Sexta-feira, 30 de Março de 2012

Sábio ensinamento…


Cada vez entendo menos a graça inteligente de um certo e mui destacado membro dos antigos “gatos fedorentos”.

 

Agora, pelo que me parece e julgo saber, desfeito o grupo que, na realidade, já federia um pouco – pelo menos aos meus sentidos olfativos – eis que o maioral se trasladou, noticiado com pompa e circunstância, para a rádio onde continua a brindar-nos com o seu humor finíssimo, subtil e tão inteligente que a minha embotada sensibilidade não percebe e o meu paupérrimo intelecto não alcança!

 

Agora dá-nos conta de uma gravação em DVD que, pelo que diz, mostrará ao mundo os diáfonos dedinhos da sua querida netinha a escarafunchar nos buraquinhos de uma tomada eléctrica talvez em busca de felicidade perdida (digo isto porque me parece uma frase bonita e que me parece estar bem de acordo com o elevado grau intelectual da família já que é de prever que a netinha não degenere e saia tão inteligente quanto o avozinho).

 

Um breve parentesis para louvar a Antena 1 e a TV que tão bem cuida dos seus ouvintes e telespectadores ao divulgar de forma tão subliminar quão inócua tão proveitoso ensinamento! Bem hajam… e… haja igualmente paciência…

 

Será que isto atenuará os efeitos da crise?

publicado por Júlio Moreno às 23:47
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“LA SEXALESCENCIA"

Como costumo dizer, “mão amiga” acaba de me enviar o texto que, a despeito de o ter já reenviado aos amigos que constam do meu livro de endereços, não quis deixar de o colocar aquí onde poderá vir a ser lido por outros. Trata-se, a meu ver, de um texto bem escrito, curioso e, sobretudo, oportuno e que muitas outras questões poderá deixar no ar.

Deixo-o, então, à Vossa consideração:

“LA SEXALESCENCIA
SI miramos con cuidado podemos detectar la aparición de una franja social que antes no existía: la gente que hoy tiene alrededor de sesenta años: - LA SEXALESCENCIA. Es una generación que ha echado fuera del idioma la palabra "sexagenario", porque sencillamente no tiene entre sus planes actuales la posibilidad de envejecer. Se trata de una verdadera novedad demográfica parecida a la aparición en su momento, de la "adolescencia", que también fue una franja social nueva que surgió a mediados del S. XX para dar identidad a una masa de niños desbordados, en cuerpos creciditos, que no sabían hasta entonces dónde meterse, ni cómo vestirse. - Este nuevo grupo humano que hoy ronda los sesenta o setenta, ha llevado una vida razonablemente satisfactoria. Son hombres y mujeres independientes que trabajan desde hace mucho tiempo y han logrado cambiar el significado tétrico que tanta literatura latinoamericana le dio durante décadas al concepto del trabajo. Lejos de las tristes oficinas de J.C. Onetti o Roberto Arlt, esta gente buscó y encontró hace mucho la actividad que más le gustaba y se ganó la vida con eso. Supuestamente debe ser por esto que se sienten plenos; algunos ni sueñan con jubilarse. - Los que ya se han jubilado disfrutan con plenitud de cada uno de sus días sin temores al ocio o a la soledad, crecen desde adentro en uno y en la otra.Disfrutan el ocio, porque después de años de trabajo, crianza de hijos, carencias, desvelos y sucesos fortuitos bien vale mirar el mar con la mente vacía o ver volar una paloma desde el 5º piso del departamento. - Dentro de ese universo de personas saludables, curiosas y activas, la mujer tiene un papel rutilante. Ella trae décadas de experiencia de hacer su voluntad, cuando sus madres sólo podían obedecer y de ocupar lugares en la sociedad que sus madres ni habrían soñado con ocupar. Esta mujer sexalescente pudo sobrevir a la borrachera de poder que le dio el feminismo de los 60′, en aquellos momentos de su juventud en los que los cambios eran tantos, pudo detenerse a reflexionar qué quería en realidad. Algunas se fueron a vivir solas, otras estudiaron carreras que siempre habían sido exclusivamente masculinas, otras eligieron tener hijos, otras eligieron no tenerlos, fueron periodistas, atletas o crearon su propio "YO,S.A.".Pero cada una hizo su voluntad.
Reconozcamos que no fue un asunto fácil y todavía lo van diseñando cotidianamente. - Pero algunas cosas ya pueden darse por sabidas, por ejemplo que no son personas detenidas en el tiempo; la gente de "sesenta o setenta"", hombres y mujeres, maneja la compu como si lo hubiera hecho toda la vida. Se escriben, y se ven, con los hijos que están lejos y hasta se olvidan del viejo teléfono para contactar a sus amigos y les escriben un e-mail con sus ideas y vivencias. Por lo general están satisfechos de su estado civil y si no lo están, no se conforman y procuran cambiarlo. Raramente se deshacen en un llanto sentimental. A diferencia de los jóvenes; los sexalescentes conocen y ponderan todos los riesgos. Nadie se pone a llorar cuando pierde: sólo reflexiona, toma nota, a lo sumo… y a otra cosa. - La gente mayor comparte la devoción por la juventud y sus formas superlativas, casi insolentes de belleza, pero no se sienten en retirada. Compiten de otra forma, cultivan su propio estilo… - Ellos, los varones no envidian la apariencia de jóvenes astros del deporte, o de los que lucen un traje Armani, ni ellas, las mujeres, sueñan con tener la figura tuneada de una vedette. En lugar de eso saben de la importancia de una mirada cómplice, de una frase inteligente o de una sonrisa iluminada por la experiencia. - Hoy la gente de 60, 70.... y más, como es su costumbre, está estrenando una edad que todavía NO TIENE NOMBRE, antes los de esa edad eran viejos y hoy ya no lo son, hoy están plenos física e intelectualmente, recuerdan la juventud, pero sin nostalgias, porque la juventud también está llena de caídas y nostalgias y ellos lo saben. Hoy la gente de 60 , 70 ... y más, celebra el Sol cada mañana y sonríe para sí misma muy a menudo… Quizás por alguna razón secreta que sólo saben y sabrán los del siglo XXI. - Nota: Por favor, no te lo guardes; pásalo. Está buenísimo.
"Aprende a obsequiar tu ausencia,
a quien no aprecia tu presencia."
Un saludo a todos, en especial a los Sexalescentes.””

À bientôt…

publicado por Júlio Moreno às 21:15
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Segunda-feira, 19 de Março de 2012

Fiquei perplexo e para meu grande espanto…

Como digo no título deste meu “post” e para meu grande espanto, acabo de ver o novo secretário geral da CGTP a tentar convencer os trabalhadores, que muito provavelmente irão, e em grande número, vacilar na projectada adesão à “greve geral”, de que a perda do seu dia de salário no próximo dia 22, deverá ser por todos considerada como um “investimento” em não sei quê que não cheguei a entender de tal modo me revoltou a desfaçatez do senhor com tal discurso!

 

Com que então trata-se de um “investimento”? Quais e quantos serão os papalvos que irão acreditar nisso quando se virem, no final do mês,sem umas dezenas de euros dentro dos seus bolsos e, muito provavelmente, cidadãos de um País pelas suas mãos mais empobrecido?

 

É que o alegado investimento, a verificar-se a greve com a adesão que esse senhor e o seu patrão desejariam (e o partido não se cansa de proclamar que assim será!) irá necessariamente provocar ao país, cuja economia se encontra – como é consabido – particularmente  florescente (!) , um prejuizo de milhões e milhõesde euros que todos pagaremos para contento e satisfação de quem nada tendo a perder mais não pretenderá do que a “bagunça”e o regresso ao saudoso tempo de Lenine ou Estaline, assassino condenado pela história e cujo percurso ideológioco e político só agora começa a ser verdadeiramente conhecido.

 

Tenham ao menos a hombridade de o confessar e talvez o “à vante” se venha a transformar num “à ré” sem remissão… É que, se calhar, de tanto martelarem e sem que tivessem dado conta disso, a vossa foice foi-se…  

 

Nem de propósito, acabo de ver na TV uma reportagem da Suiça que refere que os suiços não querem as “regalias” das seis semans de férias, das 35 horas semanais de trabalho tão pretendidas pelos sindicatos, em vez das actuais 42 , e recusam mesmo a baixa dos impostos que actualmente pagam,pois, fazendo contas, chegaram à conclusão de que isso  os levaria à perda de competividade e esta ao desemprego e à diminuição do nível de vida que usufruem, coisa que eles querem preservar a todo o custo já que, sendo pequenos em tamanho se têm demonstrado grandes em discernimento, sabendo muito bem que só o trabalho e a produtividade, que nunca a reivindicação, demagógica, inoportuna e puramente doutrinária a par da ociosidade do maravilhoso mundo que lhes prometem, perigosamente miúpe e sem regras, lhes poderá garantir a vida que hoje levam, uma das mais prósperas do mundo.

 

Outros comentários!... Para quê?

publicado por Júlio Moreno às 22:24
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Sexta-feira, 16 de Março de 2012

Uma história verdadeira

Estavamos no ano de 1961 e eu acabara de ser colocado no comando de uma Secção Rural da Guarda Nacional Republicana aqui no Norte, tinha eu vinte e cinco anos, quando, cansado de uma longa jornada de ronda aos postos feita num “Land Rover” que desfazia os tímpanos a qualquer um, seriam umas oito e meia, nove horas da noite cheguei à sede da Secção onde me esperava a primeira surpresa das muitas que, desde já, me proponho vir aqui contar e que, nalguns casos, poderão até fazer sorrir quem tiver a amabilidade e a paciência de me aturar.

Com efeito, esperava-me um jóvem casal que se recusara a ser atendido pelo sargento comandante do posto-sede pois, como alegara ao plantão de serviço, só comigo pretendia falar. A rapariga era um mar de lágrimas e o rapaz um mar de sangue que lhe escorria da cabeça e manchava completamente roupas que tinha vestidas e rasgadas. Sumariamente informado de que fora um cunhado que o agredira à navalhada por uma qualquer futilidade que já não recordo mas que, por vezes, têm o condão de incendiar os ânimos fazendo que que a fúria do momento, sobrepondo-se à razão, seja a causa de verdadeiras tragédias, depois de ter providenciado o envio do ferido ao Hospital para receber tratamento e informado sobre o local onde poderia encontrar o tal cunhado, voltei a entrar no “Land Rover”, acompanhado por uma patrulha – dois elementos da guarda, para quem o desconheça – desloquei-me ao lugar indicado que ficava longe, no meio da serra e em local que só a cavalo podia atingir-se.

Era um pequeno lugar isolado e, dado o adiantado da noite, cerrada e sem lua – seriam talvez umas dez e meia pelo que só o ladrar dos cães denunciava a existência de qualquer vida ali -  e à porta da taberna, acabada de fechar já que o proprietário deveria ter pensado que a Guarda viera para o fiscalizar, um reduzido número de retardatários conversavam em voz baixa com as pontas dos cigarros que fumavam rebrilhando de vez em quando.

Nada, ninguém vira o “cunhado” agressor e em sua casa, que me indicaram, uma velhota, que apareceu à janela, disse-me não ter voltado ainda nem saber do seu paradeiro e que, se fosse esse o meu desejo, me franquearia a entrada para poder revistar a casa. Recusada a oferta, fizemos outra tentativa junto de outro pequeno grupo que, entretanto, aparecera a indagar do sucedido pois a Guarda, àquela hora e em tão elevado número, eu e os dois elementos da patrulha já que o condutor ficara junto da viatura, deveria ser coisa rara ali.

Regressado à Secção, gorada que fora a expedita diligência que intentara, lá me esperava o jóvem casal com o rapaz já coberto de ligaduras, rosto incluido.

Uma coisa, porém, chamou a minha atenção: - a rapariga, essa, não era a mesma!

Claro que não. Não era nem poderia ser pois o casal que eu julgara ser o que já tinha visto, esse ainda não regressara do Hospital, e o que estava ali, na minha frente, era precisamente o formado pela irmã e pelo tal “cunhado agressor" que eu em vão procurara…

É que o primeiro preferira vir directamente à Guarda para apresentar a sua queixa, mesmo antes de ter ido receber tratamento, pretendendo, assim, fazer-nos crer que a razão estava do seu lado…  O outro fora primeiro ao Hospital…

Tinham-se agredido mutuamente usando canivetes cujas lâminas estavam entaladas entre os dedos dos punhos cerrados e com os quais se socaram!... Se não estou em erro tinham cerca de trinta e tal golpes cada um…

publicado por Júlio Moreno às 18:53
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Há que ter cuidado com esse senhor…

Que eu saiba, já é a segunda vez, num relativamente curto espaço de tempo, que o “intrépido” estratega do 25 de Abril, que tão bem soube atraiçoar o homem que lhe deu o espaço necessário a revelar-se como militar, o marechal António de Spínola, vem a público dar um arzinho da sua graça apelando à necessidade de intervenção das Forças Armadas para derrubar o governo democraticamente eleito, como tanto quis outrora e porque agora talvez já lhe não convenha tanto! Pequenos cortes nas reformas…

Mas que esse senhor fale, berre ou barafuste pouco me interessa hoje - já que tempos houve em que me interessou e muito…

Adiante, porém, que isso são coisas de só gosto de me lembrar aos fins de semana e hoje é quarta-feira…

O verdadeiro problema é que alguns “comunicadores sociais”, grande parte revelando, como ele, um muito medíocre  discernimento a par de uma deficiente e deformada formação cívica, em descobrindo alguma coisa susceptível de agitar a opinião pública e, quiçá mesmo, de “levantar” o povo, hoje obviamente carente e dorido, alguma coisa susceptível de fazer com que se vendam mais jornais ou se aumentem as audiências, logo se apressam a dar-lhe eco e, insensíveis às potencialmente gravas consequências, a agarram, não largando mais - tal como fazia a minha saudosa cadela boxer que preferia deixar-se ficar dependurada  e a espernear no ar,do que largar o trapo de eu lhe estendera, que abocanhara e que teimava em não largar - com tudo criando um clima talvez propício a uma generalizada insurreição nacional, um e outros integrando, tanto quanto julgo saber, as situações previstas e tipificadas como crimes previstos e punidos no Código Penal Portugês, Secção II, artigos 297º e seguintes, nomeadamente o art. 330º e demais legislação correlativa.

Que o País fique alerta e tome na devida conta estes pequenos sinais que, em tempo de crise como a que estoicamente vivemos sempre vão surgindo das mais variadas proveniências e com os mais inconfessáveis propósitos.

publicado por Júlio Moreno às 17:09
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Segunda-feira, 12 de Março de 2012

O golf

Quando hoje vejo e ouço, na televisão, notícias sobre o golf não posso evitar que muito estranhas e contraditórias sensações se apoderem do meu espírito e que, ao mesmo tempo que algumas muito me alegrem, outras causem na minha alma uma certa sensação de inexplicável tristeza e de uma infinita saudade! Passo a explicar:

Desde menino que ouço falar e me habituei ao golf, desporto que meu pai praticava e bem, e ao qual eu próprio também dava um jeito usando os “ferros” do meu pai - com parte do taco debaixo do braço e agarrando-o pelo meio já que qualquer deles era demasiado longo para a altura dos meus quatro anos! Era assim que eu brincava ao golf até que meu pai me supreendeu com a oferta de um pequeno saco com um mini “set” (Parshot) o que já me permitia jogar como devia ser e com o qual cheguei mesmo a realizar algumas proezas.

Meu pai, como já aqui tenho referido, sendo médico em Vidago, usufruia do raro privilégio, que a Empresa das Águas Vidago, Melgaço & Pedras Salgadas lhe concedia, de poder jogar golf durante todo o ano num campo que, para efeitos oficiais, só estava “aberto” durante os meses da época balnear, isto é, nos meses de verão, desde Junho a Outubro quando Vidago se enchia com centenas de aquistas que, na sua maior parte não jogando golfe, não se coibiam de ir diariamente ver jogar, passeando através do frondoso e ameno parque que unia as fontes números um e dois e terminava junto do campo, precisamente junto do “tiger tee” da segunda volta já que, sendo o campo apenas de nove buracos, era necessário efectuar duas voltas – saindo de “tees” diferentes – para se completarem os consagrados dezoito dos campos normais e utilizados em competição.

Recordo que era em finais de Maio que a relva era convenientemente cortada e especialmente preparados os “greens” (no inverno eram os grandes rebanhos de ovelhas que, com inusitada mestria o iam fazendo), que era limpo o ribeiro que atravessava a zona baixa do campo (dividido em duas partes completamente distintas estendendo-se, uma, sensivelmente ao nível do parque, os “greens” 1, 6, 7, 8 e 9, e a outra, subindo serra acima, com os “fairways” 2, 3, 4 e 5, numa zona onde se ouvia o característico e saudável ruído da brisa penteando os pinheiros do cerrado pinhal e que até nós trazia aquele odor tão lavado e característico dos pinhais de então e hoje praticamente inexistente tal é a poluição que os rodeia!, para voltar a descer ao nível baixo que antes referi através do “fairway” 5, caprichoso pela dificuldade que apresentava e que, qual cascata viva, permitia desfrutar duma larga vista panorâmica do vale que se estendia até à linha do caminho de ferro que passava mesmo ao lado da casa onde morávamos). Era então que igualmente se colocava a componente metálica dos buracos e as respectivas bandeiras e os torniquetes de rega que, à tardinha, não raro davam grandes banhos aos jogadores menos previdentes.

Era, por esses dias, o golf considerado um desporto de elite, praticado só por classes abastadas ou de uma certa posição social – o que sempre me pareceu, além de muito injusta consideração, ser uma falsa desculpa dada por quantos achavam que era um desporto “chato” onde se faziam quilómetros e quilómetros a correr atrás de uma bolinha, à qual se ia dando pancadinhas aqui e além até a conseguir meter dentro de um buraquinho!  e isto porque via outros, muito mais caros do que o golf (o automobilismo, o tiro, o ténis e até o próprio cliclismo, etc.) não serem tão criticados e vilipendiados por uma certa opinão pública e para a qual talvez só houvesse um desporto relevante neste mundo: o futebol!

Hoje, porém, e sem se ter tornado – e felizmente!, um desporto de “massas, o golf surje-nos agradavelmente “democratizado” e praticado por um número cada vez mais apreciável de praticantes e jóvens na sua maioria. Saudável e proporcionando um completíssimo exercício físico, é o golf o tipo único de desporto que pode ser praticado em qualquer idade muito embora me pareça que se começará já a exagerar um tanto nos preços a pagar para se ser sócio da maior parte dos clubes.

Sem nunca ter sido o que se possa considerar um bom jogador, tenho consciência de ter atingido aquele nível médio que já começará a satisfazer o ego, sempre inconformado, dos amantes deste tipo de desporto tendo tido a felicidade de jogar na maior parte dos campos de golf existentes ao tempo no País e Ilhas sendo mesmo sócio de alguns deles, nomeadamente do Estoril-Sol e do Lisbon Sports Club, este último em Belas.

Voltarei a este assunto um dia destes pois participei, fui testemunha e ouvi contar alguns episódios dignos de serem recordados… 

publicado por Júlio Moreno às 18:46
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Sábado, 10 de Março de 2012

Um “porquê” que grande perplexidade me vem provocando

Na verdade o “porquê – dentre inúmeros outros “porquês” – que, ao longo da minha agora madura existência - dantes nem “tempo tinha para pensar nisso! - me vem preocupando é o “porquê” de eu ter nascido “eu”!

Penso que não errarei muito se afirmar que, desde que o mundo é mundo e o homem existe e pensa – grande Descartes! - já muitos homens se puseram a si próprios esta questão, tal como eu agora, sem a valorarem ao ponto de sobre ela – que eu saiba! – terem discorrido ou preocupado muito.

Na verdade, o facto de cada um de nós ter nascido “ele mesmo” não me parece que tenha preocupado muito a humanidade ao ponto de os ditos fiolósofos, mesmo os gregos, sobre esta questão se terem debruçado muito, escrutinando-a o mais possível e procurando, para ela, que parece ser bem simples,  uma resposta concreta se resposta concreta existe para lhe  dar.

Se eu, porventura, a fizesse a duas pessoas dadas a estas coisas, responder-me-ia o cientista físico que, de um acto de procriação estabelecido pela mãe-natureza – acho que aqui deveria escrever-se “Natureza” com maiúscula – e mercê do encontro de dois elementos extremamente complexos e curiosos, um óvulo e um espermatozoide mais persistente ou com mais sorte, ter-se-á formado um embrião que passou a feto indiferenciável, depois a nascituro com sexo reconhecível, até que, finalmente, libertando-se das ligações materiais e físicas que o prendiam ao ventre materno, veio a este mundo encher pela primeira vez os então ainda virgens pulmões com o ar que terá de respirar durante toda a vida para mantê-la e que muito pouco variável poderá ser nos elementos essenciais que entram na sua composição; já o metafísico já me daria uma resposta diferente, se não na sua composição fundamental, pelo menos no que toca às origens e finalidades dessa nova existência alicerçando convictamente as suas afirmações nos dogmas da sua própria formação.

Todavia, o que nem um nem outro me teriam respondido seria à pergunta inicialmente formulada: - “porquê eu”?

Ora, parece-me bem que é precisamente esta questão que, sem que o saibam, vem desde há muito sendo explorada pelos videntes, cartomantes, astrólogos e outros que se arrogam no poder – ou ciência, segundo os mais convictos afirmam - de “ver” nos astros ou nas cartas o nosso futuro de vida, os nossos receios e anseios, as nossas vitórias e derrotas, em suma: - o nosso destino.

Será que não obterei nunca a resposta que ora busco?

publicado por Júlio Moreno às 20:08
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