Notícia do IOL:
“PS e PSD travam limite aos salários dos gestores
“CDS, BE e PCP vêem assim inviabilizadas as suas propostas para impor tecto máximo nos vencimentos dos administradores - PorRedacção VC - 2011-02-18 13:01
“As propostas do CDS, Bloco de Esquerda e PCP para limitar os salários dos gestores das empresas públicas foram inviabilizadas esta sexta-feira na Assembleia da República. PS e PSD travaram os propósitos daqueles partidos.
“O CDS queria colocar como tecto máximo o salário do Presidente da República. «Não é compreensível numa altura como esta que atravessamos que haja gestores públicos com salários de 500 mil ou 600 mil euros por ano. O Estado impõe austeridade aos outros tem de começar a dar o exemplo e impor austeridade a si próprio», disse a deputada centrista Cecília Meireles.
“A proposta do BE ia ainda no sentido de que o salário do nomeado não fosse superior ao salário de quem o nomeou. «É necessário impor um limite ao abuso. O limite que propomos é o vencimento do PR. Não é admissível que um gestor público nomeado aufira uma remuneração várias vezes superior frequentemente à entidade que o nomeia», explicou o deputado Pedro Soares.
“Já o PCP pretendia limitar os salários dos gestores públicos no máximo a 90% do salário do Presidente da República, porque, defendeu o deputado Honório Novo, «não é sobretudo aceitável que haja gestores públicos a ganhar estes vencimentos bilionários em empresas onde se cortam os vencimentos, onde se propõem reduções salariais ou congelamentos».
“Mas nenhuma das propostas convenceu o partido do Governo e o maior partido da oposição. Do lado do PSD, Miguel Frasquilho disse que «a lógica destes diplomas que aqui hoje debatemos é absolutamente errada, totalmente demagógica e a roçar um populismo fácil e perigoso. É o aproveitamento de forma totalmente condenável das circunstâncias difíceis que enfrentamos».
“Do lado do PS, Teresa Venda disse que «estas iniciativas têm em comum pretender legislar sob a forma de projecto-lei algo que é claramente competência do Governo e que tal como são formuladas são insusceptíveis de aplicação sem regulamentação do executivo».
“Apesar de verem os seus projectos inviabilizados, CDS, BE e PCP insistem na necessidade de uma maior transparência do sector empresarial do Estado””
Não entendo, confesso que não entendo muito bem a notícia que antes transcrevi!...
Ou melhor dito: - entendo-a mas de uma forma que bem gostaria de nunca referir: a “engenharia política”! Aquela coisa estranha que me faz considerar e definir a política como sendo “a técnica, ciência e arte de enganar um Povo”!
Que temem os partidos? Temem a fuga dos “boys”? Ou dos eleitores que, sendo caciques locais, terão o dom de convencer o Povo? Tudo isto pela mais do que provável fuga de importantes votos que, mais do que pelo número, pela qualidade, possam prejudicar os dois partidos que nesta estranha estratégia em pouco ou nada se diferenciarão?
Comédia! Pura comédia a fazer-me lembrar o que tantos e tão convencidos tecnocratas políticos conseguiram com as negociações e os vários tratados a que indistintamente se designa por “Convenção de Genebra” e que só servirá para ser invocada nos teatros de guerra criados pelo cinema já que nos reais ninguém hoje acreditará que, qualquer que seja a facção em luta, por quem quer que seja venha mesmo a ser observada! É que vai longe o tempo, vai mesmo muito longe o tempo, em que, mesmo na guerra o cavalheirismo e a honra eram levados a sério e tão a sério que terão levado mesmo um emproado e empoado comandante francês, quando, apeado, em linha e no campo de batalha, confrontava os ingleses, a uma distância tão curta que permitisse que os arcabuzes e as outras antigas espingardas de pederneira, cumprissem, com eficiência, a sua missão de matar, fazendo uma ridícula e cerimoniosa vénia, proferisse a frase: - “Tirez vous en premier messieurs les anglais…”.
Portanto a minha opinião é que sim, que se reduzam os chorudíssimos vencimentos (escandalosos vencimentos!) também no privado (em especial nas parcerias público - privadas) pois não será ao privado que o Estado vai ao bolso sempre que necessita de reforçar os seus cofres em prol do social que tanto apregoa? E se, por considerá-lo escandaloso e ou inconstitucional (como hoje está tanto em voga!) o não faz directamente e com o estabelecimento de tabelas de salários máximos, ao exemplo dos mínimos que já estabeleceu, assim restringindo o esbanjamento dos bens do erário, que só temporariamente parecerá privado, mas que sempre foi e será público – o dinheiro que circula.
Mas. após um tão longo e “erudito” comentário, importará concluir:
- NÃO CONCORDO NEM COM O PS NEM COM O PSD. ESTOU COM O CDS E COM O PCP (como vêm os extremos tocam-se…). O ESTADO DEVE CONTROLAR E RESTRINGIR OS SALÁRIOS ABUSIVAMENTE ESCANDALOSOS QUE, EM TEMPO DE VACAS TÃO MAGRAS E TÃO DOENTES, AMEAÇAM O ESTADO COMO ENTIDADE MÁXIMAMENTE RESPONSÁVEL DE UM TÃO INQUESTONÁVEL E SUPERIOR INTERESSE PÚBLICO.
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