Julgava não mais vir a escrever 0 nome do ex-primeiro ministro no meu blog mas, infelizmente e perante a notícia que acabo de ler no meu “noticiário” da IOL e que adiante transcrevo, não posso deixar de o fazer.
Faço-o, no entanto, sem qualquer comentário, deixando para quem me leia a liberdade de o poder fazer e apenas lhe pedindo o especial favor de o fazer aqui.
Obrigado.
Segue a transcrição do texto:
“Governo de Sócrates apaga informação dos computadores
“Anterior Executivo limpa emails, contactos e discos rígidos na semana antes da tomada de posse da equipa de Passos Coelho
“PorRedacção
“2011-06-30 08:54
“Chegar ao trabalho e ter toda a informação do seu computador apagada. Foi isso que aconteceu aos funcionários dos gabinetes dos ministérios da Economia e Finanças na semana que antecedeu a tomada de posse do novo Governo, revela o jornal «i», na sua edição de quinta-feira.
“Citando um funcionário do gabinete do ministério de Teixeira dos Santos, o jornal escreve que o Executivo de José Sócrates mandou fazer «delete» nos computadores. Os trabalhadores perderam o histórico dos emails profissionais, a lista de contactos foi limpa e os discos rígidos esvaziados.
“A operação de limpeza foi executada pelo Ceger, entidade responsável pela gestão da rede informática do governo e depende da presidência do Conselho de Ministros.
“A rede informática do governo reúne toda a informação interministerial, em circuito restrito. Segundo o jornal, toda a informação foi apagada, com excepção da agenda do Conselho de Ministros.
“Nas Finanças, houve mesmo recolha física de computadores. Já na Economia, os computadores ficaram, mas os funcionários perderam o acesso à Internet durante dias.””
Um livro (in Wikipedia)
Confesso-me um pouco confuso e, sobretudo, quase falido da substância com que vinha alimentando ultimamente este blog: - a crítica política dos constantes desmandos do finado governo no que muito particularmente me ajudava a postura, sempre sapiente e arrogante, do “despedido” (pelo Povo, entenda-se) seu último chefe. Na verdade o “engenheiro” Sócrates quase que me faz falta!... “E esta heim”?, diria o saudoso Fernando Peça.
Bom, mas perante os factos e porque escrevinhar sempre me distrai, há que encontrar novas razões e, sobretudo, novas “motivações” para que este hábito em mim tão enraizado se não extinga.
Assim, e como há tempos fiz num restaurante onde me foi servida – a preço módico porque para mais não dariam as minhas já muito difíceis poupanças do trimestre – uma belíssima refeição acompanhada por um esmerado e atento serviço de mesa, tudo isto num modesto restaurante de bairro, no final chamei o empregado que me atendia e lhe pedi, perante o seu ar do mais completo espanto, o “Livro de Reclamações”.
- Não gostou… não estava bom? – perguntou-me ele então, entre o medroso e o perplexo.
- Pelo contrário – lhe respondi. Quero o livro para nele deixar descrita não só a belíssima qualidade da refeição que acabo de tomar, muitíssimo bem confeccionada e cuidadosamente apresentada, como também o esmerado a atento serviço com que o senhor ma proporcionou. - Sabe? - acrescentei, é que eu sou um dos que pensam que o “Livro de Reclamações” não foi criado para nele se escrever só o que está mal mas sim e também o que está bem, como é o caso…
E foi o que efectivamente fiz operante o estupefacto empregado ao qual se veio juntar depois o gerente do estabelecimento a quem este foi pedir o respectivo livro.
Ora, está a parecer-me é que será mais para dizer bem do governo, e, sobretudo, do seu primeiro responsável, cujo discurso de há muito venho acompanhando atentamente, que este blog irá ser usado no futuro.
Mas o que me está causando alguma apreensão é o facto de estar a sentir que é bem mais fácil “criticar” pela maledicência do que ter de fazê-lo pelos motivos contrários… Coisas, afinal, da democracia e da falta de jeito de quem, como eu, se arroga no direito de vir aqui escrever em público.
A quem me leia, desde já as minhas desculpas pelo que vier a acontecer.
Dr. Fernando Nobre
Assisti hoje, pesaroso, ao que é, de facto, a chamada actividade política quando aliada à esperteza e ao maior descaramento.
Passos Coelho, como líder incontestado do PSD apresentou, como lhe competia, o seu candidato à Presidência da Assembleia da República. Como acentuou o veterano António Costa, uma das mais legítimas vozes do PS, caberia aos deputados seguir a “praxe” e dar o seu “agreement” ao nome que viesse a ser proposto pelo líder do partido mais votado – o PSD. A alegada ignorância do exercício de tal cargo não colhe pois, com a capacidade de iniciativa que mundialmente lhe é reconhecida, Fernando Nobre muito em breve “aprenderia” a dirigir os trabalhos da Assembleia sendo pouco provável que viesse a ser chamado a substituir o Presidente da República embora tal hipótese não pudesse nem devesse nunca ser enjeitada à partida. Mas também para tais funções lhe reconheceríamos capacidade e mérito – a capacidade e o mérito dos que vão à luta e não se limitam a papaguear discursos ou distribuir beijinhos e promessas em feiras…
Passos Coelho, foi líder, foi homem, português e cumpriu.
Demonstrou-me claramente que é, de facto, o primeiro ministro que escolhi para o meu país. Lho agradeço daqui.
O que me entristece e me causa apreensão – devo dizê-lo – é o facto de se terem, quanto a mim, provado dois factos muitíssimos relevantes e a ter em conta para o difícil período que se aproxima:
1º - Que o PS anda à deriva e não se encontrou ainda após o terrível período que passou sob o pérfido comando de Sócrates;
2º - Que o CDS-PP não é parceiro fiável e que Passos Coelho deve manter-se atento a este seu aliado pois, como o Povo diz, “com amigos assim não precisará de inimigos”.
Competia ao CDS, mantida que fora durante a primeira votação a sua posição de recusa a Fernando Nobre, coerentemente por haver sido de há muito anunciada, dar a mão ao seu parceiro de coligação na segunda volta demonstrando-lhe, assim, que era, na verdade, um aliado de confiança.
Não o fazendo, demonstrou, e bem inequivocamente, precisamente o contrário: - Paulo Portas, que ainda não perdeu o seu jeito de redactor do finado “Independente” e de político de segunda linha, não é parceiro em quem se possa confiar.
Passos Coelho deve dedicar, pois e no futuro, muito do seu tempo à observação dos movimentos do seu Ministro dos Negócios Estrangeiros já que, quanto aos demais, lhes reconhecemos, "a priori", não só competência como muito principalmente carácter…
Os "Indignados"
Depois de alguns dias de interregno, volto aos meus insipientes escritos, agora já quase sem motivação endógeno política próxima para continuarem verificado que foi o afastamento do senhor José Sócrates Pinto de Sousa, não só do governo como dos órgãos directivos do partido, com destino à Sorbonne, em Paris.
Porém, começam a assustar-me estas manifestações pacíficas dos jovens “indignados” e, simultaneamente, lamento que a minha idade já me não permita juntar-me a elas como seria o meu desejo e isto porque bem julgo compreende-los e bem entender as causas do seu justo espírito de revolta!
Na realidade que reivindicam eles? Nada mais do que o futuro.
O seu futuro, ameaçado que o vêm pela tecnocracia da enraizada economia que se instalou no mundo onde diariamente e num estranhamente lícito jogo de “roleta”, a que se convencionou chamar de bolsa, com direito a noticiários diários em jornais e televisões, há enormes fortunas a mudar de dono e milhões de dólares ou de euros a correrem, “contra-corrente”, para o bolso dos que nada produzem e limitam o seu trabalho às estranhas lucubrações de como angariar para si, ao abrigo de leis de tão vil mercado que eles mesmos vão fabricando, os proventos suados do escassíssimo trabalho dos que ainda vão podendo ou querendo produzir.
A situação, porém, é, para mim, muito semelhante àquela que poderíamos observar num paiol de pólvora, neutro, sereno, arrumado e aparentemente morno e inofensivo mas onde uma pequena faísca, fortuitamente produzida por qualquer imprevisível acaso – e há tantos acasos que se vão tornando, de dia para dia, cada vez mais previsíveis! – fará detonar uma explosão de consequências tão terríveis, inimagináveis mesmo porque transvazará fronteiras naquela ferocíssima linguagem que sempre foi característica comum dos injustiçados, revoltados, esfomeados ou desiludidos quando, impotentes e em face de um crescente florescer de algumas minorias de privilegiados que, incólume e despudoradamente, vêm erguer-se à sua frente e a enganá-los com promessas de um futuro que já nem sequer vislumbram!
Mas, se assim é há séculos, porquê só agora o eclodir deste surdo – mas em tanto risco de se tornar troante – espírito de revolta?
A razão é simples e óbvia: - a cultura foi crescendo nos povos, o conhecimento foi sendo disseminado mais facilmente do que dantes se disseminava o trigo pelos campos e hoje, por mais voltas que alguns lhe queiram dar, o resultado aí está: - uma sociedade cada vez mais consciente e que se sente defraudada e onde, dia a dia, hora a hora, cada vez é mais latente um bem significativo espírito de revolta!...
Que Deus nos proteja do “tsunami” social que tanto temo se avizinhe…
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