Sábado, 11 de Março de 2006
Resposta: - nenhuma!
Num país inculto que se pretende que avance na era tecnológica e cujo primeiro-ministro incentiva jovens e empresários a dedicarem-se ás novas tecnologias como forma de ultrapassar a crise e que se vê a braços com um altíssimo número de desempregados, incluindo professores e licenciados, encerrar escolas, seja qual for o pretexto, parece-me não só inoportuno como até crime de lesa pátria.
Senhores! Não haverá razões económicas que justifiquem o encerramento de 1 500 escolas no nosso país - pasme-se no número!. Será porque em muitas é escasso o número de alunos? - ou a muitas não chegará a Internet? - ou ainda o automóvel utilitário do professor, que prefere o desemprego ao um temporário sacrifício verdadeiramente digno e útil, tem dificuldade em alcançar?
Oh! Mas atente-se no exemplo de Moncorvo, da sua escola de balet e da sua jovem professora!
Entendo que para avançar nas novas tecnologias, para incentivar os empresários, para acompanharmos a Europa esse, afinal, o verdadeiro e tantas vezes oculto desígnio - é necessário que o povo sinta e saiba de onde vem, para onde vai e que o possa fazer em segurança.
Prioridades, pois, do governo: - primeiro, educar, levando a educação à porta de cada um já que os últimos anos foram do mais completo marasmo e abandono neste domínio; segundo, restaurar a autoridade e a justiça e, com ela, a confiança de cada um de nós proporcionando aos cidadãos a possibilidade de voltar a poder contemplar, em paz e tranquilidade, o céu estrelado em amenas noites de verão; e, terceiro e primordial, reconquistar o mar, há tanto tempo perdido, mormente desde que Bruxelas passou a ser o centro de decisão da nossa vida pseudo-livre.
É que os portugueses nunca vieram da Europa nem para ela se dirigiram. Sejamos oportunos, práticos e inteligentes. Sejamos inovadores, nesta era de globalização em que vivemos, e, não renegando o passado para podermos construir o futuro, façamos do país o porto seguro e o porta-aviões de uma Europa continente. Façamos do país aquilo que se lhe impõe: - o terminal europeu, o coração europeu, deixando que daqui irradiem e convirjam várias aortas e veias cavas a transportar o sangue arterial e venoso para e de toda a Europa.
Mas, para isso, escolas, mais escolas, e segurança, mais segurança, serão necessárias. Assim o penso e o digo há muito. Haverá alguém que ouça?