima defesa” que assista à vítima, que essa, sim, essa vai presa..., mas que teime em proteger-se de tais ataques já que as autoridades policiais públicas, insuficientes e manietadas por um regimento obsoleto e incoerente, feito por teóricos incompetentes e de gabinete, tal como a infeliz realidade “simplex”, se não reconhece protegida por um governo que só remenda e mal pesponta os “buracos” que diàriamente se revelam, demonstrando uma incoerência de métodos e de meios a todos os títulos condenável e aos quais já se imporá dizer que basta!

Recordarei que em tempos, correriam os anos de 1972/73, era a Bélgica o país europeu que maior vulnerabilidades apresentava em relação a assaltos a bancos e isso porque, como um dos responsáveis pela segurança local pessoalmente me informou, tinha todas as suas fronteiras (a França, a Alemanha, a Holanda e o Luxemburgo, para quem o não saiba e não tenha o Magalhães), a menos de uma hora de qualquer ponto do seu território o que dava tempo aos criminosos de a ultrapassarem sem qualquer contratempo ou dificuldade, documentados que sempre se encontravam, ao mesmo tempo que, para as autoridades perseguidoras, constituíam barreiras burocráticas intransponíveis em tempo útil, permitindo-se, assim, a fuga dos assaltantes que teriam, então, tempo de se reorganizarem e de entre si, calmamente, dividirem o produto dos assaltos e aí planearem e partirem para novas iniciativas!

No nosso país, infelizmente, passa-se um pouco o mesmo, sobretudo agora que as auto-estradas permitem rápidos meios de escapatória para os delinquentes que fàcilmente se colocam a coberto da legislação espanhola que, por muito colaborante que connosco seja, não nos poderá, como estado soberano que é, permitir que entremos por ali dentro ainda que, alegadamente, á caça de bandidos!

E que bandidos?

O que vou comentar a seguir escandalizará muita gente e sei que me merecerá duríssimas críticas por parte das organizações ditas “anti-xenófobas” e defensoras dos coitadinhos! Porém, porque as presumo lúcidas e não cegas ou vendidas a interesses que não os nossos, atrever-me-ei a fazê-lo, eu que carrego nas minhas veias e desde muito antes da democracia do 25 de Abril o sangue da verdadeira democracia vivida por mim e ensinada que me foi pelos meus pais e avós...

Não é, assim, xenofobia mas uma realidade real e bem diferente! É a covardia do Estado que, escondendo-se sob uma falsa capa de misericórdia, que a não tem “de facto” – vejam-se os outros campos legais onde actua com violação dos princípios elementares dos direitos das vítimas - vejam-se as listas de devedores ao Estado publicitadas na Internet sem que, em contrapartida se publicitem as listas de quem é, do mesmo Estado credor e não pouco!..., por exemplo e permite que criminosos confessos ocultem os seus rostos perante as câmaras de TV e dos fotógrafos que os deveriam divulgar para todo o País (ao exemplo do que já nalguns países acontece com os pedófilos) e insiste em “pretender” ignorar (fazendo orelhas moucas) quem são “de facto” os autores materiais e morais de tais crimes: - emigrantes legais e ilegais oriundos dos países de leste (onde proliferam as máfias e as tríades), especialistas vindos de outros países, especialmente do Brasil que já não controla mais o crime das favelas quando estas, famintas e já “viciadas” descem às cidades, e os nossos próprios irmãos angolanos, moçambicanos e cabo-verdianos, com especial incidência para os primeiros cuja geração, actualmente adulta nasceu e sempre viveu paredes-meias com os tiros, as armas, assaltos ardis e mortes violentas que a guerra fratricida lhes proporcionava assim empedrenindo seus corações naturalmente bondosos, afáveis e caridosos e onde sobejam verdadeiros exemplos de autêntica fraternidade tão proclamada mas não praticada nesta evoluída e cultivada Europa...

É triste dizê-lo mas mais triste ainda é não o reconhecer por pretenso dever de ofício e nada fazer que lhes ponha efectivo cobro quando são os naturais de Trás-os-Montes, do Minho, do Alentejo e do Algarve quem morre e quotidianamente se revelam indefesos contra tal tipo de gente que enxameia a nossa noite e que, dia após dia, se vai acantonando na periferia dos grandes centros, de onde partem para as suas incursões bem planeadas, para depois se resguardarem em humildes e insuspeitos casebres perdidos nos montes e nas aldeias hoje abandonadas quando não buscando imediato refúgio do outro lado da fronteira onde, como é natural entre estados soberanos e por muito colaborantes e amigos que sejam, sempre haverá formalidades a cumprir o que proporcionará o tempo precioso e necessário á fuga dos perseguidos.

Será que ninguém vê o que se realmente se passa ou que, vendo-o e mantendo-se inoperante, passa a ser consciente e criminosamente colaborante com o estado de coisas que se criou e que irá levar já muito mais tempo a erradicar, se alguma vez se erradicar de todo!

Pobre País que tanto te inebriaste com o falso perfume dos cravos que, se foi agradável um dia, bem cedo deixou de o ser desde que os senhores auto-eleitos da política dele se passaram a ocupar como se seus verdadeiros donos fossem!

Que haja alguém que leve ao médico, que não a Deus, uma cabeça separada do seu corpo e lhe peça que cure o “enfermo”!... Impossível! Os médicos não praticam milagres. Já o contrário se não diga de quem, podendo tirar o cutelo das mãos dos algozes que a deceparam, o não fez por comodismo, covardia ou, o que será bem pior que tudo, por não ser “políticamente” correcto...
publicado por Júlio Moreno às 12:01
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Terça-feira, 17 de Fevereiro de 2009

Onde pára um certo senhor? Será que vive em “crise”?

Houve, em tempos recuados e simultâneamente saudosos – por sermos mais novos mas de má memória pelo que então nos aconteceu - um determinado e mui importante e vaidoso senhor, autarca ilustre na cidade-mãe daquela onde eu vivia e vivo, passando depois para o o exercício de um alto cargo ministerial, onde, no mínimo, terá sido ridícula a forma como actuou, vindo a sair devagarinho, pela porta dos fundos e sem o estardalhaço que costuma acompanhar a despedida dos membros do governo pelos “actos heróicos e condecoráveis que, ao serviço da Pátria, praticaram” – da Pátria deles, entenda-se, que não da minha ou da nossa para o comum dos portugueses, se assim o preferirem.

Saído do “tacho”onde se acolhia, ao cabo de muito pouco tempo soube anichar-se, por meritória e notabilíssima decisão de compadrio, no confortável lugar de administrador duma importante empresa nacional, a mesma que, sem rebuços de vergonha e sem se dar sequer ao incómodo de vir a público explicar das razões por que assim procede – aumenta os combustíveis logo que o petróleo aumenta e só os diminui largos meses depois de este ter baixado, com o que arrecada incomensuráveis e “incriticáveis” lucros! – esse senhor, dizíamos, continuaria então a cometer actos perfeitamente notáveis e a todos os títulos louváveis para benefício da Pátria, isto para quem tão descaradamente “mentira” ao signatário aquando de um prometido encontro para depois de férias...

Mas, talvez num rebuço e envergonhada modéstia,terá dito então o referido senhor: - “Mas... eu de petróleos e petrolíferas não percebo nada!...” mas isto sem que de tal o impedisse e, embora a custo como acreditamos que haja acontecido, se coibisse firmemente de abichar o lugar que lhe criaram os “bosses” dos “boys” e onde foi então auferir, se a memória me não atraiçoa, a módica quantia de 15.000 “contos”, era essa a moeda de então, a título de remunaração mensal!...

Teremos, de convir que tal soma seria um pouco descabida para quem nada percebia do “negócio” – segundo o próprio e de acordo com notícias coevas publicadas – mas que, nem por isso deixou de efectivar-se e de, ao que nós saibamos, lhe ser pronta e regularmente paga mensalmente além de bónus e outras mordomias essas bem escondidas dos olhares do povo que já então, como eu mesmo, começava a dar sinais de extrema debilidade económico-financeira.

Mais eis que surge a “crise”! Este assustador ciclo que hoje vivemos e para alerta do qual tocam todas as sirenes de alarme em todos os continentes e acorrem todos os “especialistas” no seu combate, dizendo uns que é preciso golpeá-la na cabeça e opinando outros que bastará cortarem-lhe os pés para que não possa caminhar, dizendo outros ainda que talvez com umas aspirinas ela passe!...

O nosso Primeiro, esse, porém, surge curto, conciso e gesticulante: - política de Robim dos Bosques, que o mesmo quererá dizer tirar aos ricos para dar aos pobres!

Pobre figura de rectórica, anti-nacionalista até, quando, para isso, já cá tinhamos tido o Zé do Telhado! e tristíssima figura de político quando se não definem quem serão os ricos e quem serão os pobres!...

Alvitraremos, por isso, ao nosso Primeiro que, para ser, de facto, um Robim dos Bosques à moderna, deverá deixar os fatos elegantes e de fino recorte com que se adorna, envergando andrajosas túnicas de serapilheira feitas, e se deverá mudar para as matas de Leiria ou do Buçaco para daí, em surtidas rápidas e inesperadas, atacar, sem dó nem piedade os bancos – verdadeiras albufeiras de dinheiro! - os banqueiros, que fabulosos lucros continuam a apresentar, e todos aqueles que, acumulando incalculáveis riquezas, sem que nunca ninguém tivesse indagado como nem porquê, mantendo os seus bem “gerenciados” aforros nos bem conhecidos paraísos fiscais das “offshores”, e deixando de prosseguir na fiscalização tributária a política de supermercado que vem seguindo de conseguir elevadas somas de que necessita à custa da multiplicidade (enorme quantidade, para quem não saiba o que queremos dizer) dos micro, pequenos e pequeníssimos empresários e particulares que são muitos, muitíssimos mesmo, mas que um dia se poderão cansar da sua passividade e permissividade como há dias atrás já alertava um não menos responsável ex-Presidente da República...

E já agora, meu caro senhor, será que também estará a ser afectado pela crise ao ponto de não ter já dinheiro para custear o “capuchinho vermelho”, desculpem-me, o capachinho escuro- esbranquiçado que tão bem lhe vai com o seu ar de verdadeiro galã de capa de revista (esta é de homenagem a um velho companheiro meu já falecido) e desta comédia em que o País se vem transformando?

Alvissaras a quem souber do seu paradeiro pois, ao exemplo de algumas cartas, sem resposta, que já lhe escrevi gostaria de o poder contactar de novo...
publicado por Júlio Moreno às 12:41
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Quarta-feira, 11 de Fevereiro de 2009

O artigo 13º, nº 2. da Constituição da República Portuguesa

Com base e à luz do preceituado no artigo 13º. nº 2. da Constituição da República Portuguesa e na medida em que, segundo o seu texto, - que abaixo se transcreve - ninguém poderá ser privado ou prejudicado no exercicio do que seja a sua “orientação sexual”, omitindo a mesma Constituição se tais privilégios devem ser entendidos apenas em quanto a indivíduos da raça humana concerne, nada parece obstar a que um cidadão, por opção consciente ou mero desvio de personalidade, sinta atracção sexual irresistível por um animal de outra espécie, da espécie canina, por exemplo, do mesmo sexo ou de sexo oposto, em ordem a com ele manter qualquer tipo de relacionamento sexual e a ou desfrutar do prazer inerente a esse mesmo relacionamento.


 Nestas condições parecer-nos-á lícito que um ser humano possa vir a ter e a manter relações sexuais com um cão ou uma cadela, sejam eles de estimação, como soi dizer-se, ou não. Assim discorrendo, e uma vez que o Partido Socialista pretende fazer aprovar legislação aberrante que consinta o “casamento”, - não nos referiremos propositadamente ao contrato que ele “ipso facto” pressupõe mas sim como ele mesmo vem sendo tradicionalmente considerado – ao longo dos tempos e visando, fundamentalmente a procriação e, consequentemente, a constituição do pilar social constituído pela família - nada nos espantará ou surpreenderá que um novo partido, que não vermelho, nem verde, nem rosa mas sim às riscas, venha reivindicar o direito inalienável de, à luz de tais razões e princípios legais, vir propor uma nova lei que permita e caucione o casamento entre um homem e uma cadela ou entre uma mulher e um cão vindo a dar assim lugar – quem sabe? – ao tão lendário e nunca visto “lobishomem”!...


“E esta, hein?! “– diria por certo o nosso saudoso Fernando Peça se fosse vivo e pudesse glosar, ou gozar um pouco, como era seu timpre tão peculiar, este curioso como momentoso tema.


Transcrição do artigo 13º da Constitução:


1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.


2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

publicado por Júlio Moreno às 16:46
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É mais do que óbvio...

"DO PD da IOL de 10-02-2009 - 18:56h
- "Ministro quer mais polícias, mas não explica crime.
- "Rui Pereira apresentou Estratégia de Segurança para 2009.
- "No final, desapareceu...""
...

É mais do que óbvio de que o actual Ministro da Administração Interna – bem falante e que se diz eminente jurista e legislador – não faz a mais pequena ideia do que é o crime em si mesmo e, sobretudo, o que é a criminalidade no terreno.

Teria sido seu “insubordinado” se, ao tempo em que fui elemento das Forças de Segurança (GNR) ele fora o Ministro. Felizmente que o não era e felizmente que os Ministros de então, se bem que com algumas “nuances” características de quem pretende afirmar-se no e com o poder, admitiam e iam seguindo as indicações, técnicas e tácticas, que lhes eram dadas pelas Chefias militares e policiais de então (igualmente militares) e com outra perspectiva da realidade e da respectiva missão.

Pessoalmente – era eu tenente - tive um pequeno caso com um Ministro do Interior de então e, ao cabo de brevíssima e correctíssima troca de palavras foi a minha opinião e a decisão que havia tomado aquelas que prevaleceram o que valeu então ao Ministro da Marinha, Almirante Quintanilha de Mendonça Dias, que estava presente, num tom de galhofeiro e quiçá apaziguador da querela que talvez se aproximasse, as seguintes palavras que recordo perfeitamente: - “Ora diga lá senhor Ministro que somos nós quem manda, ora diga lá!...”

Hoje, porém e ao que vejo, tudo isso mudou.

A segurança – ou melhor, a insegurança! - é, em primeiro lugar, definida pelo Ministro das Finanças, seguindo indicações do nosso Primeiro, e só depois interpretada, corporizada em texto legal e “mandada” cumprir pelo MAI.

É sabido que o progresso se manifesta em todas as direcções e que um dos índices que serve para medir o nível de vida e de desenvolvimento dos povos é o da sua criminalidade – ponto de vista geralmente aceite mas que hoje, porém, se deverá pôr – e muito! - em causa senão nós seríamos um dos melhores e mais evoluídos países do mundo e o seu expoente, quase máximo, seria o Brasil o que, como é bom de ver, não será o caso.

É certo de que se acentuaram com a proclamada “liberdade” – e de que forma! – as desigualdades sociais e hoje já se fala, o que dantes era só murmurado entre dentes, do chamado crime de colarinho branco que mais não é do que a máfia elitista do charme que, de há muito, vem roubando milhões e milhões impunemente.

Hoje já se prendem banqueiros corruptos, políticos corruptos e afins se bem que pouco ou quase nada se toque na Justiça, ela também certamente, sofrendo, aqui e além, de idênticos sintomas e o que será bem pior, manifestando que se estará nas tintas para quem nas tintas se estará para com ela.

Só à luz desta sucessão sucessiva de sucessos poderemos entender o que se passa no mundo em que vivemos e muito particularmente nas esferas do combate à criminalidade, que agora já se admite ser violenta e que se apresentará, quanto a nós, em crescendum teóricamente imparável a menos que medidas sejam tomadas e essas não serão exactamente as da repressão, macia e doce, do “termo de identidade e residência” ou mesmo da prisão preventiva tantas vezes inconsequencial e tão relutante ao erário público administrado pelo senhor Ministro da Justiça, que, não obstante o dinheiro que poupa ao libertar os criminosos, confessos e, diria mesmo que congénitos já que outra coisa não viram desde que nasceram senão crimes, armas e tiros... mesmo assim deixa que se assaltem os Tribunais ,neles chova em plenas salas de audiência, e permanecçam sem condições de dignidade e segurança para utentes e magistrados, mas sim pelas da educação e pelo regresso aos “bons” valores dos velhos tempos, dos tempos dos botas de elástico que, como eu, atingiram já os setenta e dois anos de idade!

Igualmente se não mediram - a curto, a médio e a longo prazos – os efeitos da demagógica decisão de constituir o espaço Shenguen onde as fronteiras foram abolidas no seio dos países ditos comunitários – e que, como a realidade dos factos o vem demonstrando e a prática vivida se encarregará de demonstrar com maior evidência, nada terão de comum! – daí resultando que a verdadeira fronteira de Portugal se situa hoje bem para lá da Hungria e sem possibilidades alguma de controlo no que toca ao fluxo e refluxo de pessoas e de bens, isto enquanto um Conselho Europeu se reune, discute, viaja e regularmente se banqueteia em lautas e faustosas jantaradas para discutir a utópica Europa unida que nunca verá a luz do dia, como infelizmentente já viu o “famigerado euro” que, para nós, portugueses, veio elevar para o dobro e sem quaisquer contrapartidas o nível de vida e, consequentemente, a pobreza dele decorrente, para o dobro, isto não obstante os sábios e palavrosos doutores na matéria se tenham esforçado por convencer o Zé Povinho de que não senhor, de que tudo iria continuar na mesma e como estava!

Realmente, dantes roubava-se “um escudo” ; hoje rouba-se “um euro”, ou seja duzentas vezes mais qualquer que seja o ponto de vista pelo qual seja encarado: .- o monetário ou o estatístico...
publicado por Júlio Moreno às 13:01
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Domingo, 1 de Fevereiro de 2009

Desde que me recordo do aparecimento da informática e dos computadores

Desde que me recordo do aparecimento da informática e dos computadores – desde os famosos Spectrum, aos Amstrad, tanto portáteis como de mesa, até aos modernos e actuais computadores da mais alta performance; - desde que me recordo de ser num edifício de grandes dimensões onde a nossa TAP – nos seus tempos áureos – guardava as suas informações, pelo que constantemente sobre ele me reclamavam a mais rigorosa vigilância, informações essas que iam desde as escalas do pessoal, tanto de terra como de voo, aos respectivos honorários em função das horas e locais do respectivo trabalho, até à enumeração das múltiplas e quase infinitas peças de equipamento das respectivas aeronaves, seu loteamento, número de horas de trabalho em que devia ser usadas para prevenção da chamada “fadiga do material” e respectivas necessidades de substituição, etc., etc.; - desde tudo isso e desde esse tempo que me transformei num fervoroso adepto da novidade informática e do imenso mundo tecnológico que ela representava pelo que alguém, chegou a dizer-me que eu andaria “vestido” de máquina de calcular tal era a minha paixão autodidacta por esses então loucos e milagrosos mecanismos...


Esse momento de euforia, alimentado – reconheço-o hoje – pela mais profunda e pecaminosa ignorância no que concerne às consequências sociais em que tal “monstro” se viria posteriormente a transformar, roubando milhões de postos de trabalho e permitindo o bilateral sentido do actual progresso através da criação de armas de tal modo evoluídas que permitem as “guerras” cirúrgicas mas que, nem por isso, deixaram de ser menos mortíferas e insidiosas, ao serviço dos poderosos e detentores de melhores e mais complexos e sofisticados sistemas de mecanismos e, simultâneamente, permitem que, no campo da medicina, os métodos e meios de diagnóstico e de cura – se bem que já bem distantes dos princípios “hipocráticos” que dantes a informavam! - fossem cada vez mais poderosos, esse momento de euforia cedo se transformou em revolta, e da mais acicatada e pura, já que mais uma vez serviu para verificar que o homem nunca soube, na sua ânsia de tudo ter e conquistar, travar a tempo os malefícios decorrentes dos novos caminhos que percorre, no caso vertente, da nova era computorizada e robotizada.


Já há dias, neste mesmo local, aflorei um pouco este tema que hoje se me avoluma diante dos meus olhos e vai tomando proporções cada vez mais alarmantes tão assustadores são os números actuais do desemprego e tão fácil se vai tornando a quem tão facilmente e quase impunemente vai roubando o povo e enriquecendo nesses paraísos fiscais para onde só os números são levados pela Internet mas que correspondem, na realidade, a autênticas fortunas de milhões retiradas da circulação fiduciária honesta, dinheiro para ser “lavado”, como se designa, mas que regressa após estranhas digressões por tais locais do mundo!


Quem não souber ler, (mesmo sem perceber lá muito bem o que lê!) escrever e contar, teclar num computador e uns rudimentos de ingles a par de possuir uma carta de condução, bem pode considerar-se um deserdado da vida, um fracassado e um “zé ninguém”! Mas quem só souber isto, para onde vai, como viverá?


Quando se não souber como e quando plantar as batatas, semear o trigo e mondar a horta, quando as crianças já não souberem distinguir uma galinha de um dinossauro, quando outras pensarem que são as árvores que nos fornecem os sacos de plástico! –como há casos verídicos que conheço – pergunto qual o sabor que terão as notas de dólar ou as de euro, talvez estas mais apaladadas para os europeus!, como se cozinharão e com que molhos de tinteiros informáticos deverão vir a ser temperadas depois de confeccionadas para alimentação dos povos que, vivendo tal progreso, já se terão de há muito esquecido das belezas paisagísticas de uma encosta rude de montanha onde ao fundo corra, pelo vale que aí se forma, um pequeno, se bem que, muito provavelmente poluído, riacho, para só se estasiar perante a beleza arquitectónica de uma ponte de betão, de uma graciosa curva de auto-estrada ou de um magnífico edifício de cento e tal andares para onde se entra mas de onde nunca se saberá, ao certo, se se poderá sair!


Simultâneamente recordo as chamadas “projecções” dos economistas que, qual “bruxos esclarecidos” dos nossos tempos, vão pautando, através dos seus variados discernimentos e conjecturas, os nossos destinos fazendo-nos sofrer na pele as variações bolsistas que, quais termómetros de estranhas medidas, nos vão espartilhando e condicionando a vontade de viver, senhores que já não nos sentimos dos nossos próprios destinos, hoje comandados pelo progresso tecnológico que não cessa de aumentar sem que seja acompanhado do correspondente e equilibrador factor humano e de humanidade, esse sim, o verdadeiro valor do espírito capaz de valorizar a vida!


Ouvir falar, com grande eloquência e não menor convencimento próprio, os nossos parlamentares e governantes, comentados por certos esclarecidos e e infalíveis jornalistas, confesso que é coisa que cada vez mais me vai dando vontade de rir e mais me vai ajudando a passar o meu tempo nos dias cada vez mais sombrios e já curtos que antevejo pela frente...

publicado por Júlio Moreno às 12:30
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