Retirado da propaganda-oferta do "GRUPON" que todos os dias "inunda" o meu correio (infelizmente não o meu estômago)!:
"A variedade gastronómica do Porto é grande: tripas à moda do Porto, bifanas fatiadas no pão e os deliciosos e irreplicáveis croissants. Mas há uma que se destaca: a francesinha. A invenção da iguaria está atribuída a Daniel David Silva, um imigrante em França que decidiu reiventar a tosta francesa ao estilo português."
Cresci, poderei dizê-lo hoje. pensando que os Estados Unidos eram o País mais maravilhoso do mundo isto não obstante os Al Capones que por lá havia mas que eu sempre considerei ser a natural aberração que existem em todas as coisas viventes!
Li e reli toda a história daquele p´Povo que idolatrava - influência, por certo, das grandiosas produções de Hollywood e da extraordinária beleza e comodidade dos seus carros que, por cá, só os ricos tinham e a prova disso é que, já homem, chefe de família e com outras responsabilidades que não valará a pena recordar aqui, não resisti à tentação de eu mesmo possuir um, comodíssimo, silencioso e tão espaçoso que me permitia libertar a prole no banco de trás sem qualquer receio - era só de duas portas - mas que fazia a gracinha de gastar um depósito de combustível - 55 litros - numa ida e vinda de Guimarães ao Porto num total de pouco mais do que 150 Km., isto contando com as voltinhas que por lá dava.
Fascinavam-me figuras como Washington, Lincoln e, mais, recentemente Rosevelt, Eisenhower e Kennedy. Com avidez procurava as biografias dos generais Mac Arthur e Paton cujas carreiras militares segui com confessada inveja.
Pulei de contentamento quando o Presidente Obama foi eleito e, mesmo conhecedor dos KKK e do que alguns conservadores faziam no Congresso e do modo como certas fortunas foram fabricadas, acreditava no Povo, na sua organização e no seu querer democrático e com as classes sociais apenas definidas pelo mérito e pela honestidade e não pelo nascimento e pela ilicitude, fui seguindo a sua promissora e aliciante carreira por ver que os States continuavam sendo o que eu um dia sonhara!
O primeiro sinal de alarme surgiu-me quando li "As vinhas da Ira" de John Steinbek e tive a infelicidade de ver emigrar para lá uma família de quem gostava e que gostava, sobretudo, de que, não obstante a distância que nos separava, continuasse minha amiga...o que, felizmente se veio a verificar...
Foi o destino que quis, porém, que as relações que julgara quase perdidas por distantes que se mostravam, de súbito de reavivassem e de uma forma que nunca teria podido imaginar.
Comecei então a conhecer os verdadeiros States as as autênticas barbárias que por lá eram cometidas em nome da civilização e do pseuso bem estar que só alguns haviam comquistado! Umn documentário que passou aqui na nossa televisão mostrou-me Detroit, a meca da indústra automóvel, como uma cidade fantasma, parcialmente em ruinas, deserta e com as paredes imundas cobertas de grafitis conspurcantes e bem reveladores de uma mentalidade vazia, descrente, vencida, drogada e bem diversa daquela que eu um dia imaginara.
Não queria acreditar. Porém o testemunho insuspeito de alguém a quem confiaria a propria vida veio mostrar-me que quem não tem dinheiro morre na via púbica porque os hospitais se recusam as recebê-los, que os exames médicos, sejam eles urgentes ou não, são avaliadas e decididos em ultma instancia por burocratas de secretária que, representando as suas seguradoras, decidem se o doente pode ou não fazer o exame médico, a intervenção cirúrgica ou beneficiar do internamento de que carece pois a saúde é medida pelo "deve e hever" das contas das seguradoras que por toda a parte polulam no fértil manancial de negócios escuros que o Congresso lhes permite.
O presidente Obama quis e quer acabar com isso e confio em Deus que neste segundo mandato conseguirá o seu desiderato e exterminará as ratazanas que, como Romney, tudo tentam para não perder os privilégios de que desde sempre e perante a passividade do Povo vêm usufruindo.
"God save Anérica" e Barak Obama consiga terminar os fins a que se propôs, vencendo esses mormons que nunca ninguém soube verdadeiramente o que eram, para onde iam e o que, na verdade querem!
Mão amiga, como me acostumei a dizer, mandou-me o texto que segue e, porque achei graça perante tanta euforia com a economia brasileira, não resisti a transcrevê-lo. Aqui vai ele:
"Eu tomo um remédio para controlar a pressão.
Cada dia que vou comprar o dito cujo, o preço aumenta.
Controlar a pressão é mole.
Quero ver é controlar o preção.
Tô sofrendo de preção alto.
O médico mandou cortar o sal.
Comecei cortando o médico, já que a consulta era salgada demais.
Para piorar, acho que tô ficando meio esquizofrênico. Sério!
Não sei mais o que é real.
Principalmente, quando abro a carteira ou pego extrato no banco..
Não tem mais um Real.
Sem falar na minha esclerose precoce.
Comecei a esquecer as coisas:
Sabe aquele carro? Esquece!
Aquela viagem? Esquece!
Tudo o que o presidente prometeu? Esquece!
Podem dizer que sou hipocondríaco, mas acho que tô igual ao meu time: - nas últimas.
Bem, e o que dizer do carioca?
Já nem liga mais pra bala perdida...
Entra por um ouvido e sai pelo outro.
Faz diferença...
"A diferença entre o Brasil e a República Checa é que a República Checa tem o governo em Praga e o Brasil tem essa praga no governo"
Luiz Fernando Veríssimo
"Não tem nada pior do que ser hipocondríaco num país que não tem remédio" ""
Curioso, não é?
É quase um pesadelo quando chego ao sábado à tarde e a TV perfila ante os meus olhos toda a sua execrável panóplia de filmes que, para além de serem autênticos disparates só passíveis de se terem criado e desenvolvido em mentes doentias – mas ávidas do dinheiro que tais diatribes lhes renderão, isto porque não acredito que todos os realizadores sejam loucos – se perfila no canal “Cinema”, desde sempre um dos meus preferidos.
As histórias inverosímeis, paridas por loucos, executadas por peritos em artes marciais e alguns actores que dantes eu reputaria de sérios, vomitam nojo a cada cena escabrosa que executam e onde a apologia da violência sustentada nos mais ilógicos raciocínios é sempre o tema dominante!
Fantasmas, coisas demoníacas, sangue, sujidade mental e física e uma bravura pseudo temática que, se para mim e muitos como eu, sempre nos passou ao lado, é bem susceptível de encorajar crianças ou semi-adultos, homenzinhos que se julgam gente, a imitar o que vêm e a cometerem dissimuladamente e no secretismo do seu quotidiano as cenas mais violentas que viram, mais os marcaram e subliminarmente neles se formaram.
Censura? Não. De forma alguma! Apenas cultura, sensibilidade e civismo seria o mínimo expectável por parte dos responsáveis pelas tardes de cinema nas TVs de sábado à tarde.
E uma das escolas do crime aí está, pois, a criminalidade é, em grande parte, fomentada pela tristíssima mediocridade dos filmes que a TV hoje nos oferece.
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