De facto, não consigo resistir a transcrever aqui dois e-mails que recebi e que reflectem como que a antítese um do outro e o verdadeiro "estado" que se vive e vivia neste País.
Peço-lhes que reflictam um pouco no que vão ler e deixem os Vossos sempre bem-vindos comentários - tão raros como os euros nos dias que vão correndo:
1º E-mail:
"Esta é a última história portuguesa que se tornou viral nas redes sociais.
A própria Polícia de Segurança Pública partilhou online, embora não identifique o autor do testemunho nem os agentes envolvidos neste caso dramático que está a comover Portugal.
Em determinado momento durante a semana que está a terminar, foi a policia solicitada para um supermercado sito na cidade do Porto. Chegados ao dito supermercado, foram os elementos policiais informados pelo vigilante do estabelecimento que determinada pessoa tinha sido travada à saída na posse de artigos furtados.
Questionado sobre a tipologia dos artigos furtados, a gerente do supermercado e o vigilante referiram tratar-se de 4 iogurtes, 6 pães e 2 pacotes de leite. Os agentes, dirigiram-se então ao autor do ilícito e este, a chorar compulsivamente, lá foi dizendo que tanto ele como a esposa, estão desempregados, têm 2 crianças em casa e nem leite tinha para lhes dar. Este acto, visava apenas levar pão à boca dos seus filhos que ainda não tinham comido nada durante todo o dia.
De volta à gerente, esta, depois de passar os artigos pela caixa lá mostrou o talão, com um valor monetário pouco acima dos 4 euros.
Nesse momento, o agente, tirou dinheiro do bolso, perguntou se a casa aceitava o pagamento e após este ter sido efectuado ainda questionou se pretendiam procedimento criminal.
Uma vez que os artigos estavam pagos e nada mais restava a fazer, foi o autor do furto chamado à parte, onde lavado em lágrimas, ouviu o conselho de que pedir não é crime, pedir é ser humilde e que se for detido, com toda a certeza, não vai conseguir levar seja o que for para a boca dos filhos. Não volte a furtar mais nada pois para a próxima pode não ter a sorte que teve hoje. De seguida mandou-o embora com os iogurtes, o pão e o leite.
Existem Homens assim nestas fileiras que dia após dia, noite após noite presenciam homens, mulheres e crianças com fome, sem nada para comer, que o último recurso é pedir ou furtar.
Note-se que não estou a falar de criminosos, de delinquentes que passam os seus dias a mandriar, a viver à custa de RSI, estou a falar de pessoas de bem, que sempre trabalharam, sempre pagaram os seus impostos e que agora se vêem privados de tudo e incapazes sequer de alimentar os seus filhos.
Se achas que a atitude deste agente é louvável, partilha a história.""
2º E-mail:
"HÁ SUBSÍDIOS PARA TOURADAS
Isto realmente ronda o escândalo! No passado dia 21/03/2012 foi publicada no Diário da República a lista dos subsídios atribuídos pelo IFAP no 2.ºsemestre de 2011, tal como se havia publicado a listagem relativa ao 1.º semestre de 2011 no dia 26/09/2011. No ano de 2011 o IFAP atribuiu subsídios no valor de €9.823.004,34 às empresas e membros das famílias da tauromaquia : Ortigão Costa- 1.236.214,63 € Lupi - 980.437,77 € Passanha - 735.847,05 € Palha - 772.579,22 € Ribeiro Telles - 472.777,55 € Câmara - 915.637,78 € Veiga Teixeira - 635.390,94 € Freixo - 568.929,14 € Cunhal Patrício - 172.798,71 € Brito Paes - 441.838,32 € Pinheiro Caldeira - 125.467,45 € Dias Coutinho - 389.712,42 € Cortes de Moura - 313.676,87 € Rego Botelho - 420.673,80 € Cardoso Charrua - 80.759,12 € Romão Moura - 248.378,56 € Brito Vinhas - 53.686,78 € Romão Tenório - 283.173,89 € Sousa Cabral - 318.257,79 € Varela Crujo - 188.957,35 € Assunção Coimbra - 330.789,44 € Murteira - 137.019,76 € Andam os canis municipais a matar cães e gatos porque não têm mais espaço para os acolher e há 10 milhões de euros aplicados na tourada só no ano de 2011?
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Gostaria de ver os membros do Partido Socialista - mormente os ora deputados que tão bem falam e os que foram antes membros do governo, que, muito logicamente, terão muito mais culpas dos que os restantes – terem a hombridade de fazer, neste momento difícil que o País atravessa, o “mea culpa” que a todos eles se impõe (assim como todos os do PSD e CDS-PP que prevaricaram) e de, simultâneamente, ver que lhes era aplicada uma justiça verdadeiramente justa e actuante que se não deixasse enredar por textos complexos, propositadamente nebulosos ou omisssos e, na realidade, compactuantes com os descalabros feitos por quem desde Abril de 1974, nos tem governado e, paulatinamente conduzido, por imcompetência manifesta ou, o que será bem pior, com manifesta intencionalidade, à situação em que hoje a imensa maioria do Povo português se encontra, isto enquanto os responsáveis abrem fundações, dizem em público algumas larachas, autênticos desconchavos, ou ainda, o que será bem mais grave, covardemente se afastam do país que tosquiaram e buscam, com o que ilegitimamente auferiram, beneficiando das leis que, com descarada reserva mental para si mesmos criaram assim acautelando o porvir e que agora, apoiando-se em advogados hábeis mas muito pouco escrupulosos e por uma Justiça verdadeiramente cega – apenas porque tavez lhe não convenha ver! – estão certos da sua impunidade pouco lhes importando o que o Povo deles fale dizendo do mau juízo moral que deles faça.
Paralelamente vemos no Parlamento, auferindo chorudos salários que todos nós somos forçados a pagar, para além do dobro dos deputados de que a Nação democráticamente necessitaria, alguns grupelhos “do contra” que, sem voto “útil” em qualquer matéria, apenas contribuem para a balbúrdia e para a confusão que sempre conseguem instalar em torno da mais simples e mais irrelevante das questões em que o Parlamento se enreda e assim vai fazendo decorrer as suas penosas e fastidiosas sessões e onde a qualquer maioria não valerá a pena afirmar que dois e dois são quatro pois outros haverá sempre a insistir que não e que serão vinte e dois tão diferentes e distantes do que é palpável e real se encontrarão as ópticas por que uns e outros observarão a mesma realidade.
E é neste ambiente democraticamente parlamentar que comparo certos partidos àqueles cachorros pequeninos, atrevidos e embirrentos que ladram esganiçadamente a tudo e a todos, por tudo e por nada, mas que sempre fogem, ganindo, para o colo das mamãs – há senhoras que os ostentan como se berloques fossem – daí rosnando ainda, “corajosamente” e às vezes mesmo a quem os assustou mas sempre auto-convencidos de que a razão lhes assistirá e o direito ao “osso” lhes pertencerá.
Mas o País e o seu Povo, esses sofrem. Esses que, em boa verdade, não só deveriam ganir como até gritar alto e em bom som todo o seu desengano e a imerecida penúria a que os politiqueiros de profissão que, ao longo destas três décadas e sem quaisquer rebuços de consciência, se foram formando e governando até chegarmos ao ponto em que nos encontramos, com um quarto da população activa desempregada, os campos abandonados, as pescas destruidas e a viver hoje, nós que fomos os primeiros dentre os primeiros, à custa de esmolas dessa famigerada Europa que bem soube enfeitiçar os ingénuos interesseiros que nos governaram e continuam a governar desde esse celebrado dia de Abril.
E que lindo seria que soubessem fazer a “mea culpa”! E que lufada de ar fresco nos chegaria então ajudando-nos a suportar esta dita mole livres que nos vimos da velha ditadura...
Todos sabemos que há datas com conotações que mais apetecerá esquecer do que lembrar, como seria o caso deste 11 de Março que hoje se passa e nos recorda a inventona post-revolucionária atribuída ao então General António de Spínola, a quem tive a honra de servir, e que terá sido um dos acontecimentos que, relacionáveis com outros factos não menos aleivosos como intencional e mentirosamente perpetrados me levaram, um ano após a revolução dita dos cravos, ao involuntário recolhimento em Caxias onde frequentei um rápido cursilho de democracia de ocasião.
Todavia este 11 de Março recorda-me, e sempre me fará recordar enquanto viver, o teu aniversário que sempre comemorámos discretamente e em família como era de teu gosto e vontade.
Não te esqueci, como nunca te poderia ter esquecido, Mãe; e daqui, deste lugar solitário onde me encontro, estejas tu onde estiveres – que eu bem sei onde será, rodeada de anjos e junto dos teus melhores – te aperto contra o coração e beijo a tua fronte como tantas e tantas vezes o fiz...
Descansa em paz, Mãe, e uma vez mais os meus parabéns pelo dia do teu aniversário que se perpetuará em toda a minha eternidade. Em breve nos voltaremos a encontrar, assim como ao Pai, cujo aniversário era vinte dias depois, a 31, e logo a seguir o meu próprio, quase por engano já que é um dia depois do dia dos enganos...
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