Sou crente e acredito em Deus num Deus - chame-se Ele Jesus, Ala, Buda, Confúcio ou Brahma, e, tal como toda a humanidade ao longo dos milénios, também eu vivo envolto pelo mistério do Cristianismo, do Judaísmo, do Islamismo, do Xintoísmo, do Taoísmo, do Hinduísmo e de tantas outras formas só aparentemente diferentes do mesmo CRER - ACREDITAR.
Todavia e ao contrário do que com muitos acontece, não necessito de qualquer formação especial ou teológica, para explicar o que sinto no meu interior mais íntimo e profundo, quando vejo, como ontem vi, a serena imagem de Nossa Senhora de Fátima e acabo agora mesmo de ouvir, na rádio, pela voz do legado especial do Papa às comemorações dos 90 anos das aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria, além dessa mesma afirmação da existência de Deus e da Virgem, um apelo - com o qual concordo absolutamente - dirigido aos homens para que se rebelem contra o laicismo mas que temo venha a ser um dos mais trágicos episódios da história humana.
Sei das inúmeras teorias, se bem que nunca as tenha conseguido compreender completamente, que procuram explicar à luz da física (do Big-Bang!) ou das milionárias mutações genéticas a origem do Universo e do Homem.
Porém, o que nenhuma dessas elaboradas e complexas teorias nunca logrou explicar foi como do nada, do "nada absoluto", que a minha pobre inteligência não só admite como exige que tenha existido, algo se possa ter formado, alguma matéria para dar lugar ao famoso big-bang ou alguma célula para dar lugar a um ser vivo.
Perante a grandiosidade do mar, a majestade das montanhas, o impenetrável milagre que faz orientar as abelhas ou os pombos, a biodiversidade das espécies vivas, quaisquer que elas sejam, o meu olhar extasia-se e a minha alma enche-se ao mesmo tempo que o meu intelecto como que se fecha, subitamente bloqueado, a outro tipo de discernimento e compreensão que não seja o da existência de Deus, de um Deus com qualquer designação ou nome mas que tenha sido o verdadeiro e único engenheiro de toda esta OBRA MEGESTOSA E ÙNICA que nos envolve, rodeia e integra a todos
Porém, e porque sinto que vivo no centro de um imenso oceano de injustiças e de verdadeiras atrocidades humanitárias, à sombra de uns ilustres que se proclamam laicos porque ateus ou agnósticos pura e simplesmente são utópicos e não existem - laicos esses com os quais, porque nada faço que os contrarie, temo que compartilhe uma certa quota de responsabilidade e que, numa outra vida, sobre mim recaia e me venha a ser exigida, aqui me revolto contra os aqueles que e são tão poucos! vêm espezinhando e escravizando a enorme, melancólica e adormecida maioria dos que nada tendo aceitam assim a sua sorte de miséria e sofrimento até que a morte os liberte e leve para a eternidade na qual, se calhar, nunca pensaram ou sequer acreditaram
Sou crente porque os meus olhos contemplam o mar e as montanhas, o sol e a lua e a minha mente nunca conseguirá doutra forma explicar a sua existência e aos sábios, físicos, matemáticos e sobretudos aos economistas os deuses da actualidade! apenas peço se detenham alguns momentos nos múltiplos afazeres das suas árduas tarefas de extorquir aos outros o que só a si beneficia, e se reclinem um pouco nas suas cómodas poltronas, fumando ou não fumando o seu saboroso charuto e bebendo ou não bebendo o seu favorito whisky ou Porto, e façam a si mesmos a secular pergunta: - Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?
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