Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009
A vida moderna, sobretudo aquela que nos é dada a conhecer por uma desvirtuada, que não hesitarei mesmo em classificar de interesseira e oportunista, comunicação social dos nossos dias, (hoje), - jornalismo, (ontem) - , servida por sapientíssimos comunicadores, - doutores (hoje), meros jornalistas com ou sem "credenciais académicas superiores", (ontem) - como esse tal irritante Gabriel da RTP1 que se deve julgar de tal modo especial e dono de quanta verdade verborreia, que corta a meio, explorando, inconveniente e mal educadamente, eventuais explanações menos claras dos entrevistados, peritos que são e que ele, leigo que é, tão ex-catedra interroga em nome de um povo que nunca, para tal, lhe terá passado procuração - eu não passei nem nunca passaria - e cujas pequenas falhas de explanação, astutamente explora acabando por ser ele e não o entrevistado a deixar no ar o peso real das teorias que professa, sejam elas quais forem, tenha ou não razão naquilo que discute.
Vem isto a propósito do alarido que se vem fazendo achado que foi o filão das pobres, futuras e esperançadas mães que, em fase última de gestação, tiveram a desdita de terem perdido os seus filhos após terem sido vacinadas contra a gripe A.
Não interessa preservar o recato, porventura a própria dor. Interessa, isso sim, colocar todas as futuras e esperançadas mães em alvoroço, temerosas que estarão - e muito mais ficarão - que tais e tão funestos acontecimentos consigo se repitam!
E tanto faz que as autoridades médicas venham desmentir as insinuações que, com perfídia, direi mesmo, a comunicação social vem fazendo sobre o assunto já que esta, fazendo-me lembrar o cachorro teimoso que não larga o sujo trapo que abocanhou e que lhe pretendemos tirar da boca, chega mesmo a rosnar publicamente a sua insatisfação quando confrontada com a sua própria mediocridade.
Dão a notícia das grávidas que perdem os fetos depois de terem sido vacinadas. E já são duas, referem, insistindo na coincidência! Porém, tempos atrás e antes da gripe, nunca vi noticiado, e muito menos explorado por tal forma, que uma grávida tivesse perdido o seu filho naturalmente e sem que houvesse algo que transformasse tão triste acontecimento em notícia, o que acontece agora! E se assim fora, sensacionalistamente explorando então as naturais fraquezas humanas, muito teriam tido já que noticiar pois, a acreditar nas estatísticas que fontes credíveis ligadas à saúde têm afirmado, a média será de 28 a 30 casos por mês - um pouquinho mais que um e meio a dois por cada dia!
Mas não. Isso não era então notícia como o não será o publicitar diariamente o obituário natural do país onde, todos os dias, morre gente.
Lamentável, a todos os títulos lamentável! E é isto que se ensina nas escolas de jornalismo? É esta forma de actuação profissional, bem pouco ética, que se não importa com as possíveis e graves consequências que o alarme possa causar em todo o país, lhes é ensinada nos cursos que terão frequentado?
Pobre país que tais mentes tem e vem gerando e com elas tem hoje de se conformar!
Obrigado por suas palavras, mas quem sou eu para avaliar seu trabalho.Fica meu email: contoselendas@sapo.pt
Abraços
Adorei o tema. Pessoalmente penso que todo este tipo de jornalismo existe pela mesma razão que existem as revistas cor-de-rosa. Hoje em dia o Zé povinho que antes do vinte e cinco de Abril era proibido de pensar e falar, continua a agir de acordo com o vicio que tomou como se de um acto normal fosse, o acto de, não pensar, não agir, conformar-se. Conformismo, é assim que age o povo que prefere ler umas alcoviteirices, numa dessas revistas da moda, ou de um bode expiatório, para os males que lhe acontece no seu futebol, a parar, pensar e agir.
Os vícios continuam os padrinhos andam por todo o lado e todos procuramos um. É o nosso destino traçado. Sorte de ser um apadrinhado para a Doutor ser Encarecido.
Ps: Sobre a pergunta que colocou no meu blog não sei responder nunca tive propostas.
Abraços. Continue.
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