Do PD de 19Nov06: - "Ano bancário tem apenas 360 dias quando se trata de remunerar os depósitos. Para cobrar juros tem 365 dias. Secretário de Estado da Defesa do Consumidor diz que Governo vai travar esta prática."
Os portugueses já se terão, porventura, apercebido bem do quanto têm vindo a ser enxovalhados, ludibriados, burlados, roubados, expoliados, enfim (terei de ir ao dicionário verificar se há mais sinónimos que ilustrem esta minha revolta!) pela Banca, um negócio de séculos, é certo, e surgido para financiar as excentricidades da corte francesa, mas que mais não configura, as mais das vezes, senão o crime de usura previsto e punido no Código Penal e já algumas vezes por mim aqui denunciado nestas tristes linhas!
O governo vai acabar com esta prática, diz-se na notícia! Por certo que irá dizer aos senhores banqueiros "párem lá com isso que o Povo já se está a dar conta de muita coisa e essa será mais uma acha prá fogueira..."; mas logo o presidente da respectiva associação se levantará, em defesa dos "mais que legítimos" interesses seus e dos seus parceiros, para dizer que não, que nada poderá ser mudado quanto a tal prática uma vez que é lei "consuetudinária" e eles, bancos, sempre têm de ganhar alguma "coisinha"!
Amigos, se milhares de outras não bastassem, esta, só por si, seria situação deveras alarmante no que toca à voracidade, deslealdade e ganância dos poderes instituídos perante um Povo pacífico e ordeiro - quase que me apetecia por a letra "c" antes da palavra, e que parece que só não o ser nos campos de futebol e ultimamente nas suas relações com os professores!- e que, mercê da sua gloriosa incultura, da qual até parece fazer gala, se julga manietado pelos papões daqueles que se auto-elegem como seus lídimos representantes!
E tanto assim é que corre por aí a "graça" de todos se queixarem e, pelo que parece, aceitarem, de que em épocas de eleições todos descem à rua e demonstram numa extrovertida e desusada vivacidade a sua vontade de agradar ao Povo a quem cumprimentam, beijam e sabujam, tudo prometendo, para depois, já eleitos e no poder, se marimbarem para as promessas feitas, voltarem as costas, nunca mais o vendo, a esse mesmo Povo que neles confiou e se arvorarem em acérrimos defensores da "coisa pública" que, pelo que vemos nas sessões da Assembleia a que, pela TV temos assistido, mais não têm sido do que chicana públicamente esmerada, cheia de salamaleques e de Vossas Excelências mas que, se ocorrendo em qualquer taberna, acabaria bem e tantas vezes à chapada e requerendo a intervenção da GNR!
Ora os senhores da banca alimentam os senhores da política e mal vão as coisas quando desaguisados deste tipo surgem e vêm a lume! São discussões e mais discussões, polémicas e mais polémicas, razões e mais razões mas, na prática, tudo vai arrefecendo, com o fogo cada vez mais brando até que se extinguem as brasas, todo o lume se apaga e surge, assim, a verdadeira cinza em que o país vai vivendo e, por fim, o esquecimento...
Tanto se fala no consagrado poder independente dos Tribunais. Este é independente e, ao que parece e se ainda é como nos velhos tempos aprendi, tem "ex-ofício" o sagrado dever de investigar todas as fraudes, roubos e acções criminosas que ao seu conhecimento cheguem por via de queixa, denúncia ou rumor público. A noticia é um rumor público, uma vez que - quando a mim mal, está assegurado o princípio jornalístico do segredo das fontes, - mas os magistrados têm meios, e poderes, para chegarem onde não chegarão nunca os expoliados que ao longo de uma vida inteira pagaram 365 dias de juros aos bancos e deles só receberam 360!
O Governo vai intervir e resolver a situação! Vamos a ver como nos próximos capítulos...
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