Domingo, 28 de Abril de 2013

A crise, o Congresso do PS e as três medidas salvadoras do País

Incentivado por um dos comentários que alguém teve a bondade de fazer a um dos meus últimos escritos, cá estou de novo a distrair quem, porventura, tenha paciência e disponha de tempo para ler o que aqui vou escrevendo. Desta vez, por me parecer actual e bem a propósito, permitir-me-ei comentar aqui o que para mim decorre do Congresso do PS em Santa Maria da Feira e do incidente verificado com as afirmações de um certo deputado que, no calor da luta política, não terá sabido conter-se, como seria sua obrigação, e ser mais comedido na linguagem utilizada para se referir ao Presidente da República.

 

Assim:

 

Muito me surpreendeu o PS e António José Seguro ao apresentar agora, no seu discurso de encerramento do Congresso e como quem tira da manga o “Ás” de trunfo, de uma forma tão clara quão desinibida,  as três grandes medidas que encontrou para solucionar a crise e que só agora revela ao País a despeito de, para o efeito, já repetidamente haver sido solicitado pelo Chefe do Governo, Passos Coelho.

 

Na verdade, estas medidas de Seguro, a serem efectivamente parte da solução da crise com a qual Portugal se debate – criada pelo seu Partido e pelo recém-regressado Sócrates e companhia  -  o que está bem longe de se poder considerar provado e que carece, sem dúvida alguma, de uma profunda, se bem que rápida, análise – estas medidas só neste momento reveladas parece consubstanciarem, se não muito mais do que isso, uma “perrice” de instrução primária do género:  - “eu sei o segredo, eu sei... mas não digo¸só se me deres um chocolate!”...

 

Governar um País ou sentar-se na AR como deputado não são jogos de criança!

 

São coisas muito sérias e é para trabalharem em prol da Nação, como apoiantes ou na oposição ao Governo, que o Povo “paga” aos senhores deputados e “lhes garante reformas principescas”, bastante mais da marca, além de, como vem sendo hábito, lugares chorudamente remunerados em Empresas públicas quando “passarem à disponibilidade”.

 

Assim, e para além da má educação esta semana revelada por um jóvem economista, também ele deputado da oposição, que se permitiu lançar um grave insulto à figura do Chefe de Estado – a requerer, em minha opinião, de acordo com o Código Penal Português e nos termos do seu artigo 328º, que adiante se transcreve,  uma intervenção do poder judicial na proporção da gravidade da ofensa cometida – dizer que o Chefe do Estado “endoidou” é ofensivo - isto a menos que, como o mesmo artigo refere, o Presidente expressamente a ela renuncie ou desista.

 

Porém para se renunciar ou desistir de algo é necessário que essa “algo” exista e, este caso, salvo melhor opinião, seria um bom motivo de preocupação para o Tribunal Constitucional que deveria assegurar-se do cumprimento do preceituado no nº 3. do artº 37º da Constitução da República.


("Da Constituição da República: - Artigo 37º - (Liberdade de informação e de expressão) -1. ...  2. ...  3. As infracções cometidas no exercício destes direitos ficam submetidas aos princípios gerais de direito criminal ou do ilícito de mera ordenação social, sendo a sua apreciação respectivamente da competência dos tribunais judiciais ou de entidade administrativa independente, nos termos da lei. 4. ... ")

 

("Do Código Penal Português: - Artigo 328º - Ofensa à honra do Presidente da República 1 - Quem injuriar ou difamar o Presidente da República, ou quem constitucionalmente  o substituir é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa. 2 - Se a injúria ou a difamação forem feitas por meio de palavras proferidas publicamente, de publicação de escrito ou de desenho, ou por qualquer meio técnico de comunicação com o público, o agente é punido com pena de prisão de 6 meses a 3 anos ou com pena de multa não inferior a 60 dias. . 3 - O procedimento criminal cessa se o Presidente da República expressamente declarar que dele desiste.”)

 

Assim vai a política neste paradoxal País, simultâneamente pequeno e muito grande, mas que hoje baloiça perigosamente nas agitadas águas de uma Europa eivada de utopias e sobejamente dividida (a começar pelos idiomas e quezílias históricas e talvez nunca apagadas) mas potencialmente comandada por quem do seu comando nunca desistiu: - a Alemanha que, provavelmente o começa a fazer agora, ainda que, para já, por outros meios.

publicado por Júlio Moreno às 22:55
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Domingo, 14 de Abril de 2013

O PRESIDENTE CAVACO SILVA

 Não escondo – nunca o escondi – de que era e sou um apoiante do actual Presidente da República, em quem votei para os dois mandatos que cumpriu e cumpre mas eis que me surge esta notícia, recebida por e-mail, e que, por não ser inteiramente anónima – parece ser veiculada pelo DN (sigla do Diário de Notícias) – não poderei deixar em claro, tal a enormidade que representa como “escândalo”, diria mesmo que supra-nacional agora que pelas razões que se conhecem, Portugal andará nas “bocas do mundo”.


Assim, julgo que será imperioso que os serviços de Relações Públicas do Presidente venham a terreiro não só para contraditar quanto na notícia se afirma como, muito principalmente, quem a dá sem que lhe assistam outros propósitos que não sejam os de destruir o País, agravando, com manifesta intencionalidade, a situação económico-política em que já se encontra...


Segue o texto que recebi e que aqui reproduzo na íntegra:

“Nunca Portugal teve um presidente da república tão caro e tão inútil... 45 000€ por dia!... É um ESCÂNDALO!!!!!! VIVA O REI!!!  45 000€ por dia. É obra! Por dia...nada de confusões. Por dia! 45 mil euros por dia para a Presidência da República.

As contas do Palácio de Belém:

“O DN descobriu que a Presidência da República custa 16 milhões de euros por ano (163 vezes maisdo que custava Ramalho Eanes),ou seja, 1,5 euros a cada português.

Dinheiro que, para além de pagar o salário de Cavaco, sustenta ainda os seus 12 assessores e 24 consultores, bem como o restante pessoal que garante o funcionamento da Presidência da República.

A juntar a estas despesas, há ainda cerca de um milhão de euros de dinheiro dos contribuintes que todos os anos serve para pagar pensões e benefícios aos antigos Presidentes.

Os 16 milhões de euros que são gastos anualmente pela Presidência da República colocam Cavaco Silva entre os Chefes de Estado que maisgastam em toda a Europa, gastando o dobro do Rei Juan Carlos de Espanha(oito milhões de euros), tendo sido apenas ultrapassadopelo presidente francês,Nicolas Sarkozy  (112 milhões de euros) e pela Rainha de Inglaterra,Isabel II, que'custa' 46,6 milhões de euros anuais.

E tem o senhor Aníbal Cavaco Silva, a desfaçatez de nos vir dizer  que :"os sacrifícios são para ser 'distribuídos' por todos os portugueses"...

“Além de ver a banda passar, que faz este homem, que nós sustentamos, e que ao fim de 35 dias de silêncio, manda recados no facebook aos portugueses e à Europa!!!  Mas quem é que alguma vez se vai sequer preocupar com os seus recados, sobretudo na Europa onde ninguém sabe quem o homem é? Toca é a cortar o orçamento para a Presidência da República para um terço do atual. Chega e sobra ainda muito, se ficar com € 15.000 / dia.   

“SEM COMENTÁRIOS…NUM PAÍS EM CRISE! “”

É imperioso, pois, que esta notícia seja analisada pela Presidência e por ela tratada como merece sob pena de se tornar mais perniciosa para o País do que as muitas outras atoardas que por aí polulam. Confio em que assim será.

publicado por Júlio Moreno às 11:12
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Quinta-feira, 11 de Abril de 2013

Democracia à portuguesa

Vivemos nestes últimos quase quarenta anos uma autêntica história de ficção mais parecida como tendo saído de algum argumentista barato de Hollywood do que da própria realidade vivida por toda uma Nação servida por um Povo obreiro, dinâmico e voluntarioso mas fácil de enganar por uns quantos “capitães-heróis” – na sua grande maioria também eles enganados por meia dúzia de “infiltrados” - história essa que começou com uma revolução de “cravos” pretensamente organizada para derrubar um regime político mas que, na realidade, somente queria derrubar a política de um ministro e modificar uma lei que parecia prejudicá-los, a eles capitães, e que, correndo bem demais na rua e porque, de facto, o regime, sem o professor de Coimbra, apodrecera, foi sabiamente aproveitada por quem, de há muito professando atávicas ideologias marxistas - até aí habilmente ocultas porque totalmente avessas à ideosincrasia portuguesa – estava bem habituado a conduzir multidões e a mentir aos povos em nome da sua doutrina e dos seus métodos para obter o poder.

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Assim se subverteram os propósitos que trouxeram as tropas para a rua e assim pretenderam mesmo tomar o poder acabando por necessitar e conquistar o apoio, de última hora e no mais completo desespero de causa, da figura do então General Spínola, com quem tive a honra de trabalhar de perto, e a única que seguramente lho dava.


Prendeu-se muita gente inocente a seguir ao onze de Março, data atribuida ao contra-golpe de Spínola.


Entretanto libertaram-se agitadores profissionais, bombistas e ladrões o que muito agradou ao Povo que terá vivido o evento em jeito de romaria tal como, quando perante a Justiça romana, o terá  vivido a populaça farisaica diante de Pilatos ao decidir libertar Barrabás em detrimento de Jesus Cristo.


Por Rosa Coutinho e Vasco Gonçalves, habilmente secundados pelo paranoico Otelo muito mais apoiado por Álvaro Cunhal do que ele próprio supunha, Portugal inclinou-se perigosamente para o abismo onde talvez tivesse mesmo caído não fora a firme e esclarecida determinação militar e o sereno acerto governativo de um homem de quem muito pouco se tem falado ultimamente mas a quem Portugal muito terá ficado a dever: o General António Ramalho Eanes cuja figura de militar e de exemplar conduta moral e cívica é imperioso destacar aqui.


Em meu modesto entender Portugal nunca poderá ser uma democracia a menos que o seja de opereta, tal como vem sendo até aqui. E nunca poderá sê-lo pela simples razão de que aqui, neste cantinho da Europa, não nascem democratas mas sim autocratas, e mesmo assim em tão pouco número o que e muito vem comprometendo os nossos actuais índices demográficos.


E tanto assim é que, incrivelmente, e já desde 47 A.C. que Caius Julius Caesar o sabia e assim o terá mencionado no Senado com aquele célebre comentário, hoje tantas vezes mencionado, de haver “lá p’rós confins da Gália um povo que não se governa nem se deixa governar”...


E a verdade nua e crua é que os portugueses – e eu mesmo sou um exemplo vivo disso – são idiossincraticamente insubmissos, um pouco vaidosos por índole e aventureiros por natureza, isto para não falar – o que porventura seria incorrecto embora não menos verdadeiro – na sua natural propensão latina para a “vigarice e o oportunismo generalizados” isto no sentido mais abrangente possível peste pecaminoso termo.


Desde D. Afonso Henriques, hoje recordado com todas as honrarias como o herói fundador do reino, que assim  foi de facto isto não obstante se alegue de que, nesses tempos, os hábitos e costumes seriam outros, o certo é que este corpulento e belicoso Rei não só se voluntarizou sistemáticamente para combater os infieis como igualmente cresceu desprovido do mais elementar amor e respeito filial desafiando no campo de batalha e por invocadas razões de arreigado patriotismo a própria mãe a quem terá mantido prisioneira e, segundo alguns, mesmo acorrentada!


E não me venham dizer que esse tempo era um tempo de violência e de vale tudo, que o não era como no-lo veio a demonstrar o seu aio Egas Moniz ao pretender honrar, por ele e com toda a sua família, com a corda ao pescoço perante o Rei de Castela, a palavra desonrada.


Ora este facto, há tantos séculos ocorrido,leva-me hoje a encontrar algumas semelhanças com quem, no parlamento e fora dele, retomando a “noção de honra” que teria Afonso Henriques alvitra que a solução dos actuais problemas nacionais será a de, contrariando as promessas e os acordos assinados,“não pagar”a quem nos valeu em momentos de crise e nos emprestou dinheiro para que vivessemos porque confiou em nós!... Não fossem eles e estaríamos hoje em sério risco de ter de comer, temperado a gosto, o “asfalto” com que se construiram as dispendiosíssimas auto-estradas de que não precisávamos mas que serviram para a criação das tão faladas PPP e continuam a servir, e de que maneira, os interesses das concessionárias povoadas de ex-ministros , secretários e subsecretários de Estado... 


Toda a nossa História se encontra repleta de exemplos de querelas e guerrilhas por questões graves e por ninharias e toda ela nos demonstra que ao longo dos novecentos anos que já leva só os últimos trinta foram da denominada e louvada “democracia” que provocou o que hoje está à vista.


Os portugueses são bons, não há que negá-lo. São valentes, audaciosos e empreendedores mas acima, - ai meu Deus que  político sacrilégio! – acima deles tem de haver, e haver sempre, alguém que alie o discernimento à determinação e à força e que os “obrigue” a manterem-se nos carris.


Assim é, com efeito, porque, à mínima sensação de redea solta, logo se lançam à aventura, - os que querem mandar e os que são mandados - todos querendo dar ordens, ter razão e não dever obediência a ninguém a não ser a eles mesmos e muito menos acatar as instruções que lhes sejam ditadas por terceiros.


Conclusão: - democracia em Portugal; como em quase toda a Europa do Sul, parece-nos que é e será sempre utupia. Só que uma utupia perigosa e que facilmente poderá conduzir a uma fogueira que alastre sem controlo e sem que, por imprevisão e impreparação dos chefes, haja meios, ou mesmo vontade, para a apagar...


Não há dúvidas de que não nascemos para ser carneiros. Não nos queiram convencer disso mesmo que na nossa frente se perfilem, de branco ou de negro, os anjos que nos guiam ou os carrascos que nos acorrentem em nome de uma causa perdida... 

 

 

publicado por Júlio Moreno às 20:31
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Segunda-feira, 8 de Abril de 2013

ANTÓNIO JOSÉ SEGURO

VOLTADO ESTEVE P'RÁ CÂMARA

UM POLÍTICO IMATURO

ARENGOU COMO É SEU HÁBITO

MAS DESCALÇO E NÃO SEGURO

publicado por Júlio Moreno às 19:25
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Domingo, 7 de Abril de 2013

Cheguei a uma conclusão

Cheguei finalmente a uma conclusão relativamente às matérias que venho procurando tratar neste meu "blog", conclusão essa que passo - com alguma mágoa o digo - a expor ainda que sucintamente:

 

Não lêm ou comentam os meus textos:

 

1º - Ou porque escrevo tão mal e com tantos erros gramaticais que ninguém me consegue entender;

 

2º - Ou porque os temas sobre os quais escrevo - que são os que me vão na alma, equivalendo quase a uma confissão pública dos meus sentimentos - não são suficientemente apelativos para provocar o interesse de eventuais leitores:

 

3º - Ou porque o número desses leitores é de tal modo escasso já que me recuso a fazer qualquer tipo de publicidade que os atraia: ou, finalmente,

 

4º - Porque aqueles que me lêm, concordem ou não com as posições que aqui assumo, ou acham que os textos não valem sequer o favor da sua atenção ou porque, abordando normalmente, como sempre foi meu timbre, temas tão quentes que fazem esmorecer o ânimo de quem os poderia confirmar, contestar ou, simpleslente, comentar só não o fazem por entenderem que não terão merecimento; porque quem me lê é suficientemente covarde para ter receio de demonstrar que leu o que não devia e, concordando ou discordando do que aqui venho afirmando, têm receio de uma qualquer Pide de ocasião lhes bata à porta para lhes pedir contas ou, o que será pior, que o seu chefe hierárquico partidário não aprove essa leitura...

 

Triste sina a de um Povo que tem, afinal, mêdo de si mesmo, que tem uma natural propensão em valorar quem lhes prometa a lua, no sentido de lhes vender a banha da cobra, ou demonstra uma iliteracia tal (neologismo bem em voga) que talvez não seja capaz de entender sequer o que lê a menos que o assunto seja futebol!

 

Enganem-se, porém, aqueles que pensam que estes factos farão esmorecer a minha vontade de dizer o que quero e o que penso pois, nunca o tendo feito durante a minha vida útil, não deixarei que apodreçam no meu limitado cérebro ideias e factos que afectam a percepção e a vida que Deus me deu sem ter o prazer-dever de as comunicar a terceiros, só me restando pedir-lhes desculpa pelo facto de, a textos meramente informáticos e desde que não sejam posteriormernte impressos, se não possa dar o destino que há muito tempo atrás, e antes do advento do papel higiénico, se dava aos papeis que não tinham valor ou que, simpesmente, tinham deixado de interessar.

 

O meu obrigado a quem tiver lido o que venho de escrevinhar...

 

 

publicado por Júlio Moreno às 15:55
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Sábado, 6 de Abril de 2013

A grande contradição

 

Se o País, hoje sem autonomia porque viveu à tripa forra os anos da abastança em que os euros vindos do “demo” (etimologia de democracia) – dessa Europa que nunca nos deu nada e só nos expoliou (como tentou Napoleão) e se serviu da nossa mão de obra oriunda dos “bidon-ville” – mas em que esses mesmos euros entravam aos milhões pela casa dentro ( e nos bolsos dos outros, dos “amis do Miterrand” e correligionários, isto porque para os meus nem um chavo entrou)...  


Se um País que assim se governou se vê mais tarde forçado a pagar bem caro os anos de luxúria e passa a viver agora à sombra das concessões que a agiotagem da comunidade europeia benévola e extraordinariamente lhe concede...

 

Se, como contrapartida de tão generosas concessões, ao País – envergonhado mas através do seu Governo legítimo - só lhe restou estender a mão à caridade e  comprometendo-se  a cumprir as draconianas condições que lhe foram impostas (quem falar em negociadas deve estar louco!) – arrisca em sacrificar o seu Povo e apenas lhe pede que, em memória do passado, saiba honrar os seus vindouros...

 

Se, feito por um Governo legítimo e aprovado por uma maioria parlamentar, um orçamento austero  que visava apenas e tão somente colmatar os desmandos da tropa fandanga que o antecedeu ( e que, com a maior audácia e desfaçatez se propõe agora regressar – já vimos por aí um dos figurões - o propõe aos credores e estes aceitam, ainda que receosos e sujeitando-o a inspecções frequentes e aviltantes para se assegurarem apenas do seu cumprimento, todo o conjunto de medidas destinadas ao ressarcimento da dívida descomunal que contraímos..

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Se as medidas contidas nesse orçamento são efectivamente dolorosas para o Povo – menos, no entanto, do que o racionamento já vivido noutras épocas e que, a despeito de ter sido sofrido, o Povo soube ultrapassar com dignidade e honra...

 

Se as medidas contidas nesse orçamento, não obstante aprovadas pelo único órgão com autoridade jurídica e política capaz de o fazer - a Assembleia da República e o Presidente que o promulga para que valha como lei -   faz com que os nossos credores apoiem as metas e os meios de gestão económica que nele se continham...

 

Mas se por via de uma aberração constitucional nascida em 76 – o Tribunal Constitucional  e que de há muito deveria ter sido banido do nosso texto fundamental – tal orçamento deixa, de um momento para o outro, de ter validade e lhe é desferido um golpe tal que quase o inviabiliza...

 

Se essa aberração detem – porque lhe é consentido – o poder de se sobrepor à Assembleia e ao Presidente fazendo com que ambos estes orgãos nada valham e para nada sirvam... e com treze cidadãos apenas faça prevalecer uma vontade em tudo contrária aos verdadeiros interesses nacionais e que só aproveitarão àqueles que, sem qualquer esperança, continuam porfiadamente a fazer de conta que concorrem a eleições... (apenas para, como deputados, que alguns sempre o vão conseguindo ser, poderem garantir chorudas e imerecidas reformas de fim de mandato...

 

Se num País já bem conhecido pela prolixa e confusa legislação que desde sempre criou, mais confusão se vem criar ainda e com esse órgão que detém o poder de dar o dito por não dito e nos meter numa embrulhada maior ainda do que aquela que julgávamos estar a sair...

 

Se é isto que é o meu País onde se não honra a memória dos que por ele fizeram o supremo sacrifício de dar a sua vida... quero-me ir embora.

 

Quero-me ir embora e, com a maior das mágoas no meu velho coração, renego o meu País.

 

Oxalá tivesse nascido num recôndito lugar da amazónia onde a civilização ainda não tenha chegado mas onde cada homem, na hora de morrer, possa dizer que afinal viveu!

publicado por Júlio Moreno às 03:09
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Sexta-feira, 5 de Abril de 2013

O jornalismo e a notícia nos “midia” do nosso tempo

 

A forma como o jornalismo convive com a democracia e a incompreensível benevolência e impunidade de que beneficia foi e é, cada vez mais, uma das coisas que mais me confunde hoje em dia!

Adoro a liberdade. Sempre que pude ou actuei em situações em que ela estivesse em causa a pratiquei porque sempre acreditei nela e por ela pugnei dentro dos limites da justiça, da decência e da dignidade que sempre a deve acompanhar e ser a bússola de quem nela acredita e a pratica.

Paralelamente reconheço a utilidade, quando não mesmo a necessidade, da existência de notícias e de noticiaristas – actualmente designados por jornalistas isto porque até há bem pouco tempo as notícias nos eram principalmente transmitidas pelos jornais – os quais, pouco atempadamente, iam informando as gentes do que se ia passando nas suas comunidades ou mesmo no mundo, hoje progressivamente mais globalizado e mais pequeno tudo por forma a que estas, conhecidas que sejam quase no momento em que se verificam, possam alertar as pessoas para os acontecimentos que as possam prejudicar directa ou indirectamente.

Acredito na Justiça. Numa Justiça verdadeiramente justa – passe o pleonasmo -, isenta, lógica e coerente, que use as leis no melhor sentido que as informaram ao serem concebidas e promulgadas e a elas submeta todos: – os ricos e os pobres, os iletrados e os doutores, os políticos e os não políticos, os crentes e os não crentes, numa só palavra: - os cidadãos.

Sei que neste mundo sempre houve gente honesta e gente desonesta. Sempre houve quem mentisse e quem falasse verdade. Os que mentiam em proveito próprio e outros que o faziam em proveito alheio. Os generosos e sem qualquer interesse que pudesse advir dessa generosidade e outros gananciosos ou agiotas, actuando sempre em proveito próprio, as mais das vezes, a coberto de actuações plenas de reserva mental mas pretensamente louváveis e pelas quais até chegaram a ser condecorados!.

Em suma, desde Abraão – recordando a Bíblia – que houve o bem e quem o praticasse, e houve o mal, que se lhe opunha, e sempre foi praticado pelos pérfidos e criminosos ou pelos meramente inconscientes ou ignorantes – daí a frase atribuída a Cristo na cruz; - “Perdoai-lhes. Senhor, que não sabem o que fazem!...”.

E é precisamente aqui que retomo o tema fulcral deste exercício.

Alguns dos senhores jornalistas de hoje, porém, mormente aqueles que dia a dia evolucionam e chapinam na lama da política, que querem efervescente e não deixam assentar, não são nem ignorantes nem inconscientes. Muitos são cultos e inteligentes - por vezes menos do que se julgam ser e apenas meros visionários! – mas é conscientemente que fomentam o mal que lhes dá o lucro e a notoriedade de que vivem: - a intriga descarada ou palaciana que muitos já nem cuidam de dourar - a calúnia, a dúvida, a insinuação, muitas vezes vil e torpe, e que, a coberto de uma pseudo-deontologia profissional que sistematicamente lhes faculta a ocultação da fontes e, deste modo a impunidade, e que tanto criam como destroiem reputações, manipulam as massas, deformam a opinião pública em vez de a formarem e, a seu bel-prazer ou consoante o clube político a que pertencem, constroiem e destroiem as ilusões de que se alimenta o Povo!

Vivemos em democracia, dizem. A nossa sociedade é livre, proclama-se. A famigerada polícia política desapareceu. A tolerância continua sendo o apanágio do Povo português e, segundo a bela canção de Zeca Afonso, - o mero pilar de apoio e propaganda do 25 de Abril -  convenceu-nos de que o Povo é quem mais ordena e fez com que entregassemos o nosso destino nas mãos, ímpias e sujas, de muitos políticos profissionais conferindo-nos a ilusão de que alguma vez nós, o Povo, poderíamos fazer prevalecer a nossa vontade e obrigar realmente o poder a cumprir o que promete!

Santa ignorância a nossa! E como pode haver gente que tanto beneficie com a desgraça alheia? Com a sua confusão a alienação da mente, mais dada à reacção que ao reciocínio e, por isso mesmo, semeando a esmo doutrinas, “pró e contra”, na expectativa de... “um nada” em termos colheita!

Interrogávamo-nos acima em como poderia haver gente que tanto beneficiasse de tal comportamento e a resposta não deveria ser outra senão a da mais veemente e convicta negativa. Mas não. Há gente assim. Muita gente assim, tal como existem animais necrófagos assim há gente que se alimenta da desgraça, da inquietação e do mau viver daqueles a quem incidiosamente inculca boatos – que hoje se denominam previsões políticas – informaçõesde Estado vendidas e compradas a seres ocultos e nunca desvendados ou desmentidos, a não ser por factos que se não venham a confirmar, mas porque beneficiam do irresponsável e impenetraval sigilo das fontes hoje vertido em ciência - dantes sociologia hoje politologia!

Passa-se com o jornalismo quase o mesmo que se passa com a Justiça e a eterna questão doutrinária do “ónus da prova”, que tanto costuma ocupar os meios jurídicos e de que os “mídia” nos nossos dias se fazem eco: - uns a favor, outros contra e outros ainda nem uma coisa nem outra mas que, se constituir matéria “chocante”, de “bolinha encarnada” no canto do écran, com ela nos massacram diariamente e recorrendo à mais fantasiosas insinuações ou deduções. E isto porque:

- a um cidadão que surge rico e descarado dono de fortuna fabulosa a Justiça não acusa porque não tem provas, alega!  Não o obriga a “demonstrar por A mais B” como angariou e amealhou tantos valores já o “ónus da prova” pertencerá a quem acusa e não ao acusado que, assim, se sente confortavelmente impune e intocável para continuar a exercer a sua criminosa actividade pois o contrário seria a “inversão do ónus da prova” e isso a lei não consente dando,  assim, todas as armas a quem mais ofenda a sociedade e o Estado para que possa continuar a fazê-lo;  - já com a violação e o estupro - e outros actos-crime que, por definição e princípio, são sempre cometidos no mais secreto dos sigilos e cumplicidades -  as polícias e os tribunais, logo se esmeram e encarniçam na descoberta das provas susceptíveis de conduzir os seus autores à cadeia, o que não raro, conseguem tal como, e graças a Deus, compete a um Povo civilizado!

Todavia esta situação assemelhar-se-á ao naco de carne que se atira a um cão para lhe apaziguar a ferocidade e distrair o instinto...

Assim, e bem a contra-gosto”, vejo o nosso jornalismo de hoje na sua esmagadora maioria.

publicado por Júlio Moreno às 03:25
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Terça-feira, 2 de Abril de 2013

Já havia comentado este assunto

 

Já havia comentado este assunto neste mesmo local aqui há alguns tempos e eis agora que ele volta à baila mercê da “ressurreição” pala Páscoa do nosso “messiânico” filósofo.

 

. No entanto, perante este e-mail, que hoje me é enviado para o meu fecebook, onde se encontra, não resisto à tentação de o tratar novamente aqui, cada vez mais convencido de que onde há fumo há fogo e de que esta questão cheira tanto a esturro que, a meu ver, deveria mesmo despoletar uma investigaçãozinha da polícia judiciária por iniciativa da Senhora Procuradora Geral da República.


Segue o texto:


!O MILAGRE DA DONA ADELAIDE, MÃE DE JOSÉ SÓCRATES
Divorciada nos anos 60 de Fernando Pinto de Sousa, “viveu modestamente em Cascais como empregada doméstica, tricotando botinhas e cachecóis…”.(24 H) - Admitamos que, na sequência do divórcio ficou com o chalet (r/c e 1º andar) .- Admitamos ainda, que em 1998, altura em que comprou o apartamento na Rua Braamcamp, o fez com o produto da venda da vivenda referida, feita nesse mesmo ano. - Neste mesmo ano, declarou às Finanças um rendimento anual inferior a 250 €.(CM), o que pressupõe não ter qualquer pensão de valor superior, nem da Segurança Social nem da CGA. - Entretanto morre o pai (Júlio Araújo Monteiro) que lhe deixa “uma pequena fortuna, de cujos rendimentos em parte vive hoje” (24H). - Por que neste momento, aufere do Instituto Financeiro da Segurança Social (organismo público que faz a gestão do orçamento da Segurança Social) uma pensão superior a 3.000 € (CM), seria lícito deduzir – caso não tivesse tido outro emprego a partir dos 65 anos – que , considerando a idade normal para a pensão de 65 anos, a mesma lhe teria sido concedida em 1996 (1931+ 65). Só que, por que em 1998 a dita pensão não consta dos seus rendimentos, forçoso será considerar que a partir desse mesmo ano, 1998 desempenhou um lugar que lhe acabou por garantir uma pensão de (vamos por baixo): 3.000 €. - Abstraindo a aplicação da esdrúxula forma de cálculo actual, a pensão teria sido calculada sobre os 10 melhores anos de 15 anos de contribuições, com um valor de 2% /ano e uma taxa global de pensão de 80%. - Por que a “pequena fortuna ” não conta para a pensão; por que o I.F.S.S. não funciona como entidade bancária que, paga dividendos face a investimentos ali feitos (depósitos); por que em 1998 o seu rendimento foi de 250 €; para poder usufruir em 2008 uma pensão de 3.000 €, será por que (ainda que considerando que já descontava para a Segurança Social como empregada doméstica e perfez os 15 anos para poder ter direito a pensão), durante o período (pós 1998), nos ditos melhores 10 anos, a remuneração mensal foi tal, que deu uma média de 3.750 €/mês para efeitos do cálculo da pensão final. (3.750 x 80% = 3.000).-  Ora, como uma pensão de 3.000 €, não se identifica com os “rendimentos ” provenientes da pequena fortuna do pai, a senhora tem uma pensão acrescida de outros rendimentos. - Como em nenhum dos jornais se fala em habilitações que a senhora tenha adquirido, que lhe permitisse ultrapassar o tal serviço doméstico remunerado, parece poder depreender-se que as habilitações que tinha nos anos 60 eram as mesmas que tinha quando ocupou o tal lugar que lhe rendeu os ditos 3.750 €/mês. - Pode-se saber qual foram as funções desempenhadas que lhe permitiram poder receber tal pensão?
E há mais… - A Dona Adelaide comprou um apartamento na Rua Braamcamp, em Lisboa, a uma sociedade off-shore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, apurou o Correio da Manhã. Em Novembro de 1998, nove meses depois de José Sócrates se ter mudado para o terceiro andar do prédio Heron Castilho, a mãe do primeiro-ministro adquiria o quarto piso, letra E, com um valor tributável de 44 923 000 escudos – cerca de 224 mil euros –, sem recurso a qualquer empréstimo bancário e auferindo um rendimento anual declarado nas Finanças que foi inferior a 250 euros (50 contos). - Ora vejam lá como a senhora deve ter sido poupadinha durante toda a vida. - Com um rendimento anual de 50 contos, que nem dá para comprar um mínimo de alimentação mensal, ainda conseguiu juntar 224.000 euros para comprar um apartamento de luxo, não em Oeiras ou Almada, na Picheleira ou no Bairro Santos, mas no fabuloso edifício Heron, no nº40, da rua Braamcamp, a escassos metros do Marquês de Pombal e numa das mais nobres e caras zonas de Lisboa. -Notável exemplo de vida espartana que permitiu juntar uns dinheiritos largos para comprar casa no inverno da velhice.
Vocês lembram-se daquela ideia genial do Teixeira dos Santos, que queria que pagássemos imposto se déssemos 500 euros aos filhos? - Quem terá ajudado, com algum cacau, para que uma cidadã, que declarou às Finanças um RENDIMENTO ANUAL de 50 contos, pudesse pagar A PRONTO, a uma sociedade OFFSHORE, os tais 224.000 euros?””


Como de costume aqui fica para que quem deseje comentar o que acaba de ler. O meu comentário é óbvio e já o expressei na introdução ao texto que transcrevo.

publicado por Júlio Moreno às 11:30
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Segunda-feira, 1 de Abril de 2013

31 de Março

 

Se fose vivo meu Pai faria hoje 107 anos!

Faria? Não!... Faz! Faz porque ele continuou a sua vida em mim em tudo o que fez a na invisível e modesta obra que em mim deixou...

Coincidiu o dia do seu aniversário natalício com o domingo de Páscoa e este com a minha actual forma de viver que seria de uma absoluta solidão não fossem os carinhosos telefonemas que ainda vou trocando com quem muito estimo, amo e quero e os cuidados e desvelos que venho “desmerecendo” de uma senhora que se vem encarregando de cuidar da  minha casa e que, por sorte minha, mora a cinquenta metros de mim. Não tivessem sido esses cuidados que me proporcionaram hoje, Domingo de Páscoa, o almoço comemorativo e tradicional desta data festiva e tê-lo-ia passado, como os demais, na mais isolada solidão já que pela família próxima – e que bem próxima está! - esta dupla data foi completamente ignorada!

O procedimento a que acima me refiro e ao qual, infelizmente, já de há muito deveria estar habituado continua, - infelizmente e a despeito da minha inglória luta para contrariar tal sentimento -  continua a magoar-me e a ser por mim sentido desta forma “antiquada” de ser em que os princípios morais e sentimentais tinham para além do seu valor o sentido paralelo e inquestionável do dever!

Olhando para trás de mim vejo que terei cometido muitos erros mas que este, do qual hoje me ressinto, sem qualquer margem de dúvida que nunca cometi e pois sempre nutri pelos meus Pais e pela minha família a estima, a reverência e sobretudo o respeito que no sangue que me corre nas veias ambos me legaram.

É que hoje, família e laços familiares só terão sentido materialista e, nalguns casos, mesmo esse insidioso interesse jurídico, sentido esse que costuma costuma aflorar com especial visibilidade em momentos de partilha de bens ou de concorrência para os obter, o que comigo não acontece pois, não obstante ter levado toda uma vida de trabalho, de trabalho árduo, sério e honesto – reconhecido apenas e profissionalmente  por estranhos – nunca amealhei riqueza que motivasse qualquer cobiça e tipo de relacionamento e interessada aproximação familiar senão aqueles que nos dias de hoje se costumam revelar só naquelas circunstâncias.

Daí a solidão em que me encontro e da qual, não fossem os remotos amigos que insistem em acompanhar-me, de há muito talvez me tivesse libertado!

Como já disse à Mãe, um grande abraço e um beijo sentido neste abraço que neste momento te dou, Pai, e o “segredo” de que em breve nos veremos. Nessa altura, se bem que só algum tempo depois, te apresentarei alguém que, estou certo, muito terias gostado de ter conhecido em vida... Mas que diferença fará para nós esse “tempo depois” se ambos nos encontrarmos já no infinito?...

publicado por Júlio Moreno às 02:48
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Os senhores do dinheiro...

De um e-mail que recebi, aquilo que de há muito suspeitava:

 

"Para quem roubou a família Pinto & Sottomayor...
"Uma professia da senilidade retrógrada e bolorenta
"A verdadeira história do Belmiro de Azevedo, um dos homens mais ricos de Portugal!
"Quando, em 14 de Março de 1975, o governo de Vasco Gonçalves nacionalizou a banca - com o apoio de todos os partidos que nele participavam - (PS, PPD e PCP), todo o património dos bancos passou a propriedade pública. O Banco Pinto de Magalhães (BPM) detinha a SONAE, a única produtora de termolaminados, material muito usado na indústria de móveis e como revestimento na construção civil.
"Dada a sua posição monopolista, a SONAE constituía a verdadeira tesouraria do BPM, pois as encomendas eram pagas a pronto e, por vezes, entregues 60, 90 e até 180 dias depois. Belmiro de Azevedo trabalhava lá como agente técnico (agora engenheiro técnico) e, nessa altura, vogava nas águas da UDP. Em plenário, pôs os trabalhadores em greve com a reclamação de a propriedade da empresa reverter a favor destes.
"A União dos Sindicatos do Porto e a Comissão Sindical do BPM (ainda não havia CTs na banca) procuraram intervir junto dos trabalhadores alertando-os para a situação política delicada e para a necessidade de se garantir o fornecimento dos termolaminados às actividades produtoras. Eram recebidas por Belmiro que se intitulava "/chefe da comissão de trabalhadores/", mas a greve só parou mais de uma semana depois quando o governo tomou a decisão de distribuir as acções da SONAE aos trabalhadores proporcionalmente à antiguidade de cada um.
"É fácil imaginar o panorama. A bolsa estava encerrada e o pessoal da SONAE detinha uns papéis que, de tão feios, não serviam sequer para forrar as paredes de casa. Meses depois, aparece um salvador na figura do /chefe da CT/ que se dispõe a trocar por dinheiro aqueles horrorosos papéis.
Assim se torna Belmiro de Azevedo dono da SONAE. E leva a mesma técnica de tesouraria para a rede de supermercados Continente depois criada onde recebe a pronto e paga a 90, 120 e 180 dias.
"Há meia dúzia de anos, no edifício da Alfândega do Porto, tive oportunidade de intervir num daqueles debates promovidos pelo Rui Rio com antigos primeiros-ministros e fiz este relato. Vasco Gonçalves não tinha ideia desta decisão do seu governo, mas não a refutou, claro. Com o salão pleno de gente e de jornalistas, nenhum órgão da comunicação social noticiou a minha intervenção.
"Este relato foi-me feito por colegas do então BPM entre eles um membro da comissão sindical (Manuel Pires Duque) que por várias vezes se deslocou na altura à SONAE para falar aos trabalhadores. Enviei-o para os jornais e, salvo o já extinto "Tal & Qual", nenhum o publicou.

"Gaspar Martins, bancário reformado, ex-deputado.""


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publicado por Júlio Moreno às 02:43
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