Domingo, 12 de Fevereiro de 2006
Tanto quanto eu os conheço, os dinamarqueses não são arruaceiros, quezilentos ou mal educados. Tanto quanto os conheço costumam ser irrepreensíveis no porte e no julgamento. Excepções, essas existem em qualquer lado sendo consabido que é a excepção que faz a regra. Não me admiro, portanto, destes 50 e tal por cento (que, se virmos bem as coisas, até podem ser bastante mais) a condenar o acto reprovável do seu rabiscador de desenhos.
O que me surpreende é que em Lisboa e, de um modo geral, em Portugal, haja mais dinamarquesismo que na Dinamarca! Certos portugueses parece que não se importam com o facto de se estarem a transformar no expoente do ridículo europeu. É o que acontece a quem a liberdade, talvez por nunca terem provado a sua restrição, sobe demasiadamente depressa à cabeça. Tal como o vinho ou a cerveja, tomam-na em excesso e o resultado vê-se.