Sábado, 30 de Setembro de 2006
Alguns amigos, mas poucos, poucos mesmo
que os vou preferindo escassos e bons do que muitos e cheios de risinhos e pancadinhas nas costas, umas de mão espalmada outras empunhando aguçadas e silenciosas lâminas
me têm interrogado já acerca dos motivos deste meu prolongado silêncio.
Pois aqui os tranquilizarei a todos (até aos das lâminas e que, por mais irracional que seja, ao quererem-me causar dano, mais força e determinação me concedem!) dizendo que foi preguiça, amigos, preguiça e só preguiça e talvez um certo imaginar de tempos de magia em que houve mesmo mar e faróis no nevoeiro, logo seguido de um enorme desconforto que o alvoroço de uma projectada e longínqua viagem não concretizada me terá feito passar.
Assente que não viajarei por ora mas que outros viajarão por mim em sentido inverso; aquietado o destemperado ânimo, retomo as linhas que bem maior prazer me dariam se me tivesse sido dado o dom de bem saber escreve-las.
De qualquer modo aqui deixo a devida explicação e, se descanso não vos dei com isso, as minhas mais sinceras e veementes desculpas
Il faut poursuivre la vie pour que la vie nous poursuit a nous !