Sexta-feira, 24 de Julho de 2009

Não resisto à denúncia de um criminoso, vivo ou morto...

Texto completo e oportuno que chegou até mim corroborando quanto, sem nada saber sobre a personalidade em causa, pressentia nestes mesmos feitos tendo-os, para mim, como convictamente verdadeiros:


Não quero aqui assumir qualquer papel de Juiz, que o não sou, mas sim trazer à luz do dia e ao conhecimento de quem me lê o que de há muito pressentia sobre a pessoa em causa a quem a actual coloração política quase guindou à categorioa de heroi nacional só lhe faltando ser galardoado com a "Torre e Espada"!


Pobre País, onde chegaste com a democracia que usas - o verdadeiro governo do "demo" que não do Povo como os ingénuos julgam ser!


Pobre Portugal que de tão alto te fizeram cair já! Resta-me a Fé que ainda tenho de que surja alguém, Homem e Patriota, que não político e democrata de fachada, que, evitando-lhe a queda definitiva e sem regresso, o volte a erguer, guindando-o aos tempos e às alturas a que outrora outros o souberam guindar com o sacrifício da própria vida que não com os lucros fáceis e criminosos das actuais operações de que se ocupa a alta finança!


Esse homem, que tive a honra de servir, teria sido o Marechal António de Spínola acaso a teia urdida à sua volta e que o seu feitio generoso e crente não tivesse deixado enredar naquele tenebroso ano de 1975 de tão triste e tão trágica memória para Portugal!.


Segue a transcrição do que escreve o Exmo. Senhor Major-General que não tive a honra de conhecer mas a quem daqui saúdo como mais um patriota dos muitos que ainda existem e felizmente::


Porque sou crente e creio em Deus e não nos Homens, mesmo depois do que li e adiante transcrevo, lhe desejo o julgamento justo e sereno que Deus não deixará de lhe fazer. Que durma eternamente quem nunca deveria ter sequer nascido...


"HERMÍNIO DA PALMA INÁCIO Ladrão e Homicida na Forma Tentada Faleceu em Lisboa, no passado dia 14 de Julho, Hermínio da Palma Inácio, glorificado pela opinião publicada como um revolucionário artífice da liberdade a quem a democracia portuguesa muito deve. Estamos em democracia e, por isso, toda a gente tem direito à sua opinião, incluindo eu próprio, cidadão anónimo e contribuinte fiscal que nunca roubou o Estado, antes pelo contrário, pelo Estado foi roubado. Só que a minha opinião sobre essa figura sinistra é completamente divergente da publicada. Antes de prosseguir, quero deixar claro que não conheci Palma Inácio pessoalmente, embora tenha lido, senão tudo, seguramente quase tudo o que sobre a sua personagem foi publicado. Adicionalmente, recolhi de quem o conheceu muito bem, informação insuspeita sobre o seu perfil ético. Essa informação foi-me dada por um General Piloto-Aviador ao tempo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, e a conversa teve lugar no seu gabinete de trabalho, onde eu procurava despacho para assuntos da sua exclusiva competência, sendo que um deles era a nomeação de um militar para um cargo no estrangeiro. Na pré-selecção feita pelos serviços competentes, estavam nomeáveis três militares que eu conhecia muito bem. Pediu o meu parecer pessoal e eu dei-lho, recomendando um deles que tinha uma folha de serviço exemplar, era reconhecidamente muito competente e pautava o seu comportamento por um elevado padrão ético. O Senhor General ouviu atentamente os meus argumentos e, para minha surpresa, ficou em silêncio por um longo momento. De seguida levantou-se da sua secretária e convidou-me a sentar num recanto do gabinete onde estavam dois sofás e uma mesa de apoio. “Senta-te aqui, tu és muito novo e eu quero contar-te uma história de como gente “muito competente” pode, ao mesmo tempo, ser extremamente perigosa”. E contou-me ali a seguinte história de Hermínio da Palma Inácio. Esse Senhor General era ao tempo capitão aviador na Base Aérea de Sintra onde Palma Inácio, com o posto de 1º Cabo, tinha, num passado recente, sido mecânico na “linha da frente”, isto é, tinha a responsabilidade da pequena manutenção e reabastecimento dos aviões, portanto da respectiva prontidão imediata para voo, funções que desempenhara de forma comprovadamente muito competente e onde conquistara a estima de todos os pilotos. Depois, saiu da Força Aérea para exercer funções semelhantes no meio civil. Em 1947, já depois da sua saída, aconteceu na Base Aérea o que parecia impensável. Um dos pilotos, ao passar a obrigatória inspecção exterior a um avião no qual iria voar de seguida, notou que os cabos de comando dos lemes do avião (cabos de aço compostos por um enrolamento de fios de aço de menor secção) estavam em mau estado, parecendo meio cortados. Dado o alarme e após pormenorizada análise, confirmou-se terem os ditos cabos sido, não cortados como a imprensa actualmente relatou, mas intencionalmente serrados o suficiente para, com o avião ainda em terra, transmitir movimento aos lemes – e iludir o piloto - mas para inevitavelmente quebrar quando sujeitos à elevada pressão aerodinâmica do voo, deixando o avião no ar sem qualquer possibilidade de controlo, provocando a sua inevitável queda e destruição e a mais que provável morte de pilotos. E constatou-se ainda que tinham sido serrados os cabos de comando de todos os aviões, num acto de sabotagem total da frota, cuja autoria se confirmou ser de Palma Inácio que foi preso pela PIDE. O Senhor General alertava-me desse modo para o facto, aliás bem conhecido, de que uma intenção altamente malévola pode ser – e frequentemente é - convenientemente camuflada com um comportamento profissional irrepreensível. Certamente a atestar também o seu apreço pelo elevado perfil profissional de Palma Inácio, o então Major Humberto Delgado, aproveitanto um voo de treino chegara mesmo a levá-lo em passeio aéreo, apesar da grande diferença de posições1. Ao elevado e generalizado apreço que a Força Aérea Portuguesa lhe demonstrou – depois de lhe ter proporcionado uma formação técnica de grande valia profissional no quadro de um mais que deprimido mercado de trabalho em 1947, Palma Inácio retribuiu com a preparação da destruição material da frota de aviões de treino, essencial ao funcionamento e crescimento da Força Aérea, e com a frieza assassina de quem não hesitou em condenar à morte os seus camaradas pilotos, aqueles mesmos que tanta consideração lhe dispensaram. À semelhança do que fez a Acção Revolucionária Armada (Partido Comunista Português) em 8 de Março de 1971 na Base Aérea de Tancos onde, durante a noite, destruiu 28 aviões e helicópteros guardados num hangar, evitando deliberadamente atingir pessoas, Palma Inácio podia simplesmente ter cortado os cabos de comando ou podia ter feito explodir os aviões. Mas isso não lhe bastou: quis também assassinar os pilotos! Foi responsável por algumas imbecilidades como, por exemplo, a tentativa de ocupação da cidade da Covilhã, mas o imaginário nacional relembra-o essencialmente pelo desvio, em 11 de Novembro de 1961, de um avião Super-Constellation da TAP de onde largou sobre Lisboa panfletos contra o regime de Salazar, e também pelo, até recentemente, maior roubo bancário em Portugal quando, em 1967, liderou o assalto à dependência do Banco de Portugal na Figueira da Foz, de onde roubou vinte e nove mil contos, uma elevadíssima quantia para a época. Preocupado como dizia estar com a pobreza do País, consequência da “ditadura” do Estado Novo, podia ter copiado do Zé do Telhado o gesto simbólico de uma ostensiva distribuição pelos pobres, o que seguramente teria envergonhado o Regime. Mas não. Palma Inácio não era um altruísta. Levou o dinheiro para Paris, para o banquete da fauna desertora e são conhecidas as desavenças que a farta refeição provocou, porque o objectivo não era envergonhar o Regime, era encher a gamela. Como terá dito Mário Soares2, Palma Inácio “Era um homem de grande imaginação revolucionária. Não era propriamente um político…”. Tem toda a razão e por isso os seus actos não põem ser considerados “políticos”. De facto, durante todo o período da “ditadura” não se lhe conhece filiação partidária. Também se lhe não conhece qualquer projecto alternativo de governação que pudesse legitimar uma oposição ao Regime, como foi o caso do próprio Mário Soares e de Álvaro Cunhal. Foi só depois da Revolução de Abril que, a fazer fé na imprensa da época, Mário Soares o convenceu a filiar-se no Partido Socialista e, de seguida, lhe ofereceu, de mão beijada e a troco sabe-se lá de que, o lugar de Director-Geral do Ministério do Trabalho, função para a qual Palma Inácio não podia ter a menor qualificação. Favores de amigos. A propósito da morte de Palma Inácio e a fazer também fé na imprensa3, Almeida Santos, Presidente do Partido Socialista, declarou que Palma Inácio foi “…um exemplar patriota” e terá sido por este mesmo critério que Jorge Sampaio, em Maio de 2000, quando exercia as funções de Presidente da República, o agraciou com o elevado grau da Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. 1 - “Humberto Delgado – Biografia do General Sem Medo”, pág. 905 2 - “Diário de Notícias”, 15 de Julho de 2009, pág. 8 3 - “Diário de Notícias”, 15 de Julho de 2009, pág. 8 Perante tudo isto, ocorre-me perguntar se eu - que não fui, não sou nem nunca serei socialista e que, tal como Palma Inácio não gostava de Salazar, eu não gosto do Senhor Primeiro-Ministro José Sócrates e do seu governo, como não gosto da ditadura de partidos que ultimamente vem governando Portugal – decidir assaltar uma qualquer dependência do Banco de Portugal e roubar pelo menos uns cinco milhões de euros, o que me dava um jeitão para ajudar a educar bem os netos e deixar-lhe algum conforto material que a minha reforma me não vai permitir; se eu que, tal como Palma Inácio tinha, tenho acesso fácil a qualquer Base Aérea nacional, decidir sabotar e destruir o avião Falcon em que o Governo se passeia por esse mundo à nossa custa e atentar contra a vida de uns pilotos, (prometo que, esse caso, eu que, contrariamente a Palma Inácio, sou um democrata, terei o cuidado de não atentar contra a vida do Senhor Primeiro-Ministro porque ele foi democraticamente eleito, ainda que por um povo meio distraído e imbecilizado pelo futebol e pelas telenovelas), será que o Partido Socialista me confere a distinção de me considerar um “exemplar patriota”, me arranja um lugar bem remunerado no conselho de administração de um desses Institutos Públicos para onde é desviado o dinheiro dos contribuintes para aí ser gerido por “exemplares patriotas”, como na opinião publicada se pretende fazer crer que Palma Inácio foi, e depois - a cereja no cimo do bolo – me confere aí um grau qualquer da Ordem da Liberdade (não tem que ser a Grã-Cruz)? A verdade, a minha e a de muitos outros portugueses da minha geração que lhe conhecem o perfil, é que Palma Inácio não prestou qualquer serviço ao País, por muito que isso doa aos desertores que tudo torcem para justificar a sua deserção, a sua traição à Pátria. Posto em termos simples e claros e entre outras coisas:  Palma Inácio foi um mero ladrão – procurei mas não consegui encontrar outro adjectivo para qualificar uma pessoa que assalta um banco e rouba vinte e nove mil contos - com os quais muitos se devem ter banqueteado e, porventura, se sentem agora na obrigação de o glorificar em termos nacionais.  Palma Inácio traíu a Força Aérea, tentou o homicídio dos mesmos pilotos com quem lidou diariamente e que lhe dispensaram uma consideração que não merecia, constituindo-se homicida na forma tentada.  Mais tarde, já no Brasil, aproximou-se do Senhor General Humberto Delgado (o mesmo que lhe dispensou a consideração pessoal de o levar a voar) tornou-se membro do MNI e na hora certa traiu-o também, o que obrigou Humberto Delgado a “…expulsá-lo «por traição…”4 Ora… façam-me o favor de parar com o sistemático branquear da História. A traição não é, nem nunca será, convertível em virtude. Haja vergonha! Espanha, 20 de Julho de 2009 Fernando Paula Vicente Major-General da Força Aérea Portuguesa (Ref.) 4 - “Humberto Delgado – Biografia do General Sem Medo”, pág. 905""

publicado por Júlio Moreno às 01:42
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Quarta-feira, 8 de Julho de 2009

Open letter to President Obama

I’ve no idea if some day you will read those words but I’ve decided to write them to you because I trust you, I admire you and if I was an American citizen you would have my vote too.

First of all I must present myself and say that I am a Portuguese man, born at Oporto, the north of Portugal and that my family belonged to the medium-poor class: - my father was a physician, doctor in medicine, who practice his professional duties as a priestly function and it is because of that I am revolted with the way the healthcares are done in your country, what I know through some friends I have there and told to me the great problems they have to face them.

This now is the real reason I am writing those words to you hopping you can change, and change it soon, the terrible system you have that makes from the human health one of the biggest and nasty business you have, you one of the most advance countries of the world.

Consequently I am begging you, Mr. President, to change the medical system in your country because as it is now is, as I said before, the most nasty business I ever saw.

As a matter of fact the real physicians and those who make the prescriptions are the bureaucratic of the insurance companies and not the doctors. Hospitals, doctors and insurance companies they make, all together, one of the most explosive moisture I ever saw. Please, stop it Mr. President, stop it as soon as possible because now is not fair that those who has money they can survive and those who haven’t no, they are forced to die or sometime cured by the God mercy and nothing else.

Any examination or surgery must be approved first by the insurance company before the patient can make it and many times they don’t allow them because the clauses of the insurance contract doesn’t prevent it. Is it possible in our days?

I remember very well when my father went out, many times under big storms, to go and see his patients in their homes, sometimes by car, sometimes on a horse and in the end, many time don’t presenting them the bills they couldn’t pay…

This was medicine, this was healthcare, this wasn’t a “good and shameful” business you have in our days in you marvelous country!

But I believe that soon this will change and you will be the President that will do it. This is my hope and my faith… Yes, you can...

Sorry having disturbed you and writing so bad English, or should I say American?
publicado por Júlio Moreno às 01:30
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Domingo, 5 de Julho de 2009

A maioria absoluta

Acabámos de viver 4 anos de uma maioria absoluta do PS na Assembleia da República. E que vimos nós? Que tivemos nós?

Respondo:
- a omnisciência de um iluminado, de um predestinado que, pouco a pouco, primeiro timoratamente, baseando-se, talvez na sua inexperiência e na férrea vontade de se manter no poder, de ser, a qualquer preço, o maior neste País, mas, pouco a pouco, ganhando mais coragem, perdendo a vergonha e fazendo-se impor como um verdadeiro “ditador” que habilmente foi sabendo dissimular na sua recente carreira política.

Verdadeiramente o que tivemos nestes últimos 4 anos de legislatura mais não foi do que um “Estado Novíssimo”, porque pela primeira vez vivido enquanto que o Novo já lá vai, liderado por um homem que, cada vez que afirmava humildemente as suas dúvidas não conseguia disfarçar a sua vontade e o seu querer ditatorial, no que era docilmente obedecido por um vasto e, diria mesmo que desinteressado, grupo de deputados, liderado por um senhor sempre com a barba por fazer – tantos quantos lhe valiam a sua maioria mas que mais não faziam do que congratularem-se com as ideias do “chefe” a quem rendiam as mais rasgadas homenagens e teciam sempre os maiores encómios, não se poupando em elogios, alguns dos quais tão ocamente falsos que chegavam mesmo a tresandar a isso mesmo, excepção feita para uma escassíssima e honradíssima meia dúzia deles (Manuel Alegre, António José Seguro, entre outros) nos passos que se dizem ser perdidos mas que, para nosso bem ou nosso mal, não o são nem nunca o serão.

Não se deu conta o Povo de que o que vivemos mais não foi do que uma “democrática” ditadura na qual prevaleceu a vontade soberana de um só homem que tivemos a tristíssima sorte de não se ter limitado a ser apenas um ditador mas que foi igualmente um homem sem palavra, um embusteiro social, verdadeiro enganador do Povo a quem deu o que não tinha e prometeu dar o que sabia não poder, e um péssimo exemplo do que é ser-se político, cultivando habilmente a arte ou a ciência de enganar o Povo (a definição é minha e muitas vezes citada neste pobre blog) e onde as contradições foram mais do que muitas e tantas que, se fora ele apenas o ministro que não o primeiro, de há muito que teria recebido o célebre cartãozinho protocolar agradecendo-lhe o trabalho (mal) feito mas prescindindo daí por diante dos seus serviços.

Portugal nada ganhou com o pseudo-engenheiro José Sócrates da Silva Pinto, nado em Alijo e criado em Castelo Branco, ao que se julga saber, e que, antes de ser engenheiro e apenas como agente técnico de engenharia (tal como se concluía da nota dimanada da Ordem dos Engenheiros), já projectava partes de casas para habitação sobre cortes de gado e outras obras de quejanda valia “ambiental” e que teve o enorme mérito de se diplomar a um domingo e de fazer por fax o seu exame de inglês, língua de que já se serviu em público, (como do espanholês) para gáudio de alguns deputados e políticos europeus que não esconderam, frente às câmaras, os risos que o facto lhes terá suscitado!

Fantástica para não dizer incrível a sua cada vez mais omnipotente, troante e teatral presença no parlamento onde quinzenalmente fazia questão de se apresentar, vestido pelo último figurino, para satisfação do seu ego pessoal já que o país saía daquelas longas horas de debate absolutamente vazio, tal como tinha entrado sem nenhuma valia ou acrescento de conhecimento que não fosse alguma revolta contra certas cenas que perpassavam pelo hemiciclo.

E tudo isto porque a maioria democrática de um só partido mais não é do que a ditadura desse mesmo partido.

A maioria democrática de uma coligação partidária, essa sim, essa corresponderá muito provavelmente a uma real e verdadeira maioria que representará democráticamente o País já que os deputados terão sempre, mesmo que à última hora, o poder de se desvincularem de eventuais acordos previamente feitos sobre questões fundamentais para o bem-estar das populações, o bom funcionamento do País e para a credibilidade das suas Instituições.

Aproximam-se as eleições legislativas. Quem vos escreve estas linhas desde sempre que foi um democrata. Por isso a sua opinião e conselho é isento, sincero e simples:

- Que nóa, portugueses, tenhamos aprendido a lição e saibamos que a maioria absoluta nunca se deverá dar a qualquer partido por muito democrático e transparente que este se nos apresente ou afigure.

É que, se assim for, cedo aparecerá o homem que, como agora aconteceu e ao exemplo de tantos outros que a história nos aponta, tendem a converter-se, em curtíssimo prazo, em ditadores os últimos dos quais estão hoje bem presentes no nosso conhecimento e dos quais o expoente maior neste nosso mundo ocidental será um tal Hugo Chavez, vindo não se sabe de onde mas que, tal como Hitler nos anos 30/40, não se coíbe já de todos ameaçar com os mais vis propósitos de agressão armada que só aparentemente irão engrandecer a Venezuela, até aqui um pequeno mas ordeiro país, símbolo de bem-estar, de uma tranquilidade e de uma confiança no porvir que atraía emigrantes de todo o mundo, coisa que hoje já não acontece mais.

Não é necessário ser-se Professor Catedrático para se dirigir um País – e, curiosamente, escassos foram os que já o fizeram– mas, no mínimo, é necessário ser-se suficientemente culto e políticamente evoluído para, se for necessário e por uma nobre causa, de armas na mão, como o fez Fidel Castro, libertar o seu Povo da escravidão a que estava sendo submetido pelos barões estadunienses do dinheiro que usavam Havana como sua área de prazer e de deboche.
publicado por Júlio Moreno às 21:56
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Estranho sonho…

Imagine-se que, sendo eu um verdadeiro leigo na matéria em causa – economia – estava dando uma lição a dois verdadeiros economistas profissionais e meus amigos. Um, que era uma, porque de tal actividade faz profissão e outro porque não a exercendo, dela tem fortes alicerces inseridos na sua ocupação actual de engenheiro.

Falávamos de “investimentos”, desde o seu contexto talvez etimológico, ao seu sentido corrente e por que actualmente a palavra é empregue.

Não me recordo bem das circunstâncias – é o grande mal dos sonhos!, para os quais terá de ser inventada uma máquina que os grave e no-los faça recordar depois, com pormenor, aqueles que nos interessarem e “desgravar” aqueles que não nos interessem ou porque completamente desconexos, sinónimos de uma mente preocupada e, logo, doentiamente adormecida e a que chamaria “Dalianos” por semelhança com Salvador Dali, ou porque de tal forma mórbidos, tristes e acabrunhantes que mais valera nunca terem sido sonhados senão - quem sabe?- talvez servindo para aliviarem os subconscientes de uma pesada e inoportuna, quiçá mesmo danosa, carga que de outra forma não mais seria alijada!

Adiante, porém, que o pretexto destas linhas era o da minha prelecção sobre economia, nomeadamente sobre investimentos.

E dizia eu, em defesa da minha tese ou dama, que nenhum investimento é feito senão na mira de dele ser retirado algum proveito, seja económico, moral ou social e com isto contrariava as posições dos meus dois opositores que invocavam a sua douta sabedoria para rebaterem o que o meu empírico conhecimento dizia ser assim e tal como o afirmava.

Portanto, quando alguém e o próprio Estado faz algum investimento fá-lo na mira de dele obter, no imediato ou a prazo, os benefícios que sobre ele calculou e houve como certos sejam estes económicos ou políticos, mas sempre benefícios para si que não para os outros que deles serão, quando muito, meros actores ou intervenientes necessários. Não será assim?

E por isso me revolta a designação de “investidor” dada pelos senhores jornalistas a certos empresários que de tal fazem sua profissão. A esses eu chamaria de oportunistas, sanguessugas dos necessitados, eu sei lá o quê, mas nunca por nunca investidores porque a serem, tal como se apresentam, então teriam de dar razão ao gesto feito pelo desditoso Ministro da Economia que esse sim, de uma forma transparentemente pública, demonstrou, e bem, ao País o que é “investir”, na acepção taurina do termo, qual brava e forte besta contra quem se não pode defender.

Curiosamente e por isso mesmo, aquele ex-ministro teve, na ocasião em causa e em mim, o mérito de despertar, em simultâneo, dois sentimentos opostos:
- o primeiro, de social condenação por nem sempre ser de bom tom agarramos os touros pelos cornos, com gestos talvez impróprios mas que o tempo se encarregará de desvanecer senão de conferidor talvez a graça de se tornar “ex-libris” muito peculiar – veja-se o “manguito” do Zé Povinho de Bordalo Pinheiro;
- e, o segundo, de total apoio por sentir nele o desassombro e a verdade de não deixar calado aquilo que no peito de muitos de há muito estava quase a explodir por via das graçolas sem graça de quem, demonstrando arrogância demasiada para a sua pequenez política, se permite interromper discursos, raciocínios “fios de meada”, que, uma vez cortados, poderão não dar em nada ou mesmo conduzir a sentido oposto àquele que era pretendido.

Má criação houve, sim, aos olhos dos bons costumes. Mas de ambos os lados. De um, consentido que está pelo mau costume consagrado de serem permitidos os “apartes” na Assembleia (tal como o é hoje o manguito do Zé Povinho) e o segundo porque, sem ainda ser “costume” nem ter consagração alguma – um dia sê-lo-á, disso estou certo – ter deixado que a justa indignação que lhe queimaria o peito se exteriorizasse de uma forma verdadeira mas pouco convencional ainda e com o seu quê de irreverente.

Porém, daí à demissão vai um abismo senão a Assembleia não teria já quase nenhum deputado tão graves têm sido as afirmações difamatórias que reciprocamente se fazem de “mentir” na Casa da Verdade e de “ludibriar” o Povo ao qual e apenas lhes competirá servir e tratar com respeito e dignidade o que por via de regra tantas e tantas vezes é esquecido e bem…

Com isto me perdi do sonho – é o mal dos “apartes” e da falta da tal máquina – mas desde já aqui fica o meu reparo: - se mandasse proibia ios “investidores” de profissão, o casino que é a “bolsa” de valores e já agora os “apartes” no Parlamento os quais, imagine-se, ficam mesmo registados no diário das sessões!...

Talvez para desgraçada e vergonhosa memória futura dos que nos seguirem!
publicado por Júlio Moreno às 17:37
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