Aqui há dias, passaria pouco das sete e meia da tarde, quando, em velocidade reduzida – a que permite as condições da via em questão - nos dirigíamos, de carro, para casa ao longo da estreita, sinuosa e relativamente nova marginal de Vila Nova de Gaia.
Subitamente, eis que surge na nossa frente, mesmo à saída de uma curva apertada, de pirilampo azul a acender e a apagar, um batedor da PSP logo seguido de um outro que, em alta velocidade, também abriria caminho a duas ou três viaturas do Estado (de serviço público, portanto) que deveriam transportar pessoas muito importantes, tão importantes que bem poderiam ter dado cabo da vida dos pacatos cidadãos com os quais cruzassem, como teria acontecido connosco, acaso não nos tivéssemos podido encostar à direita, ali, exactamente sobre o rio Douro…
Não vi nem Bombeiros nem INEM que pudessem justificar um tão manifesto excesso de velocidade num local onde esta deve ser criteriosamente reduzida. A viatura principal era de alta cilindrada, preta e bem reluzente, escoltada por imprevidentes ou subservientes agentes de trânsito da PSP que, porventura, não tinham sabido ou tido a coragem de se submeter à Lei do País, que, mais do que a ninguém, lhes compete cumprir em vez de às ordens de uma qualquer pseudo importante personalidade para quem a vida de terceiros pouco ou nada contaria “quod erat demonstrandum”!
Foi pena, foi mesmo pena que os anos tivessem passado e eu não estivesse ainda no activo da GNR porque, à fé de quem sou, que o caso se teria complicado ali mesmo e complicado muito, como já um dia tive ocasião de o fazer com o próprio Ministro do Interior na presença do então Ministro da Marinha…
Mesmo assim talvez ainda vá procurar saber de quem se tratava só para pessoalmente lhe agradecer o cuidado…
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