Já muitas vezes, e ao tentar analisar o perfil político de Sócrates, me tenho perguntado a mim próprio qual será a diferença entre um burlão inteligente e um burlão esperto.
Pois bem. Cheguei à conclusão seguinte:
- Um burlão que seja inteligente sabe que o seu propósito é errado mas prossegue em linha recta, directo ao seu objectivo; um burlão que seja só esperto, intui exactamente o mesmo mas … caminha aos ziguezagues.
Sócrates não é inteligente; é só esperto!
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NOTA - O vídeo do Youtube tem mais vídeos que nada têm que ver com o que se apresenta
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Perguntava José Sócrates, no seu empolado discurso, - que vi gravado, como pedi que mo fizessem - e como é seu timbre, se o partido – aqueles que, por consabidas razões ali tinham de estar não obstante o dia, algo quente e bem soalheiro já convidasse a outras “diversões” - estava ou não com ele.
Claro! Um vozeirão enorme logo se ouviu numa indiscutível manifestação de apoio!
É bom de ver que nem outra coisa seria de esperar. E o “semi-partido” – que o verdadeiro, o anónimo, esse a que pertenço, estava ausente - disse-lhe que sim, que estava. Toda aquela parte do partido estava com ele. Os “boys” e os aspirantes ao título. Os que já estavam governados, mas que viverão sempre com o receio de que, um dia, a careca se lhes venha a descobrir com os correspondentes escândalos públicos que provocará mas confiantes em que a que a Justiça, complacente como é, os não puna, e aqueles que, de algum modo, esperavam vir a está-lo…
Por isso direi que é bom que se entenda e que se entenda de uma vez por todas: - o partido socialista tripartiu-se e é hoje formado pelos “socialistas”, pelos "alegristas" e pelos “sucialistas”; e os que estavam com ele eram precisamente, e só, os "alegristas" (alguns apenas) e os “sucialistas” (e estes já são tantos que não só enchiam a sala como também, tentacularmente se tendo multiplicado qual amebas e parasitando em termos de esforço, conseguiram, mesmo assim, esbanjar os recursos da Nação) mas só os “sucialistas” porque os “socialistas”, a outra parte de um grande Partido adormecido e aparentemente esfrangalhado, a que pertenço, esses não estavam lá, ou, se o estavam, era como anónimos observadores ou temerários interventores, como foi o caso de Ana Gomes, para quem a rosa já terá cheirado mal, e o do jovem que ofereceu a “t-shirt” a Almeida Santos - que a não recusou e antes lha agradeceu com um obrigado bem sonoro e repetido, observe-se também - nem jamais o apoiarão por uma razão tão simples como esta: - não somos nem nunca seremos apoiantes de mentirosos ou farsantes por muito bem que vistam (pelos vistos em Nova Iorque!), falem, gesticulem e pareçam, como, se estivesse vivo, certamente teria dito o poeta Aleixo...
Nós não estávamos lá nem apoiaremos Sócrates… Por isso a nossa resposta teria sido um rotundo “NÃO”!
Assim, mais uma vez neste inglório esforço de pretender esclarecer um Povo que não lê e facilmente se deixa empolgar pelos títulos bombásticos de jornais e pelas imagens de uma televisão “hipotecada”, uma pergunta deixarei aqui no ar: - qual é o “vigarista” que não tem boa aparência, ar convencido e arrogantemente convincente e que bem sabe como impressionar os papalvos, os simples que se deixam ludibriar caindo, como soi dizer-se nas gírias policiais e jornalísticas, no “conto do vigário”?
Sócrates é bom naquilo que faz. Todos os bons profissionais contadores do conto do vigário o são. Nós o sabemos e contra eles, na medida do possível, nos vamos precavendo...
Idiotas são os que se deixam levar pelas suas palavras e promessas. Não me julgo um desses e, como eu, sei que a maioria não o será também. Por isso mesmo algo teremos a fazer no dia do voto: - escolher a mudança e acreditar que do mal deverá ser o menor o escolhido...
Regresso amanhã a Portugal...
Viagem longa, nova para mim, num carro velho...
Vale-me que vejo bem a estrada e que a gasolina, essa é bem mais barata do que por lá...
Sinto saudades. Breve nos veremos após uns quase 10 dias de net sem net...
Como tão mal nos habituamos!
Inté...
Pastor e rebanho (in Wikipédia)
Muito se tem falado sobre a crise económico-financeira que avassala o País nos últimos tempos mas muito pouco se vem falando acerca das suas verdadeiras origens, isto para além dos estafados discursos da corrupção e do insaciável despesismo do Estado, alimentado por um Governo que se habituou a governar nas costas dos portugueses e a ocultar-se sob fantásticos malabarismos contabilísticas e mais do que irrealistas necessidades, pré-fabricadas e concebidas apenas para favorecimento de meia dúzia, ou melhor, de umas boas dúzias de meias dúzias, que a tanto, se calhar e por defeito, montarão os “boys” do partido que nos ia desgraçando o País: - o Partido “Sucialista”! (Não confundir com “Socialista”).
Pois bem.
Muito se tem falado, escrito e descrito sobre o assunto em questão mas o que nunca vi abordado foi o que reputo ser o verdadeiro cerne do problema: - o deliberado e insaciável aproveitamento de uma jovem democracia ainda ignorante e fragilmente alicerçada numa Constituição retrógrada e utópica, alcançada após uma Revolução falhada nos seus verdadeiros propósitos, que não eram, nem nunca o foram, os de derrubar um Governo, ou mesmo um regime, mas sim e tão somente um Ministro, o do Exército (a quem apelidavam então de “meia-nau” por só ter proa) conforme era desejo dos “prejudicadíssimos” e “inconformados” capitães do QP (Quadro Permanente) em vias de serem igualados, na escala de promoções, pelos do QC (Quadro de Complemento, vulgo, milicianos) que eram quem verdadeiramente mais dava o corpo ao manifesto nas matas africanas enquanto que grande parte dos outros permaneciam nos quartéis-generais “concebendo” tácticas e estratégias operacionais… Mas adiante que isto será pretexto para um próximo “discurso”.
Assim e na verdade, voltando ao assunto deste comentário, a crise que hoje se despoletou, terá tido a sua remota origem na desgraçada Constituição de 76 e nos chavões pseudo socializantes com que, de ponta a ponta, a submergiram e afogaram.
Tudo aí passou a ser social, tudo passou a ser socialismo sem que, em primeiro lugar, se tivesse cuidado de ensinar democraticamente ao Povo (e não só!)que, embora deslumbrado, permanecia ignorante e inculto, qual o verdadeiro sentido de tal termo e, o que seria mais importante, qual a verdadeira dimensão do seu conceito começando por lhe ensinar o basilar e que seria o de que a sua liberdade só começaria onde a do seu próximo terminasse!
Assim e por falta destas basilares noções, durante algum tempo ministradas por uma certa elite militar, facção cubano comunista do novo exército que emergia – entendeu-se que democracia seria o mesmo que o “tudo nosso”. Um “tudo nosso”, que se entendia por legítimo nem que, para o efeito, se tivesse de roubar aquilo que a outros pertencia. Era o esbulho total, a bagunça total a que o Povo se dedicava sob o olhar atento daqueles que entendendo bem o que de mal por essa razão poderia acontecer, se iam aproveitando com “paternalista” condescendência (termo então esconjurado mas que, nem por isso, deixou de, na sua prática ser constantemente aplicado!) quando não com criminoso incentivo.
Assim se prenderam inocentes, se saquearam casas, terras, bens e expropriaram consciências que, perante a «novidade», se deixaram embalar e levar pelo “dolce far niente” de tudo ter sem nada fazer…
Foi deste modo que, com total impunidade e original libertino espírito revolucionário, pois cheirava a cravos!, pouco a pouco se sangrou o tesouro e, com a ausência de produção, se paralisou a economia do Pais!
Ora aqui, precisamente neste ponto, é que estará – a meu ver – o verdadeiro cerne da questão, a verdadeira e única origem da crise dos nossos dias: - quando os Sindicatos e os sindicalistas – que, curiosamente e desde a revolução vêm permanecendo nos seus postos, resistentes que são a todos e quaisquer ventos de mudança! – irresponsavelmente incentivavam a massa anónima, dócil mas ignorante dos verdadeiros “produtores” deste País – os obreiros das colmeias, a paralisarem a produção, a abandonarem os “favos”, a expulsarem os “mestres”,a apropriaram-se da maquinaria como coisa sua, exigindo o impossível de exigir que era o de pretender que o patronato, estrangeiro em grande parte, lhe desse o que queriam, pela força, sem negociação possível e recorrendo insistentemente a métodos violentos e totalmente irresponsáveis, no que eram apoiados pelos que encabeçavam as manifestações de rua, fiscalizavam piquetes de greve e gritavam palavras de desordem social mas que nunca deixaram de ter, garantido, o pão na sua mesa: - os sindicalistas de profissão.
Sim, sindicatos e sindicalistas – que apoio e considero legítimos na sua ponderada actuação democrática mas que só deverão ser consentidos em povos com uma sólida cultura da democracia – o que nunca, desde Júlio César! – foi o caso português que, no seu conjunto, sempre formou um povo de certo modo anárquico e rebelde a carecer, como em todos os rebanhos acontece, de um pastor…
A diferença será, porém, de que, para alguns, bastará a batuta de um maestro para que todos toquem ou cantem em uníssona harmonia e, para outros, como, infelizmente, de tal nós seremos o exemplo, para nos manter na ordem será necessária a ajuda de um bom cajado transmontano bem ferrado na ponta…
Surpreendam-se, depois, com as ditaduras!
Os técnicos têm-se pronunciado e são inúmeras as soluções que se perfilam no sentido de se resolver a crise económico-financeira que o País atravessa. Foram sempre os técnicos que falaram e, para além das suas sapientíssimas soluções, mais nenhumas outras poderão ser aplicadas?
Falaram os técnicos internos e os externos, todos os doutores em economia e em finanças, mas nunca se deu a voz ao Povo e se lhe pediu, a ele, que verdadeiramente produz, que tanto cria e tão pouco consome, qual a solução que proporia para o País!
Pois bem.
Como pertenço ao Povo, anónimo, inculto e incompetente, proponho-me hoje vir aqui falar do que não sei e, um pouco em nome desse mesmo Povo, enunciar um conjunto de medidas que, se postas em prática – e só não o serão se “nós”, Povo, o não quisermos! – talvez reconduzissem o país à senda dos bons hábitos e dos bons costumes de há tanto tempo perdidos!
Assim e como primeira medida de fundo:
- Estabelecer, por legislação especial, sujeita a plebiscito popular vinculativo, a não dissociação da responsabilidade política da responsabilidade criminal, antes as considerando como unas, indivisíveis e indissociáveis, pelo que todo o político passaria a responder politicamente perante os seus eleitores e, em simultâneo, criminalmente perante a sociedade em geral, que o mesmo será dizer-se perante os Tribunais e o País.
Tal medida, como expressa excepção ao consagrado princípio da não retroactividade das leis penais, seria só temporariamente consagrada e apenas pelo tempo necessário ao completo apuramento de "certas responsabilidades político-criminais" que permanecem hoje, e desde a data da designada Revolução dos Cravos, na densa nebulosidade da dúvida permanente, sendo constantemente alimentadas pela demagógica retórica político-populista que tanto nos vem ensurdecendo os ouvidos e, pelo cansaço, distraindo a atenção.
Feito isto, elaborar-se-ia uma lista exaustiva de todos os cidadãos – sem excepção - que, tendo exercido cargos políticos, ou outros de natureza eminentemente pública, apresentassem sinais de riqueza consensualmente considerados como não compatíveis com os proventos que tivessem declarado auferir pelo exercício de tais funções sendo-lhes imediatamente confiscados todos os bens que, acumulados, excedessem os resultados normais do exercício dessas mesmas funções sem prejuízo da consequente responsabilização criminal que, de tal, pudesse decorrer.
A segunda medida a tomar seria a do estabelecimento de uma tabela de valores mínimos e máximos a que deveriam corresponder todas as remunerações públicas e privadas de todos os trabalhadores nacionais, muito especialmente dos gestores a quem, caso assim o desejassem, seriam de imediato concedidas autorizações para se fixarem definitivamente no estrangeiro.
A terceira medida seria a de limitar os “plafonds” máximos que a banca seria autorizada a dispor como imobilizado em cofre sendo todo o excedente obrigatoriamente entregue, sob aval do Estado, aos empresários, sobretudo aos jovens, que se candidatassem a esses fundos com projectos de concretização válidos e viáveis cujo prazo de apreciação não poderia exceder os três meses e que co-responsabilizaria, tanto os proponentes os como avaliadores que os houvessem considerado úteis e viáveis.
Quarta medida: - todo e qualquer cidadão que exercesse funções de gestão política no Estado não teria direito a quaisquer benesses especiais que não fossem as decorrentes dos vencimentos mensais que lhes houvessem sido fixados, não havendo lugar à atribuição de viaturas do Estado para serviço, nem público, nem privado, nem a quaisquer prémios ou subsídios de qualquer natureza sendo obrigatória a reposição de todos os valores que, por essa via, houvessem até à data recebido.
O trabalho seria livre como livres seriam quer as contratações quer os despedimentos, umas e outros devidamente fundamentados e responsabilizando os gestores que arbitrária e injustificadamente os fizessem, estabelecendo-se o regime do "incentive-pay" para quantos se distinguissem na execução dos seus labores, o qual só se manteria enquanto permanecesse o nível de qualidade que o houvesse determinado.
Servir o País seria um acto de abnegação patriótica e nunca uma forma de obtenção de elevados e injustificáveis proventos económicos e sociais através de indecorosas políticas de influência.
Concluindo: - o País, no seu todo e como Nação, consagrar-se-ia ao supremo esforço de superar os deficits causados pelas más gestões anteriores, restituindo-o à sua tradição histórica de Povo audacioso e verdadeiramente independente como o atestou aquela plêiade de marinheiros que se foram espalhando pelo Mundo
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